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O que são sistemas agroflorestais e qual sua importância? 

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Sistemas agroflorestais (SAFs), ou agroflorestas, são formas de agricultura que combinam a produção agrícola e florestal em uma mesma área. Esses sistemas produtivos são baseados no cultivo de árvores, plantas agrícolas e criação de animais em um mesmo local, seguindo princípios ecológicos.

O objetivo desses sistemas é aumentar a produtividade da terra, melhorar a qualidade do solo, preservar a biodiversidade e ter um aproveitamento mais eficiente dos recursos disponíveis no ecossistema.

Além disso, os SAFs podem aumentar a fonte de renda de produtores familiares, pois as agroflorestas reduzem a dependência da monocultura, permitindo uma maior diversificação de produtos para a comercialização. 

Quer entender melhor sobre as agroflorestas e saber o porquê elas são uma excelente estratégia de preservação ambiental comparado aos sistemas agrícolas tradicionais? Então, continue a leitura! 

Sistema agrícolas convencionais x Sistemas agroflorestais

Os sistemas agrícolas convencionais e os sistemas agroflorestais são abordagens muito diferentes para a produção de alimentos e outros produtos agrícolas. Enquanto os sistemas convencionais se concentram na produção em larga escala e na eficiência de custos, os sistemas agroflorestais buscam promover a biodiversidade, a conservação do solo e a sustentabilidade a longo prazo.

Os sistemas agrícolas convencionais, prezando pela alta produtividade, utilizam técnicas intensivas, como o uso de pesticidas e fertilizantes químicos, a monocultura e a drenagem dos solos. Essas técnicas têm um impacto significativo na natureza, causando a degradação da terra, a poluição da água e a perda da biodiversidade. 

Além disso, os sistemas agrícolas convencionais dependem muito de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural, para a produção e transporte de alimentos, o que contribui para a emissão de gases do efeito estufa e para as mudanças climáticas.

Em um sistema agroflorestal, o cultivo agrícola e a produção florestal são complementares, de forma que as árvores ajudam a melhorar a qualidade do solo e a proteger as plantas agrícolas dos efeitos climáticos adversos, enquanto as plantas agrícolas fornecem nutrientes para as árvores e ajudam a melhorar a diversidade da flora local.

Os SAFs podem ser projetados de diversas formas, dependendo das necessidades do produtor e das condições do terreno. Os principais tipos de sistemas agroflorestais são: 

  • agrossilvicultura;
  • silvipastoril;
  • agrofloresta sucessional; 
  • sistemas agroflorestais com culturas perenes ;
  • sistema agroflorestal de enriquecimento de capoeira;
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Agricultores Familiares
Imagem: Canva Pro

Benefícios das agroflorestas 

As agroflorestas são consideradas sistemas de produção sustentável, pois ajudam a reduzir a pressão sobre áreas naturais. Confira abaixo os principais benefícios socioambientais destes sistemas:

  • Conservação do solo: as árvores, arbustos e plantas herbáceas ajudam a manter a fertilidade do solo, prevenindo a erosão e melhorando a retenção de água;
  • Biodiversidade: os sistemas agroflorestais promovem a diversidade de plantas e animais, criando e restaurando habitats para uma maior variedade de espécies.
  • Controle de pragas e doenças: a diversidade de plantas nos sistemas agroflorestais ajuda a evitar naturalmente a disseminação de pragas, reduzindo a necessidade de pesticidas químicos.;
  • Redução das emissões de gases do efeito estufa: os sistemas agroflorestais podem capturar carbono do ar e armazená-lo nas árvores e no solo, amenizando os impactos das mudanças climáticas;
  • Segurança alimentar: os SAFs podem gerar uma grande variedade de produtos alimentícios, como frutas, castanhas e raízes, proporcionando uma fonte mais diversificada e segura de alimentos para as comunidades locais.

