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Dicas práticas de como se tornar um consumidor consciente

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O que é um consumidor consciente? Vamos começar por aí! Afinal, não dá para tentar ser algo sem compreender os conceitos e fundamentos por trás da palavra. 

Basicamente, o consumidor consciente é aquele que pensa em todos os impactos que ele pode causar, positivos e negativos, ao realizar determinada compra. 

Afinal, nossas escolhas e ações, mesmo que pareçam pequenas, geram efeitos em várias esferas. Por isso, o consumidor consciente leva em consideração pontos relevantes que colaboram com a construção de um mundo mais sustentável. 

Quer entender melhor sobre este conceito e descobrir quais os benefícios desta prática? 

Então, vem com a gente! 

Qual a relevância do consumo consciente? 

Quando paramos para refletir sobre questões como as mudanças climáticas, impactos ambientais, a quantidade de lixo que produzimos, testes em animais, trabalho escravo em pleno século 21, percebemos que ser um consumidor consciente está se tornando uma necessidade e não uma opção. 

Como falamos, nosso consumo afeta esferas sociais, econômicas, ambientais…Ou seja, não dá pra fugir das responsabilidades sobre os nossos próprios atos. Por isso, é tão importante repensarmos a forma como consumimos. 

É sempre bom começar pela seguinte reflexão: “eu realmente preciso disto?”. Se você ainda não faz essa pergunta toda vez que vai comprar algo, então está na hora de adquirir este hábito. 

Afinal, o sistema econômico capitalista no qual estamos inseridos criou uma manada de consumistas que geram impactos não só para as pessoas, mas também para plantas, florestas, rios, mares, animais…

Por esse motivo, o consumidor consciente é aquela pessoa que: 

  • busca entender melhor suas necessidades;
  • conhece sobre a procedência dos produtos que adquire;
  • apoia empresas que possuem responsabilidade social e ambiental;
  • não colabora com instituições que praticam qualquer tipo de exploração; 

Além disso, a forma como consumimos e descartamos os produtos depois que os adquirimos também é algo a se pensar!

Fazer total uso dos alimentos, reaproveitando as cascas por exemplo, é uma atitude consciente que reduz significativamente a quantidade de lixo que você produz. Sem falar que aquilo que não pode ser reutilizado precisa ser descartado de forma adequada. 

Não é tão difícil quanto parece! Confira agora mais algumas práticas simples que você pode começar a adotar no seu dia a dia que farão toda a diferença! 

Práticas do consumidor consciente

A prática mais simples que todo indivíduo deve aprender é saber distinguir seus desejos das suas reais necessidades. 

Ter esta consciência irá afetar não só o seu bolso, pois você irá evitar a compra de muitas coisas supérfluas, mas também o meio ambiente! 

Além disso, estudar as marcas que você mais consome e entender seus processos de produção é outro fator importante. Afinal, ao adquirir o produto de determinada empresa você estará, mesmo que indiretamente, colaborando para todo o seu sistema interno. 

Por isso, é importante entender qual a procedência dos produtos e se ele é fruto de relações trabalhistas justas. 

Outra atitude super relevante do consumidor consciente é apoiar e divulgar as empresas que realmente se comprometem com as causas socioambientais! 

Afinal, isso fomenta que outras pessoas também passem a dar valor nestas questões! Sem falar que isso influencia que outras empresas também repensem seus processos e passem a ter atitudes mais sustentáveis! 

Mas, cuidado com o greenwashing! Tem muita instituição que se diz sustentável, mas não é! Por isso, é sempre importante investigar! 

Por último e não menos importante, é necessário pensar em pequenos detalhes dentro da sua própria casa, como o desperdício de alimentos, o uso excessivo de produtos que usam embalagens plásticas, banhos muito longos, o gasto alto de energia… 

Ser um consumidor consciente é construir pequenos hábitos diários em respeito a si, às outras pessoas, à natureza, aos animais… 

Afinal, antes de mudar o mundo precisamos aprender a arrumar nossa própria cama!

