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O que são sistemas agroflorestais e qual sua importância? 

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Sistemas agroflorestais (SAFs), ou agroflorestas, são formas de agricultura que combinam a produção agrícola e florestal em uma mesma área. Esses sistemas produtivos são baseados no cultivo de árvores, plantas agrícolas e criação de animais em um mesmo local, seguindo princípios ecológicos.

O objetivo desses sistemas é aumentar a produtividade da terra, melhorar a qualidade do solo, preservar a biodiversidade e ter um aproveitamento mais eficiente dos recursos disponíveis no ecossistema.

Além disso, os SAFs podem aumentar a fonte de renda de produtores familiares, pois as agroflorestas reduzem a dependência da monocultura, permitindo uma maior diversificação de produtos para a comercialização. 

Quer entender melhor sobre as agroflorestas e saber o porquê elas são uma excelente estratégia de preservação ambiental comparado aos sistemas agrícolas tradicionais? Então, continue a leitura! 

Sistema agrícolas convencionais x Sistemas agroflorestais

Os sistemas agrícolas convencionais e os sistemas agroflorestais são abordagens muito diferentes para a produção de alimentos e outros produtos agrícolas. Enquanto os sistemas convencionais se concentram na produção em larga escala e na eficiência de custos, os sistemas agroflorestais buscam promover a biodiversidade, a conservação do solo e a sustentabilidade a longo prazo.

Os sistemas agrícolas convencionais, prezando pela alta produtividade, utilizam técnicas intensivas, como o uso de pesticidas e fertilizantes químicos, a monocultura e a drenagem dos solos. Essas técnicas têm um impacto significativo na natureza, causando a degradação da terra, a poluição da água e a perda da biodiversidade. 

Além disso, os sistemas agrícolas convencionais dependem muito de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural, para a produção e transporte de alimentos, o que contribui para a emissão de gases do efeito estufa e para as mudanças climáticas.

Em um sistema agroflorestal, o cultivo agrícola e a produção florestal são complementares, de forma que as árvores ajudam a melhorar a qualidade do solo e a proteger as plantas agrícolas dos efeitos climáticos adversos, enquanto as plantas agrícolas fornecem nutrientes para as árvores e ajudam a melhorar a diversidade da flora local.

Os SAFs podem ser projetados de diversas formas, dependendo das necessidades do produtor e das condições do terreno. Os principais tipos de sistemas agroflorestais são: 

  • agrossilvicultura;
  • silvipastoril;
  • agrofloresta sucessional; 
  • sistemas agroflorestais com culturas perenes ;
  • sistema agroflorestal de enriquecimento de capoeira;
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Agricultores Familiares
Imagem: Canva Pro

Benefícios das agroflorestas 

As agroflorestas são consideradas sistemas de produção sustentável, pois ajudam a reduzir a pressão sobre áreas naturais. Confira abaixo os principais benefícios socioambientais destes sistemas:

  • Conservação do solo: as árvores, arbustos e plantas herbáceas ajudam a manter a fertilidade do solo, prevenindo a erosão e melhorando a retenção de água;
  • Biodiversidade: os sistemas agroflorestais promovem a diversidade de plantas e animais, criando e restaurando habitats para uma maior variedade de espécies.
  • Controle de pragas e doenças: a diversidade de plantas nos sistemas agroflorestais ajuda a evitar naturalmente a disseminação de pragas, reduzindo a necessidade de pesticidas químicos.;
  • Redução das emissões de gases do efeito estufa: os sistemas agroflorestais podem capturar carbono do ar e armazená-lo nas árvores e no solo, amenizando os impactos das mudanças climáticas;
  • Segurança alimentar: os SAFs podem gerar uma grande variedade de produtos alimentícios, como frutas, castanhas e raízes, proporcionando uma fonte mais diversificada e segura de alimentos para as comunidades locais.

Em resumo, enquanto os sistemas agrícolas convencionais têm um impacto negativo no meio ambiente, as agroflorestas oferecem muitos benefícios ecológicos, e podem ser uma abordagem mais sustentável e resiliente para a produção de alimentos e outros produtos agrícolas.

Produtos da Flor de Jambu que são cultivados em SAFs

Você sabia que alguns produtos da Flor de Jambu vêm de agroflorestas? Um deles é o delicioso Café Apuí. Feito por agricultores familiares no município de Apuí, no estado do Amazonas, este café amazônico é cultivado em sistemas agroflorestais totalmente livres de agrotóxicos. Se você ainda não experimentou, então clique aqui

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Outro produto que também é fruto de SAFs são as sementes de puxuri. Esta especiaria amazônica possui um aroma levemente defumado e pode ser utilizada como substituta da noz moscada. Na seção Receitas da Amazônia nós ensinamos a fazer uma deliciosa tartelete de chocolate aromatizada com puxuri, cumaru e guaraná. Clique aqui para conferir! 

Gostou deste conteúdo? Então,leia também nosso artigo “Qual a importância do Ecoturismo na Amazônia

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Farinha de Cruzeiro do Sul: uma das melhores farinhas do Brasil

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A Farinha de Cruzeiro do Sul é um ingrediente amazônico que vem conquistando cada vez mais espaço na culinária brasileira. Produzida a partir da mandioca, essa farinha é bastante popular na região norte por sua crocância e sabor adocicado. 

O município de Cruzeiro do Sul, localizado no interior do estado do Acre, é uma das regiões onde este produto é fabricado tradicionalmente por agricultores familiares há mais de um século.

Para valorizar e resguardar toda a história, técnicas e sabedoria ancestral por trás deste produto único, o modo de fazer a Farinha de Cruzeiro do Sul foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Acre pelo governo do estado. 

Além disso, a Farinha de Cruzeiro do Sul é o primeiro produto proveniente da mandioca no Brasil a receber o selo de Indicação Geográfica. Este selo qualifica o produto por possuir particularidades únicas que são vinculadas ao local de produção, restringindo o uso do seu nome em uma área geográfica delimitada. 

Quer saber mais curiosidades sobre esse ingrediente amazônico e como você pode utilizá-lo na sua cozinha? Então, continue a leitura!

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Farinha de mandioca
Imagem: Canva Pro

Origens e modo de produção 

Além de Cruzeiro do Sul, a área delimitada para a produção dessa farinha também engloba os municípios de Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Porto Walter. Toda essa região é conhecida pela produção de mandioca, uma vez que o clima úmido e quente da Amazônia favorece o cultivo dessa raiz.

Sua fabricação segue um processo artesanal, que começa com a colheita da mandioca. A raiz é lavada, descascada e moída em um equipamento conhecido como “bola”. Depois da moagem, a massa é prensada para extrair o líquido e ficar bem sequinha. Em seguida, ela é peneirada para que atinja a textura ideal. 

Em algumas casas de farinha, a massa é torrada em uma grande chapa, que precisa ser manuseada constantemente para não passar do ponto. Depois de todo o processo ser concluído, a Farinha de Cruzeiro do Sul é vendida em sacos de 50 quilos para os comerciantes da região. 

Além de ser um ingrediente saboroso, a Farinha de Cruzeiro do Sul é rica em nutrientes. Ela é fonte de carboidratos, fibras, minerais (cálcio, ferro, fósforo e potássio), além de possuir baixo teor de gordura. Por ser feita a partir da mandioca, que é um alimento naturalmente sem glúten, a farinha também é uma excelente opção para pessoas celíacas. 