Em resumo, enquanto os sistemas agrícolas convencionais têm um impacto negativo no meio ambiente, as agroflorestas oferecem muitos benefícios ecológicos, e podem ser uma abordagem mais sustentável e resiliente para a produção de alimentos e outros produtos agrícolas.

Produtos da Flor de Jambu que são cultivados em SAFs

Você sabia que alguns produtos da Flor de Jambu vêm de agroflorestas? Um deles é o delicioso Café Apuí. Feito por agricultores familiares no município de Apuí, no estado do Amazonas, este café amazônico é cultivado em sistemas agroflorestais totalmente livres de agrotóxicos. Se você ainda não experimentou, então clique aqui

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Outro produto que também é fruto de SAFs são as sementes de puxuri. Esta especiaria amazônica possui um aroma levemente defumado e pode ser utilizada como substituta da noz moscada. Na seção Receitas da Amazônia nós ensinamos a fazer uma deliciosa tartelete de chocolate aromatizada com puxuri, cumaru e guaraná. Clique aqui para conferir! 

Gostou deste conteúdo? Então,leia também nosso artigo “Qual a importância do Ecoturismo na Amazônia

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Farinha de Cruzeiro do Sul: uma das melhores farinhas do Brasil

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A Farinha de Cruzeiro do Sul é um ingrediente amazônico que vem conquistando cada vez mais espaço na culinária brasileira. Produzida a partir da mandioca, essa farinha é bastante popular na região norte por sua crocância e sabor adocicado. 

O município de Cruzeiro do Sul, localizado no interior do estado do Acre, é uma das regiões onde este produto é fabricado tradicionalmente por agricultores familiares há mais de um século.

Para valorizar e resguardar toda a história, técnicas e sabedoria ancestral por trás deste produto único, o modo de fazer a Farinha de Cruzeiro do Sul foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Acre pelo governo do estado. 

Além disso, a Farinha de Cruzeiro do Sul é o primeiro produto proveniente da mandioca no Brasil a receber o selo de Indicação Geográfica. Este selo qualifica o produto por possuir particularidades únicas que são vinculadas ao local de produção, restringindo o uso do seu nome em uma área geográfica delimitada. 

Quer saber mais curiosidades sobre esse ingrediente amazônico e como você pode utilizá-lo na sua cozinha? Então, continue a leitura!

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Farinha de mandioca
Imagem: Canva Pro

Origens e modo de produção 

Além de Cruzeiro do Sul, a área delimitada para a produção dessa farinha também engloba os municípios de Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Porto Walter. Toda essa região é conhecida pela produção de mandioca, uma vez que o clima úmido e quente da Amazônia favorece o cultivo dessa raiz.

Sua fabricação segue um processo artesanal, que começa com a colheita da mandioca. A raiz é lavada, descascada e moída em um equipamento conhecido como “bola”. Depois da moagem, a massa é prensada para extrair o líquido e ficar bem sequinha. Em seguida, ela é peneirada para que atinja a textura ideal. 

Em algumas casas de farinha, a massa é torrada em uma grande chapa, que precisa ser manuseada constantemente para não passar do ponto. Depois de todo o processo ser concluído, a Farinha de Cruzeiro do Sul é vendida em sacos de 50 quilos para os comerciantes da região. 

Além de ser um ingrediente saboroso, a Farinha de Cruzeiro do Sul é rica em nutrientes. Ela é fonte de carboidratos, fibras, minerais (cálcio, ferro, fósforo e potássio), além de possuir baixo teor de gordura. Por ser feita a partir da mandioca, que é um alimento naturalmente sem glúten, a farinha também é uma excelente opção para pessoas celíacas. 

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Peixe empanado
Imagem: Canva Pro

Como utilizar a Farinha de Cruzeiro do Sul na culinária

A Farinha de Cruzeiro do Sul é um ingrediente versátil e pode ser utilizada de diversas formas na gastronomia. Na região Norte do país, ela é um acompanhamento comum de pratos típicos, como o tacacá, a maniçoba e o pato no tucupi. No entanto, ela também pode acompanhar o nosso clássico arroz e feijão de cada dia. 