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Afinal, o que é Greenwashing? Saiba como identificar!

o que é greenwashing

Você sabe o que significa quando se diz que uma empresa ou instituição está fazendo greenwashing? Ou, “contando uma mentira verde”?

Nos últimos anos houve um aumento considerável no número de consumidores que estão levando em consideração questões ambientais no momento de adquirir um produto. 

Por isso, muitas empresas, com receio de perder esses clientes, ou tentando atrair esse grupo de consumidores, acabam praticando o greenwashing. Ou seja, levantam uma falsa “bandeira verde” alegando que apoiam e praticam a sustentabilidade. 

Entretanto, tudo não passa de uma fachada! Uma mentira que, quando descoberta, acaba acarretando em muitos prejuízos para aqueles que a praticam. 

Por isso, no artigo de hoje vamos falar um pouquinho mais desta prática que não é nada legal, e vamos te dar algumas dicas que podem te ajudar a identificar estes casos! 

Significado da palavra e quem o pratica!

Como citamos, o termo greenwashing se refere a propagandas enganosas que tentam atrair consumidores com o discurso em prol à conservação do meio ambiente. 

Mas, se engana aqueles que pensam que só empresas privadas utilizam desta prática. Há indústrias, instituições de diversos setores, partidos políticos, e até mesmo ONGs, que usam deste recurso para atrair seu público. 

As instituições que recorrem a essa prática parecem acreditar que o “ecologicamente correto” é só mais uma modinha passageira. 

Contudo, além de continuar prejudicando o meio ambiente, afinal, seu marketing só serve para ludibriar as pessoas, as empresas realmente comprometidas com esta luta também sofrem prejuízos. 

Portanto, abra o olho na hora de comprar qualquer coisa! Nem tudo o que está escrito nas embalagens, sites ou propagandas, são realmente verdades. E nós vamos te ensinar como descobrir! 

Além disso, como está chegando mais próximo das eleições, cuidado com as falsas promessas políticas, ou propagandas enganosas de ações que são benéficas para o meio ambiente. 

Como identificar o greenwashing?

Pega uma caneta e um caderninho para anotar estas dicas e começar a pôr em prática: 

  1. Não caia em propagandas muito vagas com frases como “amigo da natureza”, “totalmente ecológico”, “limpo e sustentável”… A maioria dessas alegações não são comprovadas!
  1. Procure na embalagem selos confiáveis como o PROCEL, BREEAM, IBD, ECOCERT, FSC, ISO 14001, LEED, entre outros. 
  1. Busque verificar se o selo na embalagem é realmente verídico. Além do fato de que algumas empresas usam o selo ilegalmente, há também aquelas que colocam símbolos muito parecidos para enganar o cliente. 
  1. Não se engane com propagandas que dizem que são livres de certas substâncias que fazem mal para o meio ambiente, mas já são proibidas por lei há anos!
  1. Observe a transparência da empresa em mostrar seus processos internos de produção e comprovação das práticas sustentáveis alegadas, como a gestão de resíduos.
  1. Não caia em marketings de empresas que promovem a redução do tamanho de suas embalagens como atitude ecológica, mas que permanecem usando materiais que levam séculos para se decompor. 
  1. Observe se determinada ação, como a substituição de certo material por algum reciclável, só não está sendo utilizada para disfarçar outras práticas que continuam sendo prejudiciais para o meio ambiente. (Prática comum entre empresas automobilísticas)

Verificar o que é greenwashing, e o que é real, nos transforma em consumidores mais conscientes! Por isso, ao constatar que determinada empresa ou instituição esteja utilizando desse artifício, faça uma reclamação! 

No site do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor você poderá encontrar algumas informações sobre como realizar este tipo de  denúncia! 

Curte assuntos relacionados com esta temática? 

Então confira nossos artigos “Como o consumo consciente pode construir uma cozinha sustentável?” e “Como funciona a Gastronomia Sustentável?

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Aniversário de São Paulo: restaurantes com comida amazônica na cidade!