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Peixe empanado
Imagem: Canva Pro

Como utilizar a Farinha de Cruzeiro do Sul na culinária

A Farinha de Cruzeiro do Sul é um ingrediente versátil e pode ser utilizada de diversas formas na gastronomia. Na região Norte do país, ela é um acompanhamento comum de pratos típicos, como o tacacá, a maniçoba e o pato no tucupi. No entanto, ela também pode acompanhar o nosso clássico arroz e feijão de cada dia. 

Você também pode utilizá-la como substituta da farinha de trigo. Escolha sua proteína favorita e experimente fazer um delicioso empanado! Mas, se você for adepto da dieta vegana, nossa dica é usar essa farinha para preparar um saboroso tempurá de legumes. O resultado vai super crocante!

Outra forma de utilizar a Farinha de Cruzeiro do Sul é na preparação de receitas de bolos, pães e biscoitos. Esse ingrediente irá conferir um sabor único às preparações. Lembrando que ela possui um gosto levemente adocicado.

Gostou de conhecer um pouco mais sobre esse ingrediente amazônico e receber todas essas dicas de preparo? Então, não perca tempo e garanta agora sua Farinha de Cruzeiro do Sul para fazer pratos maravilhosos para toda sua família!

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A importância da cuia na cultura brasileira: usos e tradições

cuia de tacaca

A cuia é uma parte fundamental da nossa cultura, tanto no aspecto prático quanto no simbólico. De herança indígena, podemos ver a cuia nos lares brasileiros sendo utilizada para armazenamento de alimentos e bebidas, objeto de decoração, ou como utensílio doméstico. 

As cuias artesanais costumam ser feitas de cabaça, madeira ou cerâmica. Na região norte do Brasil, mais especificamente nos municípios de Santarém e Monte Alegre, a confecção de cuias é uma tradição passada de geração em geração. 

Inclusive, o “Modo de Fazer Cuias no Baixo Amazonas” foi reconhecido como importante forma de expressão cultural. Por isso, em 2015 ele foi incluído pelo IPHAN no Livro de Registro dos Saberes como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. 

Nesse artigo, vamos falar um pouco mais sobre as origens deste artefato, modos de produção e contar algumas curiosidades sobre a cuia que talvez você ainda não conheça. Vamos lá? 

Como é feita a cuia? 

Como citamos, a cuia pode ser produzida a partir de diferentes tipos de matéria-prima. A mais tradicional delas é feita de um fruto chamado porongo, que se dá em uma árvore conhecida popularmente como cueira ou cabaceira (Crescentia cujete).  

Dependendo da região, a cuia recebe outras denominações, como por exemplo: coité, cuité ou cabaça. Na região do Baixo Amazonas, no estado do Pará, a confecção de cuias é uma tradição entre as comunidades ribeirinhas, principalmente entre as mulheres. 

Os conhecimentos e técnicas utilizadas são uma herança de vários grupos indígenas que habitavam esta região desde o período da colonização. Após selecionar os melhores porongos, é preciso retirar o miolo e fazer uma limpeza da peça. Posteriormente, é necessário secar o fruto ao sol até que ele adquira um aspecto bem lisinho. 

Na região norte, é comum que se pinte a peça com um pigmento natural escuro chamado cumatê. Para ornamentar as cuias, são talhados desenhos de flores, grafismos tapajônicos ou elementos que representam a natureza da região. 

Além das cuias feitas de cabaça, também é possível encontrá-las de madeira ou cerâmica. Apesar de serem materiais mais resistentes, existem algumas desvantagens que é preciso levar em consideração caso você vá utilizar sua cuia para tomar alguma bebida quente. 

A cuia de cerâmica, por exemplo, esquenta muito na parte externa, sendo difícil manusear. Já a feita de madeira, apesar de não esquentar, pode alterar o sabor do alimento ou bebida que você adicionar. Agora, a cuia tradicional, além de ser mais leve, não super aquece e nem afeta o sabor. Interessante, não é mesmo? 

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Cuia Artesanal feita na Comunidade Aritapera em Santarém-PA

Usos e tradições

Como falamos no comecinho do artigo, a cuia é uma objeto presente na casa de muitos brasileiros. Na região sul, por exemplo, ela é bastante utilizada para tomar o famoso chimarrão. 

Faz parte da cultura gaúcha compartilhar essa bebida quente feita com erva mate em uma roda de amigos. Quem prepara o chimarrão costuma dar o primeiro gole (que é o mais amargo) e depois passa sempre para a pessoa à sua direita. 

No nordeste, a cuia é muito usada como objeto decorativo ou como utensílio doméstico. É comum ver as pessoas usando a cuia como colher, fruteira, petisqueira, ou até mesmo como vaso de planta. Pra lá de versátil, não é mesmo? 

Na região norte, a cuia também tem mil e uma utilidades. Uma delas é para tomar o delicioso tacacá, que é um caldo feito de tucupi e camarões secos, temperado com jambu e engrossado com goma de tapioca. 

Entre as comunidades indígenas e ribeirinhas, é comum ver as pessoas usando a cuia para se banhar, pegar água do rio, tomar açaí, armazenar grãos… Uma curiosidade interessante é que as pessoas que se dedicam ao ofício de confeccionar as cuias na região de Monte Alegre são popularmente conhecidas como “pinta cuias”. 

Gostou de conhecer um pouco melhor sobre este artefato tão simbólico da cultura brasileira? Que tal ter sua própria cuia para decorar sua casa, ou servir um delicioso petisco para os amigos? 

Clique no botão abaixo e se encante com as belíssimas Cuias Artesanais feitas na Comunidade Aritapera em Santarém-PA . 

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Andiroba: um dos maiores tesouros da Amazônia

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Quem já passeou pelo Mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará, certamente já se deparou com várias lojas vendendo o famoso óleo de andiroba. Muito popular na região norte do Brasil, a andiroba é um insumo amazônico com diversos atributos fitoterápicos. 

Os povos indígenas, muito antes da chegada dos europeus, já conheciam os benefícios desta árvore e faziam uso da andiroba como remédio natural para tratar diversos tipos de males. 

Mas, ignorando toda a sabedoria ancestral dos povos originários, os colonizadores começaram a explorar indiscriminadamente sua madeira para a construção civil e naval, deixando de lado suas incríveis propriedades medicinais, e praticamente levando esta espécie à extinção.

Felizmente, este cenário foi se transformando ao longo dos anos e o óleo de andiroba passou a ser alvo de pesquisas, inclusive do mercado internacional. A comprovação de seus variados benefícios fez com que a andiroba se tornasse um produto de grande interesse pela indústria, principalmente farmacêutica e de cosméticos.  

Quer saber mais curiosidades sobre esta árvore amazônica e quais seus principais benefícios para a saúde? Então, continue a leitura! 

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Sementes de Andiroba
Fotos: Diogo Hungria

De origem tupi, andiroba significa “óleo amargo” 

Podendo chegar até 30 metros de altura, a andirobeira é uma espécie de árvore comum em regiões de várzea (secas ou inundadas). Seu fruto, que costuma conter de 4 a 16 sementes, na maioria das vezes se desprende naturalmente e é coletado por extrativistas. 