Você também pode utilizá-la como substituta da farinha de trigo. Escolha sua proteína favorita e experimente fazer um delicioso empanado! Mas, se você for adepto da dieta vegana, nossa dica é usar essa farinha para preparar um saboroso tempurá de legumes. O resultado vai super crocante!

Outra forma de utilizar a Farinha de Cruzeiro do Sul é na preparação de receitas de bolos, pães e biscoitos. Esse ingrediente irá conferir um sabor único às preparações. Lembrando que ela possui um gosto levemente adocicado.

Gostou de conhecer um pouco mais sobre esse ingrediente amazônico e receber todas essas dicas de preparo? Então, não perca tempo e garanta agora sua Farinha de Cruzeiro do Sul para fazer pratos maravilhosos para toda sua família!

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Descubra os principais benefícios da argila verde

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Você tem dificuldade de controlar a oleosidade tanto da pele quanto dos cabelos? Sofre com o excesso de espinhas e acne? Não sabe mais o que fazer para diminuir a caspa? Se a resposta for sim para alguma dessas três perguntas, então você precisa conhecer os benefícios da argila verde! 

A argila é um elemento natural e terroso, composto por diversos minerais como magnésio, cálcio, potássio, zinco, ferro, entre outros. Dependendo dos seus componentes, a argila pode ter diversas cores e possuir diferentes finalidades terapêuticas.

Apesar de muitos pensarem que o uso da argila na formulação de cosméticos é algo relativamente recente, na verdade, este mineral já era usado por antigas civilizações. Tantos os gregos, como os egípcios, usufruíam de suas propriedades para fins medicinais e estéticos. 

Atualmente, existem algumas linhas de tratamentos alternativos bastante comuns em Spas, como a Argiloterapia e a Geoterapia, que utilizam a argila para promover o relaxamento muscular, eliminar toxinas do organismo, tonificar a pele, entre muitos usos. 

Quer saber mais sobre os benefícios da argila verde e como você pode utilizá-la? Então, continue a leitura!

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A Argila Verde proporciona inúmeros benefícios para a saúde da sua pele
Fonte: Canva Pro

Benefícios da argila verde no rosto

Como citamos, o uso da argila verde é bastante recomendado para pessoas que sofrem com o excesso de oleosidade. Isso porque, a argila verde é rica em zinco (mineral) e silício (elemento químico), que agem na nossa pele como sebo-reguladores.

Em outras palavras, esta argila tem função adstringente, promovendo a limpeza, controlando a produção excessiva de sebo e purificando a nossa pele. Por esse motivo, ela é indicada para tratar acnes e espinhas. 

Mas, é preciso cuidado com o efeito rebote que o uso excessivo pode causar. Afinal, produtos com secativos, quando não utilizados da forma correta, podem ressecar demais, fazendo com que a derme produza muito mais sebo.

Outro benefício proporcionado pelo silício presente nesta argila é seu efeito hidratante e calmante, que é ideal para o tratamento de peles sensibilizadas. Sem falar que ele também ajuda na reconstrução dos tecidos.

Além disso, a argila verde possui em sua composição o magnésio, que associado à ação do cálcio auxilia na renovação celular e promove a elasticidade da pele. Por isso ela é famosa por diminuir a flacidez e deixar seu rosto com uma aparência mais jovem. 

Contudo, de nada adianta ter um rosto jovem cheio de olheiras com um aspecto de cansaço, não é verdade? Se você também sofre com manchas escuras embaixo dos olhos, então experimente aplicar a argila verde para aumentar a vascularização e desinchar a região. 