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A cidade mais populosa do Brasil está completando 468 anos neste mês de Janeiro. Mas, a programação para comemorar o aniversário de São Paulo precisou passar por algumas alterações. 

Como alguns feriados de 2022 foram antecipados pelo prefeito de São Paulo na tentativa de colaborar com o distanciamento social no ano passado, o dia 25 de Janeiro deste ano será dia útil (sendo ponto facultativo para empresas e lojistas). 

O tradicional evento Troféu Cidade de São Paulo, que abre as portas para as comemorações e festividades desta data, ocorreu dia 23 de Janeiro este ano, já que dia 25 será dia laboral para muitas pessoas. 

Neste artigo, em homenagem a São Paulo, vamos contar um pouquinho de sua história e dar algumas dicas de onde você pode encontrar restaurantes com comida amazônica na cidade para conhecer e comemorar este aniversário tão especial. 

Vem conferir!

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Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Fonte: Canva Pro

Breve história da cidade de São Paulo

Em 1554 ergueu-se um colégio jesuíta com o objetivo de catequizar os indígenas da região do Planalto de Piratininga. 

Sob a liderança de alguns padres, como Manuel de Nóbrega e José de Anchieta, a inauguração deste colégio, que ocorreu dia 25 de Janeiro, serviu de marco para a fundação da cidade de São Paulo. 

Seu nome é em homenagem ao apóstolo Paulo de Tarso, que se converteu ao cristianismo na mesma data. 

Considerada uma das cidades mais globalizadas do planeta, São Paulo exala uma riqueza cultural sem igual. Afinal, ela foi o destino de muitos imigrantes do mundo inteiro que buscavam por melhores condições de vida e trabalho. 

Essa grande miscigenação resultou em uma capital que se tornou um centro cultural, político e econômico, muito importante para o nosso país. 

Além disso, São Paulo atrai muitos turistas todo o ano por sua imensa variedade de passeios, parques, restaurantes, museus, exposições…

Pensando em vocês, nossos queridos clientes e seguidores que possuem interesse em gastronomia, separamos algumas sugestões de restaurantes em SP que oferecem pratos com ingredientes tipicamente amazônicos. Confira agora!

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São Paulo
Fonte: Canva Pro

Restaurantes com comida amazônica em São Paulo

Para começar com o pé direito, vamos falar de um restaurante que já faz sucesso em Manaus e, agora, possui uma filial em São Paulo, o Banzeiro

O Chef Felipe Shaedler, especialista nesta culinária, resolveu levar para São Paulo as delícias do Norte e montou um menu especial com opções como: 

  • Camarão e pirão (camarão na brasa, pirão de tucupi, cogumelo, ora-pro-nobis e pimenta baniwa);
  • Lombo de tambaqui na brasa (com pirão de tucupi, creme e chips de cogumelos);
  • Costelinha de tambaqui agridoce;
  • Arroz caboclo (arroz com tucupi, pirarucu curado e camarão assado na brasa). 

Outra opção, se bater aquela vontade de comer uma comida típica paraense, é o restaurante Marahu. Além das entradas deliciosas como a unha de caranguejo, o menu também possui opções de pratos principais como:

  • Tacacá;
  • Arroz Paraense (arroz temperado com tucupi e jambu, recheado com camarões);
  • Vataçoba (uma mistura do vatapá com a maniçoba);
  • Arroz de Pato;

Também não podemos deixar de falar de outro parceiro muito especial, além do Marahu, que é o restaurante Casa Tucupi. Seu delicioso cardápio conta com pratos como: 

  • Baixaria (prato típico acreano que leva cuscuz, carne moída, salada de tomate e ovo frito);
  • Arroz com três cogumelos (arroz cozido no tucupi com cogumelos Paris, Shimeji e Shitake);
  • Costelinha de Tambaqui com baião de dois e farofa;
  • Moqueca de banana com Palmito Pupunha;

O Amazônia Soul também é outro local em SP que oferece comida típica do Pará. Desde 2018 este restaurante prepara receitas autênticas da região norte, como: 

  • Vatapá Paraense;
  • Maniçoba (feijoada amazônica);
  • Tacacá;
  • Porco com Arroz de Jambu;

E aí? Gostou de todas estas dicas de restaurantes para conhecer no dia do aniversário de São Paulo?

