O Ecofeminismo é mais uma ramificação do movimento feminista. Assim como as outras vertentes, ele tem como princípio a luta pela igualdade entre os gêneros.
Mas, aliada a esta luta, o ecofeminismo também debate questões ambientais, que estão intrinsecamente relacionadas com a luta pelos direitos das mulheres na sociedade.
E você deve estar se perguntando: qual a relação que existe entre o movimento feminisma e o movimento ecológico? Calma, que nós vamos te explicar!
A natureza, assim como a mulher, ainda sofre com o sistema patriarcal que desde sempre exerce uma relação de dominância.
Além disso, o grupo social que mais sofre devido às mudanças climáticas que tem ocorrido nos últimos anos são mulheres de classes sociais menos desfavorecidas. (De acordo com dados da ONU)
Por isso, a ideia deste movimento é aliar estas duas lutas e construir uma sociedade onde nenhum grupo precise subjugar o outro para se desenvolver.
Afinal, uma relação de subordinação e exploração sempre irá resultar no prejuízo de uma das partes.
Quer entender melhor como surgiu este movimento e quais suas principais ideias? Então, vêm com a gente!
Quais sua origens?
As manifestações ecofeministas tiveram início por volta de 1970 após uma escritora francesa utilizar pela primeira vez este termo em uma de suas obras.
Este movimento busca instituir a ideia de cooperação com a natureza. Afinal, a deterioração do meio ambiente em “prol” a evolução do homem não é nada sustentável.
O resultado disso nós já estamos vivenciado. Contudo, quem colhe os maus frutos não são os principais responsáveis por essas mudanças.
Por esse motivo, o ecofeminismo acredita que a união de ambos os movimentos potencializam suas forças.
Uma sociedade que preza pela sustentabilidade não só beneficia o meio ambiente, do qual dependemos para viver, mas também as mulheres, que são as que mais sofrem com esta problemática.
Maria Mies, Vanessa Legrumber e Daniela Rosendo são exemplos de ecofeministas que mostram como as mulheres podem e devem buscar seu espaço de fala.
Ser uma ativista ambiental e lutar pela igualdade de gênero são ações que só fomentam o empoderamento feminino.
O que o Ecofeminismo defende?
A concepção do antropocentrismo, onde o homem é centro do universo, precisa ser substituída por uma concepção onde todos os seres (homens, mulheres, animais, plantas…) são vistos como sumamente iguais e importantes.
A visão de superioridade do homem em meio ao sistema econômico, cultural, político e social, resulta em um desequilíbrio em várias esferas.
Segundo a filósofa ecofeminista Vandana Shiva, que possui PhD em Teoria Quântica, a ideia de que o mundo é apenas fragmentos de matéria bruta é completamente obsoleta.
Afinal, o universo é composto por diferentes formas de vida que possuem diferentes níveis de energia. Tudo que existe está em constante transformação. E tudo que existe está, de alguma forma, interconectado.
Por isso, é preciso refletir sobre a forma como nos relacionamos com a natureza, pois as influências que exercemos sobre ela afeta diretamente a nós mesmos.
Além disso, o ecofeminismo propõe mudanças no sistema econômico vigente: o capitalismo.
A visão de acúmulo de riquezas de forma indiscriminada pelo homem resultou não só na contaminação do meio ambiente, mas na produção de alimentos cheios de veneno.
Por esses motivos, este movimento propõe alternativas de produções sustentáveis que valorizem a agricultura familiar, utilizem energias renováveis e conservem o ecossistema da região.
As Ecovilas são modelos de comunidades que já colocam estes princípios em prática! Buscando causar o mínimo de impacto ecológico possível, os habitantes prezam pelo cooperativismo entre as pessoas e a natureza.
Gostou de conhecer um pouquinho mais sobre este conceito?
Conta pra gente nos comentários o que você acha desta ideia!