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Sabonete de Argila Verde com Óleo de Babaçu

Benefícios da argila verde no cabelo

Por ser considerada um tônico natural e possuir ação adstringente, a argila verde é capaz de penetrar profundamente nos poros do couro cabeludo e remover impurezas, como excesso de oleosidade e resíduos de produtos capilares. Além disso, ela ajuda a desobstruir os folículos, permitindo que os fios cresçam saudáveis e fortes.

Por reduzir a produção de sebo, a argila verde melhora a aparência do cabelo oleoso, além de ser excelente para amenizar os sintomas comuns da seborreia, como a descamação, a vermelhidão ou a caspa. 

A presença de variados minerais também auxiliam na nutrição e fortalecimento dos fios, tornando-os mais resistentes à quebra e à queda. Não é incrível como a natureza nos fornece diversos ativos que são a solução perfeita para os problemas que enfrentamos? 

Que tal começar a usufruir dos maravilhosos benefícios da argila verde durante seu banho? Para purificar e tonificar sua pele, o Sabonete de Argila Verde da Pura Amazônia é a melhor opção. 

Além de promover uma leve esfoliação, ele ainda hidrata profundamente por conter em sua fórmula o óleo de babaçu, que é rico em Vitamina E e Ácidos Graxos. Experimente agora clicando no botão abaixo!

Referências:

GUISONI, Taise Della Giustina. Benefícios da argila em procedimentos estéticos. Estética e Bem Estar-Tubarão, 2018.

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A importância da cuia na cultura brasileira: usos e tradições

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A cuia é uma parte fundamental da nossa cultura, tanto no aspecto prático quanto no simbólico. De herança indígena, podemos ver a cuia nos lares brasileiros sendo utilizada para armazenamento de alimentos e bebidas, objeto de decoração, ou como utensílio doméstico. 

As cuias artesanais costumam ser feitas de cabaça, madeira ou cerâmica. Na região norte do Brasil, mais especificamente nos municípios de Santarém e Monte Alegre, a confecção de cuias é uma tradição passada de geração em geração. 

Inclusive, o “Modo de Fazer Cuias no Baixo Amazonas” foi reconhecido como importante forma de expressão cultural. Por isso, em 2015 ele foi incluído pelo IPHAN no Livro de Registro dos Saberes como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. 

Nesse artigo, vamos falar um pouco mais sobre as origens deste artefato, modos de produção e contar algumas curiosidades sobre a cuia que talvez você ainda não conheça. Vamos lá? 

Como é feita a cuia? 

Como citamos, a cuia pode ser produzida a partir de diferentes tipos de matéria-prima. A mais tradicional delas é feita de um fruto chamado porongo, que se dá em uma árvore conhecida popularmente como cueira ou cabaceira (Crescentia cujete).  

Dependendo da região, a cuia recebe outras denominações, como por exemplo: coité, cuité ou cabaça. Na região do Baixo Amazonas, no estado do Pará, a confecção de cuias é uma tradição entre as comunidades ribeirinhas, principalmente entre as mulheres. 

Os conhecimentos e técnicas utilizadas são uma herança de vários grupos indígenas que habitavam esta região desde o período da colonização. Após selecionar os melhores porongos, é preciso retirar o miolo e fazer uma limpeza da peça. Posteriormente, é necessário secar o fruto ao sol até que ele adquira um aspecto bem lisinho. 

Na região norte, é comum que se pinte a peça com um pigmento natural escuro chamado cumatê. Para ornamentar as cuias, são talhados desenhos de flores, grafismos tapajônicos ou elementos que representam a natureza da região. 

Além das cuias feitas de cabaça, também é possível encontrá-las de madeira ou cerâmica. Apesar de serem materiais mais resistentes, existem algumas desvantagens que é preciso levar em consideração caso você vá utilizar sua cuia para tomar alguma bebida quente. 