Do bagaço que contém dentro das sementes é que se extrai o óleo de andiroba. Mas, o processo de retirada do óleo é custoso e pode levar vários dias. Isso porque, as sementes são fervidas e depois precisam descansar para amolecer a massa (bagaço). 

Todo esse trabalho, em muitas comunidades amazônicas, é feito tradicionalmente pelas mulheres. Inclusive, existem várias superstições que envolvem o processo de retirada do óleo de andiroba. 

Uma delas é de que mulheres grávidas ou menstruadas não podem manusear o bagaço e muito menos olhar para os cestos em que as sementes estão descansando. Caso contrário, a massa seca e o óleo não sai. Interessante, não é mesmo? 

Após a retirada do óleo, o bagaço é utilizado na produção de sabão para banho e também na confecção de velas, que são muito eficazes para afastar mosquitos. Isso porque, a árvore da andiroba possui uma substância que funciona como repelente natural e é muito útil para repelir insetos e também parasitas como piolho, carrapato…

Pasta Esfoliante Natural enriquecido Açaí, Buriti, Cacau e Andiroba

Andiroba: benefícios

Como falamos, o óleo de andiroba é muito utilizado pela medicina popular para diversas funções. Tal fama entre os povos indígenas e outras comunidades amazônicas despertou o interesse de vários pesquisadores que descobriram que a andiroba realmente tem várias propriedades terapêuticas. 

Um dos usos mais comuns é no tratamento de dores musculares causadas por artrite, artrose, reumatismo, ou por conta de alguma lesão ou pancada. Isso porque, a andiroba tem compostos com ação anti-inflamatória e analgésica. 

Por conta de tais propriedades, o óleo de andiroba também é bastante utilizado popularmente para tratar sinusite e dores de garganta. Mas, já há alguns estudos que não indicam o consumo de seu óleo via oral, sendo mais recomendado fazer um chá de suas folhas. 

Outro uso da andiroba é na produção de cosméticos para o cabelo, pois além de ajudar a hidratar os fios, ela auxilia na redução do frizz e retoma o brilho.

Além disso, o uso tópico do óleo é muito comum para tratar problemas de pele como psoríase, eczema e outros tipos de dermatites que causam vermelhidão ou irritação. Por ser emoliente, o óleo também ajuda na hidratação deixando sua pele muito mais suave e macia. 

Você sabia que a Pasta Esfoliante Natural de Café Robusta da Saboaria Rondônia, que é um produto vegano, possui em sua composição a andiroba? Além de remover a camada de células mortas da pele de forma bem delicada, este esfoliante ajuda na revitalização cutânea e na uniformização do tom. 

Quer conhecer mais sobre este produto e outros cosméticos feitos com ativos amazônicos? Então, clique no botão abaixo! 

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Qual a importância do Ecoturismo na Amazônia?

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O Ecoturismo na Amazônia é sem dúvidas uma atividade com grande potencial econômico. Afinal, estamos falando da maior floresta tropical do planeta, que é o berço da maior biodiversidade do mundo. 

Mas, para que tal atividade aconteça de forma efetiva é preciso manter a floresta em pé e bem preservada, pois são as paisagens exuberantes e os recursos naturais que sustentam o turismo ecológico. 

Infelizmente, a Floresta Amazônica vem sofrendo com essa visão de crescimento econômico baseado na exploração e acúmulo de capital provido pela natureza. Um tipo de crescimento claramente limitado, visto que os recursos são finitos. 

Pensar em alternativas de desenvolvimento sustentável para a floresta nunca se fez tão necessário. E é dentro deste novo paradigma que o ecoturismo entra como opção de atividade socioeconômica benéfica não só para o meio ambiente, mas também para as comunidades tradicionais da Amazônia. 

Nesse artigo vamos falar sobre o conceito de ecoturismo, quais seus principais objetivos e, sobretudo, que tipo de postura os turistas devem adotar ao praticar esse tipo de programa. Vamos lá? 

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Fonte: Canva Pro

O que é ecoturismo e quais seus objetivos?

O termo ecoturismo já nos traz uma ideia de que não estamos falando de qualquer tipo de turismo. Ao adicionar o prefixo “eco”, que vem da palavra ecologia, já podemos imaginar que as atividades envolvidas estarão diretamente ligadas com a natureza e seus ecossistemas. 

Nos últimos anos, vemos uma crescente necessidade de fuga das selvas de pedras (cidades grandes) que grande parte da população vive. Muitas pessoas estão buscando, em seu período de descanso, uma maior conexão com a natureza como forma de recarregar suas energias. 

Esse momento de relaxamento e lazer também pode ser tornar uma oportunidade de grande aprendizado e conscientização ambiental. Essa é uma das principais finalidades do Ecoturismo!

Admirar paisagens intocadas, aprender sobre os animais e as plantas, conhecer os costumes e crenças das comunidades locais, experimentar novos alimentos, tudo isso pode ser uma experiência transformadora capaz de mudar sua perspectiva em relação à importância do meio ambiente, e o papel da sociedade em ajudar a preservá-lo. 

Além disso, o turismo ecológico possui outros dois importantes objetivos: 

  • o desenvolvimento socioeconômico da região, trazendo mais oportunidades de emprego e contribuindo para o crescimento de setores como a hotelaria, gastronomia, artesanato…
  • a preservação das florestas e seus ecossistemas, tanto por parte das comunidades envolvidas que dependem disso para sua subsistência, como por parte dos próprios turistas que desejam continuar usufruindo das belezas e recursos da natureza. 
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Fonte: Canva Pro

Dicas para fazer Ecoturismo na Amazônia

Quem viaja para a Amazônia sabe que encontrará lugares exuberantes com uma beleza única e quase indescritível. Poder presenciar o encontro das águas, conhecer majestosas árvores como a Samaúma, observar os botos e jacarés, navegar de canoa pelos rios e igarapés, tomar banho de água doce em praias de areia branca, todos estes passeios são excelentes oportunidades de valorizarmos as riquezas das nossas florestas. 

Contudo, nem todo serviço e atividade turística que são oferecidos na região amazônica são realmente ecológicos, sustentáveis e tem como pilar o respeito à natureza e a sua conservação. Por isso, é importante ler e pesquisar antes de escolher uma agência de passeios, reservar um hotel e até mesmo contratar um guia. 

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Samaúma
Fonte: Canva Pro

Confira abaixo algumas dicas e sugestões caso você deseje fazer Ecoturismo na Amazônia: 

  • Experimente realizar um ecoturismo de base comunitária, pois além de garantir que você estará realizando atividades ambientalmente conscientes, você terá a incrível experiência de conhecer mais a fundo sobre a rotina e costumes de comunidades tradicionais; 
  • Busque por passeios que minimizem os impactos ambientais delimitando o número de pessoas e garantindo que nenhuma espécie de animal será explorada só para o entretenimento;
  • Não retire recursos da natureza para levar como recordação. Ao invés disso, adquira artesanatos feitos por artistas locais, pois você estará contribuindo para a valorização do seu trabalho; 
  • Respeite o meio ambiente! Jamais jogue lixo na natureza, evite subir em árvores e busque utilizar cremes, loções ou filtros que não tenham substância tóxicas caso você vá mergulhar nos rios. 