Aproveite que só esta semana (do dia 24/01/2022 ao dia 30/01/2022) o Frete para a região de São Paulo é GRÁTIS! Isso mesmo!! 

FRETE GRÁTIS para a região de São Paulo!! Não perca esta oportunidade!!

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Artesanato Marajoara: um símbolo da identidade nacional

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Você já se perguntou por que admiramos tanto artefatos e utensílios antigos? Intitulamos, muitas vezes, como verdadeiras obras de arte alguns objetos, como vasos, que possuem funcionalidades muito simples se analisarmos. 

Contudo, acredito que o que nos encanta em algumas peças antigas é o fato de serem feitas em uma época com pouquíssima tecnologia e, mesmo assim, serem incrivelmente engenhosas, e com uma riqueza indescritível de detalhes. 

Essas obras vão desde projetos arquitetônicos gigantescos, como as pirâmides do Egito, até objetos com diferentes utilidades, como o artesanato marajoara. 

Dentre tantos grupos indígenas, e tantos artefatos confeccionados por estes povos, o artesanato marajoara ganhou destaque desde o momento em que foi descoberto. 

Por sua particular delicadeza e tipo de grafismo, estas obras influenciam até hoje a cultura e o comércio do estado do Pará. 

Neste artigo vamos te contar um pouquinho sobre as origens do artesanato marajoara, e porque suas características ainda seguem tão fortes no dia de hoje servindo como inspiração para tantas pessoas que ainda reproduzem esta arte. Vêm com a gente!

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Cerâmica Marajoara
Fonte: Canva Pro

As origens deste Artesanato

Na ilha do Marajó, localizada no Pará, viveram os povos indígenas marajoaras entre 400 e 1300 anos d.C. Não se sabe ao certo como se deu o desaparecimento desta população. 

Contudo, descoberto tardiamente no séc XIX, o artesanato marajoara chamou atenção não só de artistas da época, como também de cientistas e historiadores que ficaram maravilhados com a abundância de detalhes. 

A riqueza e peculiaridade do artesanato Marajoara foi comparado, inclusive, com os artefatos confeccionados por grandes civilizações como os japoneses, egípcios e persas. 

Por serem caracterizadas como peças extremamente requintadas, alguns cientistas do primeiro Museu de História Natural do Brasil consideraram a arte marajoara como digna para se tornar símbolo da identidade nacional. 

Isso porque, no século XIX, o Brasil passou por um período de tentativa de construção de identidade que precisava aliar, segundo o Estado da época, a imagem da modernidade europeia que está sendo instaurada, junto com a imagem do indígena. 

Mas, o desafio foi grande, pois construir uma identidade de Brasil Indígena com um histórico de chacina em cima desses povos não era algo que fizesse muito sentido.

Por isso, segundo Linhares (2020), o símbolo do indígena estava sendo “convocado” para se tornar identidade da nossa nação, mas “não era qualquer grupo indígena”. Afinal, 

“se os indígenas sempre foram vistos como incivilizados, como usar o simbolismo desses povos sem parecer atrasado”  (Linhares, Anna Maria. 2020)

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Fonte: Canva Pro

O Artesanato Marajoara no dias de hoje

Como vimos, o Artesanato Marajoara foi considerado como “superior” e, por isso, se tornou símbolo da nossa identidade nacional. 

Esse fato justifica a forte influência que esta arte possui até nos dias de hoje. Afinal, é possível observar nas ruas e estabelecimentos comerciais de Belém, objetos e imagens que têm como inspiração os grafismos e outras características deste estilo. 

Além disso, no distrito de Icoaraci, que fica próximo de Belém, há a Feira do Paracuri. Lá se concentra vários ceramistas que produzem peças inspiradas na arte marajoara. 

A habilidade de manusear a cerâmica, e a personalidade marcante construída  pelos povos indígenas da Ilha do Marajó, é um legado importante que está sendo passado de geração a geração. 