A cuia de cerâmica, por exemplo, esquenta muito na parte externa, sendo difícil manusear. Já a feita de madeira, apesar de não esquentar, pode alterar o sabor do alimento ou bebida que você adicionar. Agora, a cuia tradicional, além de ser mais leve, não super aquece e nem afeta o sabor. Interessante, não é mesmo? 

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Cuia Artesanal feita na Comunidade Aritapera em Santarém-PA

Usos e tradições

Como falamos no comecinho do artigo, a cuia é uma objeto presente na casa de muitos brasileiros. Na região sul, por exemplo, ela é bastante utilizada para tomar o famoso chimarrão. 

Faz parte da cultura gaúcha compartilhar essa bebida quente feita com erva mate em uma roda de amigos. Quem prepara o chimarrão costuma dar o primeiro gole (que é o mais amargo) e depois passa sempre para a pessoa à sua direita. 

No nordeste, a cuia é muito usada como objeto decorativo ou como utensílio doméstico. É comum ver as pessoas usando a cuia como colher, fruteira, petisqueira, ou até mesmo como vaso de planta. Pra lá de versátil, não é mesmo? 

Na região norte, a cuia também tem mil e uma utilidades. Uma delas é para tomar o delicioso tacacá, que é um caldo feito de tucupi e camarões secos, temperado com jambu e engrossado com goma de tapioca. 

Entre as comunidades indígenas e ribeirinhas, é comum ver as pessoas usando a cuia para se banhar, pegar água do rio, tomar açaí, armazenar grãos… Uma curiosidade interessante é que as pessoas que se dedicam ao ofício de confeccionar as cuias na região de Monte Alegre são popularmente conhecidas como “pinta cuias”. 

Gostou de conhecer um pouco melhor sobre este artefato tão simbólico da cultura brasileira? Que tal ter sua própria cuia para decorar sua casa, ou servir um delicioso petisco para os amigos? 

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A importância da Bioeconomia para a Amazônia

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Apesar de possuir diversos conceitos por estar presente em vários setores da indústria, a Bioeconomia está atrelada ao desenvolvimento sustentável e circular, tendo como foco a utilização de recursos biológicos na produção de bens e serviços. 

Em outras palavras, a Bioeconomia é uma ciência que busca investir em pesquisa, inovação e novas tecnologias, com o objetivo de agregar valor à biodiversidade e diminuir os impactos ambientais. 

Desde o início da Revolução Industrial, e da descoberta do petróleo em 1859, o planeta vêm sofrendo exponencialmente com a emissão de carbono e produção de resíduos, resultando na destruição de diversos ecossistemas e nos problemas causados pelas mudanças climáticas. 

Dentre as soluções abordadas nas últimas Conferências das Nações Unidas sobre o Clima, o investimento em Bioeconomia é uma delas, afinal, o modelo econômico tradicional se tornou insustentável e extremamente nocivo ao meio ambiente. 

No contexto econômico brasileiro, o progresso no setor da Bioeconomia também é bastante promissor, pois nosso país é detentor da maior biodiversidade do planeta. Só no bioma Amazônico existem mais de 60 mil espécies de plantas e animais vertebrados. 

Analisando a situação atual da Floresta Amazônica, que vem sofrendo com os elevados índices de desmatamento, um modelo econômico que preze pela floresta em pé se faz extremamente necessário. 

É por isso que neste artigo vamos falar sobre a importância da Bioeconomia para a preservação da Amazônia e, principalmente, para a valorização das comunidades tradicionais da floresta. Vamos lá? 

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Bioeconomia
Fonte: Canva Pro

Entenda melhor sobre a Bioeconomia

Como citamos, o modelo econômico tradicional não é benéfico ao meio ambiente, pois seus processos são lineares, ou seja, há a extração da matéria prima, sua transformação em algum tipo de bem e, posteriormente, seu descarte, gerando um acúmulo de resíduos. 