Quer fazer Ecoturismo na Amazônia, mas ainda está em dúvida sobre os lugares que irá visitar? Então confira nossos artigos com excelentes dicas de viagens para a Ilha do Marajó, Santarém, Ilha do Combu e Alter do Chão

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Conheça os estados que compõem a Amazônia Legal

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O termo político “Amazônia Legal” é utilizado para designar a região amazônica brasileira que possui mais de 5 milhões de quilômetros quadrados. Esta região contempla os estados do Pará, Acre, Amazonas, Rondônia, Amapá, Mato Grosso, Roraima, Tocantins e uma parcela do estado do Maranhão. 

Este conceito, Amazônia Legal,  foi criado na década de 50 por uma autarquia já extinta: a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia. Seu principal objetivo era desenvolver e integrar economicamente essa região, que era mais isolada e menos desenvolvida comparada ao resto do Brasil. 

Segundo o Imazon, se a região da Amazônia Legal fosse um país, ela estaria no ranking de maiores países do mundo em extensão territorial, ocupando o 6° lugar. Além disso, as árvores que contemplam este território equivalem a um terço de todas as árvores que existem no mundo. 

Representando cerca de 60% do território nacional, estima-se que a Amazônia Legal possua mais de 29 milhões de habitantes. Segundo dados do IBGE (2019), o produto interno bruto desta região é de aproximadamente 660 bilhões, o que representa 9% do PIB nacional. 

Quer saber mais curiosidades sobre os estados que compõem esta região? Então, continue a leitura! 

Amazônia Legal: principais estados

Amazonas

Dentre os estados mais populosos da Amazônia Legal, o Amazonas ocupa o terceiro lugar. O clima desta região é bastante úmido e quente o ano inteiro. Além disso, por ser um dos territórios com mais áreas preservadas, muitos turistas o visitam com o objetivo de conhecer e explorar as florestas. 

Em Manaus, capital do estado, um dos pontos turísticos mais visitados é o Teatro Amazonas, que possui uma arquitetura belíssima com estilo renascentista. Além disso, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa também é parada obrigatória para quem visita esta região, pois lá é o local ideal para conhecer e experimentar a culinária amazonense, que tem muitas heranças indígenas. 

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Teatro Amazonas
Fonte: Wikimidia Commons

Acre

O Acre também é o destino perfeito para quem deseja explorar a Floresta Amazônica, pois o estado possui muitos parques nacionais e sítios arqueológicos. Uma curiosidade interessante é que a gastronomia local possui influências da culinária boliviana, visto que o Acre já foi território da Bolívia. 

Outro local super interessante que os turistas marcam presença é a casa de Chico Mendes, um dos maiores ambientalistas e ativistas do nosso país. Transformada em museu, a casa foi tombada pelo IPHAN como patrimônio cultural do estado. 

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Casa de Chico Mendes
Foto: Katie Maehler / Mídia NINJA

Roraima

De origem indígena, Roraima significa “Monte Verde”. Este é o estado menos populoso da Amazônia Legal e sua capital, Boa Vista, é a única cidade do Brasil situada no Hemisfério Norte. 

Um dos principais atrativos deste estado é o Monte Roraima, que tem formato de platô e é rodeado de falésias. Sua paisagem única e incomparável inspirou o cenário de um dos filmes mais lindos da Disney: Up Altas Aventuras. 

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Monte Roraima
Fonte: Canva Pro

Rondônia

Rondônia recebeu este nome em homenagem ao Marechal Cândido Rondon, que foi um militar de ascendência indígena que ajudou a desbravar esta região. Este estado é o terceiro mais populoso do norte do Brasil.

Às margens do rio Guaporé encontra-se a maior edificação militar construída pelos portugueses fora da Europa: o Real Forte Príncipe da Beira. Sua principal função era proteger o território de invasões espanholas no século XVIII. 

A cultura e culinária é bastante diversificada devido ao grande número de migrantes oriundos de diversas regiões do país. Além disso, a atividade agrícola e pecuária é bem forte neste estado. Uma curiosidade interessante é que Rondônia produz uma fruta difícil de ser cultivada na região norte devido ao clima: a uva. 

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Catedral Sagrado Coração de Jesus em Porto Velho
Fonte: Canva Pro

Pará

Terra da maniçoba, do tacacá e do açaí puro com peixe frito! O Pará é o estado mais populoso da Amazônia Legal e o segundo maior em extensão territorial. 

Duas dicas preciosas para quem vai visitar o Pará é conhecer a Ilha do Marajó e Alter do Chão. Ambos são destinos maravilhosos para turistas que querem ter mais contato com a natureza, explorar o bioma amazônico e provar as delícias da culinária local

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Alter do chão
Fonte: Canva Pro

Amapá

O Amapá já fez parte do estado do Pará, mas foi separado em 1943. É o segundo menos populoso da Amazônia Legal. Sua capital, Macapá, é a única cidade brasileira que é cortada pela linha do Equador. Esse fato permite que os moradores locais presenciem o Equinócio. 

Uma curiosidade interessante é que a capital não possui rodovias. Ou seja, para chegar até lá, só pegando um barco ou avião. Este estado também tem o costume de comemorar o Círio de Nazaré, que é uma das maiores festividades de cunho religioso que ocorre todos os anos em Belém. 

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Forte de Santo Antônio do Macapá
Fonte: Canva Pro

Tocantins

O nome deste estado é uma homenagem ao Rio Tocantins que atravessa seu território de norte a sul. De origem tupi, Tocantins significa “Bicos de Tucanos”. Sua capital é a mais nova do país: Palmas. 

Esta região também é belíssima e possui paisagens incríveis como: a pedra furada, as dunas do Jalapão, os fervedouros com águas cristalinas, a cachoeira da formiga e o Cânion Sussuapara. 

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Fervedouro do Jalapão
Fonte: Canva Pro

Mato Grosso

O Mato Grosso abriga três biomas diferentes: o Cerrado, o Pantanal e a Amazônia. Por esse motivo, o ecoturismo é super forte na região. Afinal, há uma grande diversidade de paisagens e espécies para explorar. 

A Chapada dos Veadeiros e a Serra do Roncador são dois destinos muito visitados pelos turistas. Além disso, lá se encontra uma das cachoeiras mais altas do Brasil: a Jatobá. Esse também é o nome de uma das frutas mais características da região que é super nutritiva e utilizada em várias receitas. 

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Chapada dos Veadeiros
Fonte: Canva Pro

Maranhão

Assim como o estado do Mato Grosso, o Maranhão possui uma grande diversidade de ecossistemas. Sua região é contemplada por praias tropicais, mangues, cerrado e uma parte da Floresta Amazônica. 

Sua capital, São Luís, foi fundada por franceses em 1612, mas foi tomada pelos portugueses dois anos depois. Também conhecida como capital do Reggae, São Luís é a 4° cidade mais populosa do nordeste. 

Um dos pontos turísticos mais visitados no estado é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral. Suas dunas, mangues e lagos de água doce formam paisagens incríveis de tirar o fôlego.

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Lençóis Maranhenses Fonte: Canva Pro

Gostou de conhecer um pouquinho sobre os estados que compõem a Amazônia Legal? Conta pra gente nos comentários se você é de algum deles!

