As pimentas da Amazônia fazem parte da abundância gastronômica que a região norte do nosso país possui. O cultivo deste fruto, famoso pela sua picância, é um dos elementos que compõem as tradições indígenas.
Um estudo realizado por biólogos estadunidenses levanta a hipótese de que a adoração que muitos países possuem pelas pimentas está relacionada com os métodos de preservação dos alimentos utilizados na história da humanidade.
Isso porque, muitos povos acreditavam que alimentos apimentados e temperados com outras especiarias teriam um tempo maior de conservação. Isto justifica o fato de que países mais quentes possuem muito mais a incidência da pimenta nas receitas do que países frios.
Neste artigo, vamos abordar sobre as características das pimentas da Amazônia e contar sobre algumas curiosidades do processo de produção realizado por povos nativos da região.
Vem conferir!
Pimentas da amazônia: Capsicum chinense
As pimentas, assim como outros alimentos, são divididos em espécies. A Capsicum chinense é uma espécie de pimenta que tem suas origens na América do Sul e América Central.
Em alguns estados do norte do Brasil, como o Amazonas, há o cultivo de várias pimentas que se enquadram nesta espécie, como a pimenta murupi, a pimenta de cheiro, olho de peixe, cumari do pará, entre outras.
Pimenta Murupi
Esta é umas das pimentas brasileiras mais fortes que nós temos. Seus níveis de capsaicina, composto químico responsável pelo ardor, são bastante elevados. Quando maduras, elas adquirem uma cor avermelhada bem intensa.
Além de seu uso na culinária, esta pimenta também é utilizada para fins medicinais, pois é rica em vitaminas, estimula a liberação de endorfina, possui propriedades analgésicas, além de prevenir a formação de coágulos.
Pimenta olho de peixe
Por ser bastante aromática, esta pimenta é muito presente no tempero de molhos. Mas, tenha cuidado na dosagem, pois ela tem uma pungência (grau de ardência) muito elevada.
Apesar da procura por esta pimenta ser alta, sua produção, que é realizada tanto por famílias indígenas como ribeirinhas, é relativamente baixa. O que resulta no preço mais alto deste produto.
Além de molhos, esta pimenta também é usada no tempero de peixes e é comercializada tanto seca, como em conserva.
Pimenta cumari do pará
Também conhecida por seu forte aroma, esta pimenta é muito utilizada em moquecas. Quando madura, ela fica bem amarela e super picante!
Nosso famoso Molho de Blend, que é um mix de pimentas amazônicas, tem em sua composição a cumari do pará, que trará para suas receitas um toque de picância diferenciado.
Cuidado para não confundir a cumari Verdadeira (também conhecido como pimenta de passarinho) com a cumari do pará. Além de serem de espécies diferentes, a cumari verdadeira tem suas raízes na região sudeste do Brasil.
Pimentas da Amazônia em pó
Você já ouviu falar da pimenta assîsî? Ela é produzida pelas indígenas dos povos waiwai que vivem no norte do Pará.
Vendida em pó, ela é uma mistura de várias outras pimentas e tem uma grande presença na alimentação diária de várias famílias da região.
O mais interessante em relação a produção da assîsî é que ela é feita exclusivamente por mulheres, desde o plantio até a sua comercialização! Girl Power!
Propriedades das pimentas da Amazônia
Independente da espécie, as pimentas são super atrativas não só pelo sabor que elas agregam na comida, mas também por seus benefícios para a saúde.
Além de serem ricas em vitaminas e conter propriedades antioxidantes, vasodilatadoras e analgésicas, as pimentas podem ser grandes aliadas quando utilizadas de forma moderada no processo de emagrecimento.
Isso porque elas são termogênicas, aceleram seu metabolismo e auxiliam na queima de gorduras. Além disso, a liberação de endorfina, que acontece quando consumimos pimenta, ajuda a promover uma sensação de bem estar e, consequentemente, diminui sua vontade de comer.
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