Já a Bioeconomia não finaliza seus processos na fase de descarte, pois aquilo que viraria lixo será reutilizado (economia circular). Além disso, existe uma preocupação muito maior no momento da extração dos recursos, pois são priorizados aqueles que são renováveis. 

A Bioeconomia também tem como objetivo implementar a sustentabilidade em todas suas operações, optando por sistemas de produção de energia limpa, evitando a emissão de carbono na atmosfera. 

Este novo modelo econômico está presente na produção de alimentos, remédios, cosméticos, roupas, vacinas, biocombustíveis, bioplásticos, bioinseticidas… Além disso, a Bioeconomia tem potencial para criar milhares de empregos, principalmente para as pessoas que vivem na zona rural. 

Exemplos da Bioeconomia na Floresta Amazônica

A Saboaria Rondônia é um excelente exemplo da Bioeconomia sendo posta em prática na Amazônia. Idealizada e gerenciada por mulheres rurais da Estância Turística Ouro Preto do Oeste, a Saboaria Rondônia é uma indústria de cosméticos sustentáveis que usa insumos amazônicos como o coco babaçu, o óleo de buriti, a andiroba, o café robusta…

Serúm Facial com Óleos Naturais de Babaçu e Buriti

Além de criar produtos naturais, saudáveis e livres de crueldade animal, a Saboaria Rondônia recupera áreas degradadas, transformando-as em regiões produtivas. Este trabalho colabora diretamente para a preservação ambiental, bem como para a geração de renda e emprego para as comunidades da região. 

Outro exemplo de empresa que integrou os princípios da Bioeconomia em todos os seus processos é a Warabu, parceira da Flor de Jambu. Criada em 2018 pelo Chef Jorge Carlos Neves, a Warabu produz deliciosos chocolates orgânicos que utilizam grãos de cacau produzidos por agricultores familiares do município de Altamira (Pará). 

chocolate com castanha do pará
Chocolate da Amazônia com Castanhas do Brasil e Açaí

Também prezando por uma cadeia produtiva sustentável, os chocolates da Warabu valorizam a incrível biodiversidade das nossas florestas. Além de sua principal matéria-prima ser o cacau da Amazônia, que é considerado um dos melhores do mundo, outros ingredientes amazônicos, como o puxuri, a castanha do Brasil e o guaraná, são utilizados para aromatizar e agregar ainda mais sabor para as barras. 

Ao adquirir e consumir produtos frutos da Bioeconomia você também estará colaborando para o crescimento deste setor e, consequentemente, para a preservação da Floresta Amazônica. Clique no botão abaixo!

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Andiroba: um dos maiores tesouros da Amazônia

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Quem já passeou pelo Mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará, certamente já se deparou com várias lojas vendendo o famoso óleo de andiroba. Muito popular na região norte do Brasil, a andiroba é um insumo amazônico com diversos atributos fitoterápicos. 

Os povos indígenas, muito antes da chegada dos europeus, já conheciam os benefícios desta árvore e faziam uso da andiroba como remédio natural para tratar diversos tipos de males. 

Mas, ignorando toda a sabedoria ancestral dos povos originários, os colonizadores começaram a explorar indiscriminadamente sua madeira para a construção civil e naval, deixando de lado suas incríveis propriedades medicinais, e praticamente levando esta espécie à extinção.

Felizmente, este cenário foi se transformando ao longo dos anos e o óleo de andiroba passou a ser alvo de pesquisas, inclusive do mercado internacional. A comprovação de seus variados benefícios fez com que a andiroba se tornasse um produto de grande interesse pela indústria, principalmente farmacêutica e de cosméticos.  

Quer saber mais curiosidades sobre esta árvore amazônica e quais seus principais benefícios para a saúde? Então, continue a leitura! 

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Sementes de Andiroba
Fotos: Diogo Hungria

De origem tupi, andiroba significa “óleo amargo” 

Podendo chegar até 30 metros de altura, a andirobeira é uma espécie de árvore comum em regiões de várzea (secas ou inundadas). Seu fruto, que costuma conter de 4 a 16 sementes, na maioria das vezes se desprende naturalmente e é coletado por extrativistas. 