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Benefícios da compostagem e como fazê-la em casa

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Você já pensou em reciclar o seu próprio lixo orgânico? Ainda não? Pois saiba que os benefícios da compostagem são inúmeros para o meio ambiente!

Só no Brasil produzimos mais de 82 milhões de toneladas de lixo por ano. Praticamente metade destes resíduos são orgânicos. Infelizmente, uma pequeníssima quantidade é reciclada e a maior parte é destinada a aterros sanitários. 

O mal aproveitamento e descarte inapropriado dos detritos orgânicos resulta em problemas como: contaminação do solo e lençóis freáticos, atração de animais que são vetores de doenças e, principalmente, aumento dos gases que agravam o efeito estufa. 

Contudo, a compostagem é uma prática simples e sustentável que você pode fazer mesmo que more em uma casa sem jardim, ou em um apartamento.  

Basicamente, ela é um método para decompor a matéria orgânica. O resultado dessa decomposição é um adubo, também conhecido como húmus, riquíssimo em nutrientes. 

Quer saber quais os principais benefícios da compostagem e como montar sua própria composteira em casa? Então, continue a leitura! 

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Compostagem
Fonte Canva Pro

Principais benefícios da compostagem

Como citamos, a compostagem é uma excelente medida sustentável que beneficia a natureza, pois você está reduzindo e reaproveitando os resíduos que produz. Esta prática não só diminui a poluição, como também contribui para o controle do efeito estufa. Afinal, o lixo orgânico sem tratamento produz gás metano, que é bem mais nocivo que o gás carbônico. 

Além disso, a compostagem gera adubo natural que pode ser utilizado para fertilizar seu jardim, horta ou até mesmo seus vasinhos de planta. Também não podemos nos esquecer do chorume orgânico, que é um líquido residual dos alimentos em decomposição que serve como biofertilizante e é atóxico. 

Após diluí-lo em água, você pode regar ou pulverizar nas suas plantas, pois além de nutri-las, o chorume também funciona como pesticida e ajuda a afastar pragas. Além de fazer uso próprio, você pode optar por comercializar seu adubo caseiro e fazer uma graninha extra no fim do mês. Não é uma excelente ideia? 

Como fazer uma composteira doméstica?

Para fazer sua compostagem em casa, você pode comprar uma composteira ou fazer a sua. O ideal é que o tamanho seja de acordo com a quantidade de lixo orgânico que você produz mensalmente. 

Caso você opte por montar a sua, você precisará de três caixas de plástico idênticas que ficarão empilhadas uma em cima da outra. Dê preferência para cores mais escuras ao invés de transparentes. 

A caixa do meio e a caixa do topo (que precisa ter uma tampa), são chamadas de digestoras. São nelas que você depositará os restos de alimentos para serem decompostos. Já a terceira caixa, que será a base, servirá para coletar o líquido residual do processo. 

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Composteira Doméstica
Fonte Canva Pro

Muitas pessoas que montam sua própria composteira utilizam minhocas para acelerar a decomposição. Este processo, conhecido como vermicompostagem, é higiênico e seguro para a saúde. Lembrando que não é qualquer tipo de minhoca. A espécie mais indicada é a californiana. 

Para que as minhocas possam percorrer pelo espaço, e para que o chorume possa ser drenado, é preciso fazer furos na base das caixas digestoras. Já na terceira caixa, o único furo que você deve fazer é na lateral para encaixar uma torneirinha. 

Com sua estrutura já pronta, você deve colocar na caixa do topo um pouco de terra com minhocas. Depois, ponha os dejetos orgânicos, mas não espalhe. O ideal é que você vá colocando em pequenos montinhos. Para controlar a umidade, afastar insetos e evitar o mau cheiro, sempre coloque serragem, palha ou folhas secas por cima dos alimentos.

Fonte Canva Pro

Após encher a caixa do topo, troque-a pela caixa do meio para que ela possa “descansar” por cerca de 30 a 60 dias. O tempo de decomposição vai depender de alguns fatores como: quantidade e os tipos de alimentos, temperatura, aeração e umidade. Após a troca, repita o processo na caixa vazia!

Cuidados com a sua composteira

Alguns cuidados básicos precisam ser tomados para que o processo de decomposição funcione, principalmente se você utilizar minhocas. O primeiro deles é em relação aos tipos de resíduos que são permitidos na composteira. Confira abaixo algumas recomendações: 

  • Permitidos: cascas de legumes e frutas, hortaliças murchas, casca de ovo, borra e filtro de café, sachê de chás, rolo de papel…
  • Deve evitar: restos de alimentos cozidos ou muito condimentados, frutas cítricas, guardanapos…
  • Proibidos: laticínios, líquidos, pimentas, carnes, gordura, casca de alho e cebola, produtos que levam trigo, nozes pretas, plásticos, fezes de animais… 

Além disso, é preciso ter muita cautela com a temperatura. Coloque sua composteira em um local arejado e que não pegue sol. Lembre-se também de fazer micro furos na tampa e nas laterais das caixas digestoras. 

O controle de umidade também é muito importante, pois o material da compostagem não pode ficar nem muito seco e nem muito úmido. Busque regar umas duas vezes por semana. Caso você note que a terra está muito úmida, adicione mais serragem para equilibrar.  

Gostou de saber mais sobre os benefícios da compostagem? Conta pra gente se você já tem a sua composteira doméstica em casa!

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COP 27: entenda a importância do maior evento sobre Mudanças Climáticas

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A Conferência das Partes (COP) é um evento que ocorre anualmente desde 1995 para discutir sobre os efeitos das mudanças climáticas e, principalmente, estabelecer metas e ações para mitigar este problema. 

A COP reúne representantes de 198 países e territórios que são signatários do tratado UNFCCC (Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática). Esse tratado, estabelecido pela ONU, foi firmado durante a ECO-92, que foi uma Conferência que ocorreu no Rio de Janeiro em 1992. 

Este ano, a 27° edição da COP aconteceu no Egito, e o novo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, compareceu à convite do presidente do país que estava sediando o evento. 

Durante os treze dias de palestras e debates, foram abordados temas como: impactos da poluição e do aquecimento global, segurança alimentar, desmatamento (em especial da Floresta Amazônica), adoção de energias limpas, crédito de carbono, os efeitos do agronegócio e, principalmente, a neutralização do CO2. 

Nesse artigo, vamos fazer um breve resumo sobre alguns acordos que já foram estabelecidos em COPs anteriores, e falar sobre os resultados e expectativas da última conferência. 

Boa leitura! 

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Fonte: Canva Pro

Principais Acordos estabelecidos nas COPs

Como citamos, a primeira edição da COP aconteceu em 1995 na cidade de Berlim, Alemanha. Na época, representantes de 117 países participaram. Tal conferência resultou no Mandato de Berlim, que estabelecia um comprometimento entre os países integrantes em reduzir os gases do efeito estufa até o ano 2000. 

Além disso, foi requisitado a elaboração de um protocolo que legalizasse e oficializasse tal comprometimento. Em 1997, este documento foi apresentado e assinado durante a COP 3, que ocorreu no Japão. Por isso, tal acordo foi nomeado como Protocolo de Kyoto. As principais metas estabelecidas foram as seguintes: 

  • Os países desenvolvidos devem diminuir 5,2% das emissões de gases nocivos ao meio ambiente com base nas emissões de 1990. 
  • Países em desenvolvimento não são obrigados a cumprir as metas estabelecidas, mas precisam cumprir medidas voluntárias. 