Gostou de saber um pouquinho mais sobre a história das origens deste artesanato?? 

Então fique ligado no nosso Blog, pois há artigos novos toda semana!!

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Descubra sobre a origem do chocolate!

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Tem algum chocólatra aí? Por acaso você já conhece a história por trás da origem do chocolate? 

Vamos viajar para 1.500 anos a.C. Mais especificamente na região da Mesoamérica, onde hoje localiza-se o México. Ali, viviam os povos Olmecas que já cultivavam uma planta conhecida mais tarde pelos maias como Cacahuaquchtl.

Apesar de não haver registros escritos de como esta civilização usava esta planta para produzir seu chocolate, acredita-se que eles a transformavam em um tipo de bebida que era tomada em rituais e cerimônias religiosas. 

Para conhecer mais sobre a origem do chocolate, continue lendo o texto e entenda porque este alimento sempre foi adorado desde a antiguidade.

Boa Leitura!

Qual a verdadeira origem do chocolate?

Povos Olmecas e Maias

Como citamos, a primeira civilização que cultivava e consumia a planta de cacau foram os Olmecas. Contudo, os povos Astecas e Maias possuem registros mais detalhados de como eles usavam as sementes torradas do cacau para produzir a “bebida dos deuses”.

Os Maias, por exemplo, pegavam as sementes moídas e misturavam com água, mel, pimentas e milho. Desta mistura, eles produziam um líquido espumoso e amargo que era comum em celebrações importantes. 

Esta civilização teve um grande crescimento comercial devido às suas plantações de cacau em regiões no sul do México, onde hoje é a Guatemala. Por isso, era comum encontrar o chocolate na refeição de muitas famílias nesta época. 

Povos Astecas

Os Astecas acreditavam que o chocolate era um presente do deus Quetzalcoatl (que significa serpente com plumas). Por isso, além de ser um privilégio para os nobres, governantes e soldados, as sementes do cacau se tornaram uma importantíssima moeda de troca, mais valiosa até que o ouro.

O governante asteca Montezuma II era um grande apreciador deste alimento e sempre bebia seu chocolate em taças feitas de ouro. Foi ele que apresentou esta adorada bebida ao explorador espanhol Hernán Cortés, que mais tarde lhe traiu para poder colonizar o México. 

A origem do chocolate na Espanha

Hernán Cortés, ao chegar no México em torno de 1519, foi recebido de forma cordial por Montezuma II, que lhe preparou um banquete com muito “tchocolath” (nome da bebida feita com as sementes do cacau).

Ao perceber que este alimento tinha um enorme valor para estes povos, Hernán Cortés começou a cultivar o cacau para o rei da Espanha, Carlos V. Desta forma, ele poderia se beneficiar ao trocar suas sementes pelo ouro dos astecas. 

Neste período, a Espanha se encantou pela novidade trazida das Américas, e os espanhóis resolveram incrementar o açúcar nas receitas do chocolate para torná-lo menos amargo. 

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Bebida de Chocolate
Imagem Canva Pro

O chocolate se espalha pela Europa

Por muito tempo, a Espanha manteve em segredo esta iguaria que era muito apreciada pela realeza e pelos nobres que eram membros da corte.

Entretanto, um comerciante italiano chamado Antonio Carletti descobriu a receita do chocolate e começou a difundir na Itália. 

Mais tarde, o chocolate também chegou à França graças à união entre o rei francês Luís XIII e a pequena rainha da Espanha, Ana D’Áustria, que tinha somente 14 anos e era uma grande adoradora deste doce. 

Apenas no fim do século XVII que o chocolate começou a se espalhar pelo resto da Europa e ganhou casas muito frequentadas, principalmente na Inglaterra. 

Contudo, foi somente após a Revolução Industrial que a produção de chocolate se intensificou, e seu preço se tornou mais acessível para a população, deixando de ser um privilégio só da nobreza. 

Nos dias atuais temos uma variedade incontável de chocolates que são misturados com todos os tipos de ingredientes. Mas, você já ouviu falar do chocolate amazônico?