Do bagaço que contém dentro das sementes é que se extrai o óleo de andiroba. Mas, o processo de retirada do óleo é custoso e pode levar vários dias. Isso porque, as sementes são fervidas e depois precisam descansar para amolecer a massa (bagaço). 

Todo esse trabalho, em muitas comunidades amazônicas, é feito tradicionalmente pelas mulheres. Inclusive, existem várias superstições que envolvem o processo de retirada do óleo de andiroba. 

Uma delas é de que mulheres grávidas ou menstruadas não podem manusear o bagaço e muito menos olhar para os cestos em que as sementes estão descansando. Caso contrário, a massa seca e o óleo não sai. Interessante, não é mesmo? 

Após a retirada do óleo, o bagaço é utilizado na produção de sabão para banho e também na confecção de velas, que são muito eficazes para afastar mosquitos. Isso porque, a árvore da andiroba possui uma substância que funciona como repelente natural e é muito útil para repelir insetos e também parasitas como piolho, carrapato…

Pasta Esfoliante Natural enriquecido Açaí, Buriti, Cacau e Andiroba

Andiroba: benefícios

Como falamos, o óleo de andiroba é muito utilizado pela medicina popular para diversas funções. Tal fama entre os povos indígenas e outras comunidades amazônicas despertou o interesse de vários pesquisadores que descobriram que a andiroba realmente tem várias propriedades terapêuticas. 

Um dos usos mais comuns é no tratamento de dores musculares causadas por artrite, artrose, reumatismo, ou por conta de alguma lesão ou pancada. Isso porque, a andiroba tem compostos com ação anti-inflamatória e analgésica. 

Por conta de tais propriedades, o óleo de andiroba também é bastante utilizado popularmente para tratar sinusite e dores de garganta. Mas, já há alguns estudos que não indicam o consumo de seu óleo via oral, sendo mais recomendado fazer um chá de suas folhas. 

Outro uso da andiroba é na produção de cosméticos para o cabelo, pois além de ajudar a hidratar os fios, ela auxilia na redução do frizz e retoma o brilho.

Além disso, o uso tópico do óleo é muito comum para tratar problemas de pele como psoríase, eczema e outros tipos de dermatites que causam vermelhidão ou irritação. Por ser emoliente, o óleo também ajuda na hidratação deixando sua pele muito mais suave e macia. 

Você sabia que a Pasta Esfoliante Natural de Café Robusta da Saboaria Rondônia, que é um produto vegano, possui em sua composição a andiroba? Além de remover a camada de células mortas da pele de forma bem delicada, este esfoliante ajuda na revitalização cutânea e na uniformização do tom. 

Quer conhecer mais sobre este produto e outros cosméticos feitos com ativos amazônicos? Então, clique no botão abaixo! 

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Qual a importância do Ecoturismo na Amazônia?

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O Ecoturismo na Amazônia é sem dúvidas uma atividade com grande potencial econômico. Afinal, estamos falando da maior floresta tropical do planeta, que é o berço da maior biodiversidade do mundo. 

Mas, para que tal atividade aconteça de forma efetiva é preciso manter a floresta em pé e bem preservada, pois são as paisagens exuberantes e os recursos naturais que sustentam o turismo ecológico. 

Infelizmente, a Floresta Amazônica vem sofrendo com essa visão de crescimento econômico baseado na exploração e acúmulo de capital provido pela natureza. Um tipo de crescimento claramente limitado, visto que os recursos são finitos. 

Pensar em alternativas de desenvolvimento sustentável para a floresta nunca se fez tão necessário. E é dentro deste novo paradigma que o ecoturismo entra como opção de atividade socioeconômica benéfica não só para o meio ambiente, mas também para as comunidades tradicionais da Amazônia. 