Um grande empecilho para atingir os objetivos almejados durante as COPs são os três países com maiores índices de emissão de GEE (gases do efeito estufa): Índia, China e EUA. A China e a Índia, por serem considerados países em desenvolvimento, não são obrigados a cumprir as metas do acordo. 

Já os Estados Unidos, que são os maiores emissores ao longo da história, nem sequer assinaram o Protocolo de Kyoto, pois alegaram que tal medida poderia afetar muito a economia do país. 

Durante a COP 15 outro documento foi assinado pelos países integrantes: o Acordo de Paris. Ainda com o mesmo objeto central estabelecido pelo Protocolo de Kyoto, reduzir a emissão de gases que agravam o efeito estufa, o Acordo de Paris também trouxe metas a serem cumpridas pelos países em desenvolvimento. 

Mas, a proposta é que os países desenvolvidos ofereçam suporte financeiro para que as nações menos desenvolvidas não sofram tantos impactos econômicos e sociais. Em 2016, os EUA, que estava sob o governo de Barack Obama, assinou o Acordo e ainda se comprometeu a fazer uma doação bilionária ao Fundo Verde do Clima. 

Contudo, em 2017, o ex-presidente Donald Trump decidiu sair do Acordo, pois ele faz parte do grupo de negacionistas que desacreditam nos efeitos das mudanças climáticas, bem como na sua relação com o aumento dos gases do efeito estufa. 

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Fonte: Canva Pro

Resultados da COP 27

Os debates da COP 27 giraram em torno dos relatórios apresentados em 2022 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Tais documentos mostram a urgência em tomar medidas rápidas e efetivas para amenizar os efeitos do aquecimento global que já atinge milhares de pessoas

Segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), os últimos 8 anos foram provavelmente os mais quentes registrados na história. Infelizmente, os efeitos catastróficos devido ao aumento exponencial das temperaturas são sentidos principalmente por países em situação de vulnerabilidade, como a África. 

Há pesquisas que mostram que entre as 10 cidades que mais sofrem com as mudanças climáticas no mundo, 8 delas são africanas. O mais irônico é que a África está longe de entrar para lista de países que mais emitem GEE. 

Segundo a análise de alguns especialistas, a COP 27 foi mais para reafirmar compromissos preestabelecidos no Acordo de Paris, e no Pacto Climático de Glasgow (formalizado durante a COP 26). As principais metas definidas e acordos discutidos foram: 

  • Diminuir em 45% as emissões de dióxido de carbono até 2030;
  • Limitar o aquecimento em 1,5 °C e neutralizar o CO2 até 2050;
  • Acelerar o processo de transição para energias limpas;
  • Criar um fundo de indenização para o países que mais sofrem com as mudanças climáticas;

A participação do presidente eleito também foi fundamental para as discussões acerca da atual situação da Amazônia. Afinal, os últimos quatro anos foram simplesmente desastrosos para a floresta, e os fundos destinados à sua proteção foram sugados pelo atual governo (o que provavelmente irá dificultar a execução de ações prometidas na COP 27).

Em resumo, Lula se comprometeu em aumentar exponencialmente o monitoramento da Amazônia para controlar e reduzir de forma significativa o desmatamento. Além disso, ele enfatizou que buscará por acordos e alianças internacionais para frear a destruição, recuperar os estragos, bem como aumentar a proteção de áreas ainda preservadas. 

A boa notícia é que países como Alemanha e Noruega, principais financiadores do Fundo Amazônia, já se mostraram dispostos a retomar seu apoio financeiro após o bloqueio feito em 2019 devido ao aumento nos níveis de desmatamento. Vamos torcer para que todas as promessas e ações consigam ser cumpridas de forma efetiva, e a Floresta seja valorizada e mantida em pé!

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Dicas de viagem para a Ilha de Marajó 

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Está planejando visitar Belém nessas férias de fim de ano? Então, não deixe de conhecer a Ilha de Marajó! Lá é o local perfeito para recarregar as baterias, curtir a natureza e desacelerar esse ritmo frenético de quem vive em grandes cidades. 

Apesar de algumas agências oferecerem a opção de fazer só um bate-volta para apreciar os principais pontos turísticos, o mais recomendado é que você fique na ilha de 2 a 3 dias para aproveitar melhor as belezas únicas e naturais deste lugar. 

Os municípios mais famosos são Soure e Salvaterra. Ambos têm ótimas opções de praias, restaurantes, comércios e hotéis. Uma das melhores formas de chegar à ilha é pegando uma lancha rápida que sai do Terminal Hidroviário de Belém. 

A viagem dura cerca de 2h30min e as acomodações são bem confortáveis. Contudo, na alta temporada é indicado comprar os bilhetes com antecedência no próprio terminal. Além disso, a partida dos navios costuma ser bem cedo!

Se você preferir ir de carro, então vai precisar pegar uma balsa em Icoaraci. A grande vantagem é ter mais autonomia dentro da ilha, já que o principal meio de transporte é o táxi. 

Quer saber mais curiosidades sobre este lugar encantador e ficar por dentro de várias dicas para a sua viagem? Então, continue a leitura! 

Um pouco da história da Ilha de Marajó

Banhada pelo Oceano Pacífico e pelo Rio Amazonas, a Ilha de Marajó já foi o lar de grupos indígenas que viveram durante o período pré-colombiano (antes do século XV). Um dos maiores legados destes povos foi a arte da cerâmica, que é praticada e comercializada até hoje. 

No município de Soure há dois lugares super especiais onde você pode apreciar e conhecer um pouco mais sobre esta arte: Ateliê Arte Mangue Marajó e M’barayó Cerâmica Marajoara

Lembrando que na Flor de Jambu você pode adquirir peças exclusivas de cerâmicas marajoaras feitas pelo Mestre Guilherme Sant’ana e pintadas pelos artistas Sebastian e Maynara Sant’ana

Outro símbolo desta ilha são os búfalos! Não se assuste se estiver andando no meio da rua e encontrar um. Há algumas histórias que envolvem a chegada desses animais ao arquipélago. A maioria acredita que eles estavam sendo transportados em um navio para as Guianas, mas a embarcação acabou naufragando perto da ilha.

Os búfalos possuem um papel importantíssimo para a economia local, pois eles são um dos principais atrativos turísticos da região. Além disso, é do leite de búfala que se produz o famoso Queijo Marajoara. Não deixe de experimentar, pois o seu sabor é surreal! 

O couro desses animais também é aproveitado para fazer peças de vestuário, como sapatos, chapéus e bolsas. Uma indicação de local para você encontrar esse tipo de artefato é o Curtume Art Couro Marajó, que fica em Soure. 

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Queijo Marajoara
Fonte: Canva Pro

O que fazer na Ilha?

Como falamos, a Ilha de Marajó é o destino ideal para quem busca sossego e calmaria. Se você quiser ficar próximo do Porto Camará, de onde saem e chegam as embarcações, então é melhor se hospedar em Salvaterra. 

Uma das praias mais famosas deste município é a Praia Grande. Ela possui uma orla bem extensa com vários restaurantes para você experimentar a culinária local. Um dos pratos mais conhecidos desta região é o Filé Marajoara, que é feito com carne e queijo de búfala. 

Se você gosta de conhecer lugares históricos, então visite as Ruínas de Joanes. Lá se encontra uma igreja bem antiga que foi erguida no século XVII pelos jesuítas. Próximo ao local fica a Praia de Joanes, que é super tranquila e possui algumas opções de barzinhos. 

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Ilha de Marajó
Fonte: Canva Pro

No município de Soure você também terá muitas opções de lugares para colocar o pé na areia, tomar um solzinho e relaxar. Se estiver procurando por um banho de água salgada, então visite a Praia do Pesqueiro, que é uma das mais famosas e frequentadas da região. 

Outro local com uma excelente infraestrutura é a Praia da Barra Velha. Ela atrai muitos turistas pelo seu visual único, pois há manguezais que rodeiam sua orla. Mas, se você estiver procurando por uma praia mais deserta, então visite a Praia do Céu, que também é belíssima e tem águas super tranquilas. 

Além das praias, há passeios pelas fazendas da região, onde você poderá ter mais contato com os búfalos e até mesmo montar em um deles. O preço e os serviços inclusos dependem da fazenda. 

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Algumas têm a opção de trilhas pelos mangues, passeios de charrete, e certos locais oferecem um lanchinho especial onde é servido o Queijo Marajoara. As mais conhecidas são a Fazenda Araruna e a Fazenda de São Jerônimo. Vale a pena visitar!

Gostou de todas essas dicas? Confira também nosso artigo “Artesanato Marajoara: um símbolo da identidade nacional”!

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Conheça os benefícios do buriti para a pele e cabelo

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Delicioso e versátil, o buriti é uma das frutas mais incríveis que você poderá conhecer. Isso porque, além de possuir um sabor único, o buriti possui incríveis propriedades benéficas para a nossa saúde. Não é à toa que ele é muito utilizado em produtos medicinais e cosméticos.

Mas, não é só isso! O buritizeiro, palmeira que dá o buriti, é praticamente 100% aproveitável. Das suas folhas, por exemplo, é possível retirar as fibras para a confecção de artesanatos. Já do seu tronco é retirado um palmito muito saboroso e rico em vitaminas. 

O óleo do buriti, que pode ser extraído tanto da sua semente quanto da polpa, é bastante usado na indústria alimentícia como corante natural. Além disso, por conter substâncias bactericidas e antioxidantes, ele também é super requisitado pela indústria de produtos de beleza. 

Apesar do buritizeiro ser predominante nos estados do norte, é possível encontrá-lo em todas as regiões do Brasil com diferentes denominações. O mais interessante é que estas palmeiras possuem grande importância para o equilíbrio ecossistêmico de regiões onde tem nascentes de água.  

Quer saber mais dos benefícios do buriti e porque ele é tão eficiente para os cuidados da pele e cabelo? Então, continue a leitura!

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Palmeira Buriti
Fonte: Canva Pro

Benefícios do buriti para a pele

O que você busca ao cuidar da sua pele? Brilho? Elasticidade? Hidratação? E se eu te contar que o buriti pode te promover tudo isso? Às vezes pagamos por produtos caríssimos cheios de substâncias químicas que a longo prazo fazem mal a nossa saúde, sendo que podemos obter os resultados que precisamos com insumos da natureza. 

O buriti possui um alto teor de betacaroteno! Por isso seu interior é tão alaranjado. O betacaroteno é o responsável pela produção de Vitamina A no nosso organismo. E, para quem não sabe, esta vitamina é uma grande aliada nos cuidados com a pele.

Afinal, ela é um poderoso antioxidante que ajuda a combater a ação dos radicais livres que causam o envelhecimento precoce. Além disso, essa fruta tem em sua composição a presença de vários ácidos graxos, que unidos às propriedades antioxidantes também ajudam a estimular o colágeno da pele. 

Aliás, outro benefício dos ácidos graxos é que eles evitam o ressecamento e promovem a hidratação, deixando sua pele com uma textura muito mais macia. O hidratante corporal da Saboaria Rondônia, que é enriquecido com óleo vegetal de buriti, é perfeito para que você usufrua de todos estes benefícios e recupere a vivacidade da sua pele. 

Também não podemos deixar de citar que já há pesquisas que mostram a eficácia do óleo de buriti para a cicatrização, bem como para tratar peles irritadas ou com queimaduras. Apesar de proteger a pele contra as ações nocivas do sol, o uso do protetor continua sendo indispensável.

Hidratante Corporal enriquecido com Óleo de Buriti

Benefícios do buriti para o cabelo

Fora o fato de prevenir os danos dos raios ultravioletas na pele, o óleo de buriti também ajuda a tratar cabelos ressecados pelo excesso de exposição solar. Sem falar que seu uso constante é excelente para diminuir o frizz. 

Outro benefício dessa frutinha é a presença de vitaminas do complexo B, que são essenciais para fortalecer sua saúde capilar. Se você sofre com queda, enfraquecimento dos fios, ou se incomoda com a descoloração natural, então o óleo de buriti pode te ajudar a amenizar estes efeitos. 

Além disso, o buriti também tem ômega 3, que é super importante para manter seus cabelos hidratados e bonitos. Tanto a vitamina B quanto o ômega 3 auxiliam na circulação do couro cabeludo, promovendo o crescimento natural. 

Cosméticos Naturais com Óleo de Buriti

Você sabia que agora a Flor de Jambu também está trabalhando com cosméticos naturais feitos com insumos Amazônicos? E o melhor de tudo é que a maioria deles é feito com óleo de buriti, que como acabamos de ver possui vários benefícios!

Confira abaixo

O creme esfoliante facial possui micropartículas de buriti que ajudam a remover as células mortas e promover a renovação celular trazendo uma textura macia para a sua pele.

O Sérum Facial com óleos de buriti e babaçu é rico em antioxidantes que amenizam marcas de expressão e ainda deixam sua pele hidratada e iluminada.

O desodorante natural com óleos de buriti e babaçu tem propriedades bactericidas, promove a hidratação e ajuda a amenizar irritações.

O Lip Balm também é enriquecido com óleos de buriti e babaçu! Ele ajuda a proteger, nutrir e hidratar lábios ressecados.

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Pratos típicos de Manaus: conheça a culinária amazonense 

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Você sabia que 24 de Outubro é celebrado o dia de Manaus? Essa cidade maravilhosa, que é a capital do Amazonas, possui uma culinária riquíssima e muito diferente comparada a outros estados do Brasil. 

Fora a gastronomia, Manaus possui pontos turísticos belíssimos como o Teatro Amazonas, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa e o Palácio Rio Negro, que são construções da época do ciclo da borracha (final do séc. XVIII e início do séc.XIX).

Além disso, esta cidade é o destino de muitas pessoas que sonham em conhecer de perto a majestosa Floresta Amazônica. Quem visita Manaus tem a oportunidade de presenciar o encontro das águas, fazer trilhas, passeios de barco, conhecer tribos locais, nadar com os botos… 

Mas, o foco desse artigo é sobre as comidas deliciosas que você poderá provar nesta capital. Além disso, também selecionamos alguns dos melhores restaurantes de Manaus para você conhecer! Vamos lá? 