Nesse artigo vamos falar sobre o conceito de ecoturismo, quais seus principais objetivos e, sobretudo, que tipo de postura os turistas devem adotar ao praticar esse tipo de programa. Vamos lá? 

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Fonte: Canva Pro

O que é ecoturismo e quais seus objetivos?

O termo ecoturismo já nos traz uma ideia de que não estamos falando de qualquer tipo de turismo. Ao adicionar o prefixo “eco”, que vem da palavra ecologia, já podemos imaginar que as atividades envolvidas estarão diretamente ligadas com a natureza e seus ecossistemas. 

Nos últimos anos, vemos uma crescente necessidade de fuga das selvas de pedras (cidades grandes) que grande parte da população vive. Muitas pessoas estão buscando, em seu período de descanso, uma maior conexão com a natureza como forma de recarregar suas energias. 

Esse momento de relaxamento e lazer também pode ser tornar uma oportunidade de grande aprendizado e conscientização ambiental. Essa é uma das principais finalidades do Ecoturismo!

Admirar paisagens intocadas, aprender sobre os animais e as plantas, conhecer os costumes e crenças das comunidades locais, experimentar novos alimentos, tudo isso pode ser uma experiência transformadora capaz de mudar sua perspectiva em relação à importância do meio ambiente, e o papel da sociedade em ajudar a preservá-lo. 

Além disso, o turismo ecológico possui outros dois importantes objetivos: 

  • o desenvolvimento socioeconômico da região, trazendo mais oportunidades de emprego e contribuindo para o crescimento de setores como a hotelaria, gastronomia, artesanato…
  • a preservação das florestas e seus ecossistemas, tanto por parte das comunidades envolvidas que dependem disso para sua subsistência, como por parte dos próprios turistas que desejam continuar usufruindo das belezas e recursos da natureza. 
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Fonte: Canva Pro

Dicas para fazer Ecoturismo na Amazônia

Quem viaja para a Amazônia sabe que encontrará lugares exuberantes com uma beleza única e quase indescritível. Poder presenciar o encontro das águas, conhecer majestosas árvores como a Samaúma, observar os botos e jacarés, navegar de canoa pelos rios e igarapés, tomar banho de água doce em praias de areia branca, todos estes passeios são excelentes oportunidades de valorizarmos as riquezas das nossas florestas. 

Contudo, nem todo serviço e atividade turística que são oferecidos na região amazônica são realmente ecológicos, sustentáveis e tem como pilar o respeito à natureza e a sua conservação. Por isso, é importante ler e pesquisar antes de escolher uma agência de passeios, reservar um hotel e até mesmo contratar um guia. 

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Samaúma
Fonte: Canva Pro

Confira abaixo algumas dicas e sugestões caso você deseje fazer Ecoturismo na Amazônia: 

  • Experimente realizar um ecoturismo de base comunitária, pois além de garantir que você estará realizando atividades ambientalmente conscientes, você terá a incrível experiência de conhecer mais a fundo sobre a rotina e costumes de comunidades tradicionais; 
  • Busque por passeios que minimizem os impactos ambientais delimitando o número de pessoas e garantindo que nenhuma espécie de animal será explorada só para o entretenimento;
  • Não retire recursos da natureza para levar como recordação. Ao invés disso, adquira artesanatos feitos por artistas locais, pois você estará contribuindo para a valorização do seu trabalho; 
  • Respeite o meio ambiente! Jamais jogue lixo na natureza, evite subir em árvores e busque utilizar cremes, loções ou filtros que não tenham substância tóxicas caso você vá mergulhar nos rios. 

Quer fazer Ecoturismo na Amazônia, mas ainda está em dúvida sobre os lugares que irá visitar? Então confira nossos artigos com excelentes dicas de viagens para a Ilha do Marajó, Santarém, Ilha do Combu e Alter do Chão