Principais pratos típicos de Manaus

A abundância de espécies de peixes dos rios amazônicos influenciou muito a composição da gastronomia local. Todavia, o mais interessante é a variedade nos preparos que você irá encontrar. 

A Costelinha de tambaqui, o pirarucu de casaca, o pacu frio, o bolinho de surubim, a matrinxã na brasa e a caldeirada de tucunaré, por exemplo, são receitas super populares na região. Para acompanhar os peixes, é comum vir arroz, farinha Uarini, e até mesmo um delicioso açaí

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Caldeirada de peixe
Fonte Canva Pro

Mas, se você não quiser almoçar e precisa fazer um lanche rápido, recomendamos que você prove o famoso x-caboquinho, que é um sanduíche diferente de qualquer outro que você irá comer. 

Ele costuma ser feito com o pão de sal (também conhecido como pão francês), banana pacovã frita, queijo coalho, ovo, e uma fruta pouco conhecida em outros estados que se chama tucumã. 

A banana pacovã e o tucumã também costumam aparecer como recheio da tapioca, que é outro ingrediente muito típico de Manaus, e que vai muito bem com um cafézinho. Falando em café, é bastante comum você encontrar locais que o servem com uma pupunha cozida. 

Também não podemos nos esquecer do tacacá! Este caldo, feito com camarões secos, é uma excelente oportunidade para você experimentar ao mesmo tempo dois ingredientes super icônicos da região norte: o tucupi e o jambu

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Tacacá
Fonte Canva Pro

Agora, falando em sobremesas, aproveite para experimentar os sorvetes, geléias e mousses feitos com frutas típicas da Amazônia, como taperebá, bacuri, cupuaçu, camu-camu, araçá-boi…

Confira agora algumas dicas de restaurantes e cafés para você provar os pratos típicos de Manaus!

Onde comer em Manaus? 

Está indo para Manaus e não quer correr o risco de comer em restaurantes ruins? Calma que nós preparamos uma lista de lugares super especiais para você visitar!

O primeiro deles é o Moquém do Banzeiro. Lá, você poderá experimentar receitas do Chef Felipe Schaedler, que é especialista em culinária Amazônica. A maior parte dos preparos de seus pratos, inclusive das sobremesas, é feito na brasa. 

Uma excelente indicação de entrada é a isca de pirarucu empanada com farinha uarini e,  para a sobremesa, vale a pena provar a manga na brasa com puxuri e sorvete de cupuaçu. 

O segundo restaurante da nossa lista é o Caxiri, que tem uma bela vista para o Teatro Amazonas. O Pirarucu é considerado por muitos clientes o carro-chefe da casa! 

Depois do almoço vem o lanche da tarde e nós temos duas opções de locais: o Café Regional Manaus e o Café Regional Priscila. Em ambos você poderá provar a tapioca de tucumã e o x-caboclinho que comentamos mais acima. 

Por último, sugerimos que você conheça o Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Além de ter muito artesanato, você vai encontrar várias opções de restaurantes com pratos típicos de Manaus. 

Gostou de todas essas dicas? 

Se você já conhece a capital do Amazonas, conta pra gente nos comentários como foi sua experiência!

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Conheça a história do Hidromel: a bebida dos deuses!

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Se você acompanha nossas novidades, então viu que o mais novo lançamento da Flor de Jambu é o Hidromel Uruçun da Amazônia. E você sabe qual o segredo por trás do sabor divino desta bebida? Calma, que nós vamos te contar…

Ele é feito com o mel de abelhas sem ferrão nativas da nossa floresta! Mais um produto que ajuda agregar valor para os insumos da região amazônica, contribuir para o trabalho de pequenos produtores e fortalecer a bioeconomia. 

Além de ser um produto amazônico inovador, todo seu processo de fabricação colabora para manter a floresta em pé e proteger as principais responsáveis pela produção do mel, as abelhas.

Lembrando que as abelhas são de extrema importância para o equilíbrio dos ecossistemas e possuem um papel essencial na produção de alimentos mundialmente.

Quer conhecer um pouco mais sobre as origens do Hidromel e entender porque ele já foi considerado uma bebida dos deuses? Então, vem a gente!

Hidromel: o que é? 

Para produzir o hidromel são necessários só três ingredientes: mel, água e leveduras. Assim como o vinho, esta bebida passa por um processo de fermentação que transforma o açúcar em álcool. 

Com o passar do tempo, algumas civilizações experimentaram adicionar outros ingredientes, como temperos, frutas, pimentas e ervas, para criar diferentes tipos de sabores. 

Acredita-se que o hidromel é a bebida alcoólica mais antiga da história, pois ela pode ser produzida espontaneamente na natureza. Isso porque, se a água da chuva entrar em contato com o mel, e leveduras selvagens entrarem em contato com esta mistura, após o processo de fermentação natural se obtém o hidromel. 

Ao encontrar esta bebida na natureza, nossos ancestrais tentaram reproduzi-la mesmo sem compreender sobre os processos químicos da fermentação. Essa falta de compreensão fez com que a produção do hidromel estivesse por muito tempo relacionada com algo místico, e até mesmo divino. 

Mas, a dúvida é: qual foi a primeira civilização que conseguiu reproduzir o hidromel?  

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Hidromel
Fonte: Canva Pro

As origens desta bebida

Não se sabe ao certo qual foi a primeira civilização que produziu esta bebida. Mas, uma das evidências arqueológicas mais antigas mostra que os chineses consumiam um tipo de líquido muito parecido com o hidromel há 7.000 anos a.C.

Além disso, também há registros em manuscritos indianos que foram escritos 1.500 anos a.C. que falam sobre uma bebida alcoólica feita de mel. 

O hidromel também aparece em escrituras da Grécia Antiga. Nomeado como ambrosia, esta bebida era considerada muito benéfica para a saúde e, por isso, era muito ligada aos deuses gregos. 

O mel, quando consumido em quantidades adequadas, traz muitos benefícios ao nosso organismo, pois ele é rico em minerais, contém vitaminas, além de ter propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas. 

Contudo, por não obterem esse tipo de conhecimento, tanto os gregos, como outras civilizações, rotularam o hidromel como algo místico e sagrado. 

Na Idade Média houve uma grande ascensão de seu consumo, principalmente entre os povos Vikings. Eles tinham o costume de consumir esta bebida durante rituais e cerimônias importantes. 

bebida dos vikings
Bebida dos Vikings
Fonte: Canva Pro

Além disso, há várias lendas na mitologia nórdica que falam sobre a origem do hidromel. Estes povos acreditavam que Odin, o mais poderoso dos deuses nórdicos, ganhou poderes depois de bebê-lo. 

Apesar de toda sua popularidade, o consumo do hidromel começou a cair drasticamente com o tempo, tanto pelo seu alto valor, como pela dificuldade em se produzir o mel. A uva, por exemplo, era muito mais simples de ser cultivada e, por isso, o vinho acabou ganhando mais espaço por toda a Europa. 

Mas, essa realidade vem mudando nos últimos anos e o mercado do hidromel vêm ganhando força, principalmente por conta de seu aparecimento em séries e filmes famosos que acabaram gerando a curiosidade do público. 

Bateu aquela vontade de experimentar? 

Então, não perca tempo e compre agora seu Hidromel da Amazônia clicando no botão abaixo!