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Chocolate Amazônico

Na região do Rio Tocantins, agricultores familiares cultivam e produzem esta delícia. Alias, é importante frisar que o cacau desta região é considerado um dos melhores do mundo, e o chocolate amazônico não contém corantes, conservantes ou estabilizantes.  

Se você deseja conhecer melhor sobre este chocolate que é fruto de uma produção sustentável, então clique no botão abaixo e compre agora mesmo o seu!

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Você conhece a verdadeira história da geleia?

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A história da Geleia está atrelada com a história dos métodos utilizados pelas civilizações milenares para a preservação dos alimentos. 

Sabe-se que os povos antigos costumavam usar meios como a secagem, o sal e a defumação para não perder as sombras de suas caças. Além disso, o homem também descobriu que o mel era uma forma de conservar as frutas que, além de serem sazonais, duravam pouquíssimos dias.  

Neste artigo, vamos viajar um pouco pela história da geleia, que foi por muitos anos um alimento caro e privilégio das realezas. 

Vem com a gente!

Registros mais antigos da História da Geleia

Embora não haja registros exatos da primeira civilização que inventou a geleia, acredita-se que os os povos antigos do oriente médio foram os primeiros a produzi-la.

Contudo, uma das escrituras mais remotas da receita deste doce tão delicioso só foi encontrada no livro “De Re Coquinaria”, que significa “A arte da cozinha”, do gastrônomo Marco Gavio Apício, que viveu na Roma Antiga 25 anos a.C.

Em suas receitas, as frutas eram cozidas junto com o mel e especiais originárias da índia. Além disso, também há registros que na Grécia Antiga era utilizado o mesmo método para conservar os alimentos e fabricar esta iguaria que era muita servida durante as refeições. 

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Geleia com açaí

Depois da descoberta do açúcar, as pessoas começaram a substituir o uso do mel nas produções. No período das cruzadas, os soldados trouxeram este novo ingrediente do Oriente Médio para o Ocidente. 

Com isso, a produção se intensificou e as geleias ganharam mais popularidade. Entretanto, o açúcar era um alimento muito caro e, por isso, as compotas e geleias eram privilégios dos nobres, e da realeza. 

Algumas figuras importantes da nossa história eram grandes apreciadores da geleia, como: Joana D’arc, Maria Stuart (rainha da Escócia durante o século XVI) e Luís XIV (rei da França durante o século XVII).

Reza a lenda que Joana D’arc tinha o costume de comer geleias antes de suas batalhas. Já Maria Stuart comia este doce para tentar aliviar seus enjoos. Esse fato era algo muito usual, pois as civilizações antigas tinham o costume de usar as geleias para fins medicinais. 

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Geleia de Tucupi

Curiosidades sobre as Geleias

Compota, marmelada, chutney, conserva… são muitas as denominações que se referem a este doce que consiste no cozimento da fruta com o açúcar. Há certas diferenças no momento da produção de cada um deles, mas sua base é muito semelhante. 

Um dos pontos mais importantes que se deve levar em consideração no momento da fabricação é a quantidade de pectina, que varia de cada fruta. Afinal, quanto mais pectina, melhor é a textura desta iguaria. 

Frutas como a maçã, a laranja, o cupuaçu e a jabuticaba possuem bastante pectina em sua composição. Já o morango, por exemplo, é uma fruta pobre desta substância e, por isso, precisa de uma quantidade adicional. Caso o nível de pectina seja muito baixo no momento da produção, sua geleia pode acabar virando um xarope.

Lembrando que dependendo do nível de maturação da fruta, o nível de pectina pode variar, pois esta substância vai se decompondo com o tempo. 

Atualmente, a produção das geleias não explora somente as frutas, mas também outros alimentos como pimentas, plantas e sementes. 

Kit de Geleia Manioca
Kit presente com seis geleias

Em nosso site você encontrará uma infinidade de geleias produzidas de ingredientes amazônicos com sabores únicos, como: o cupuaçu, a vitória régia, o açaí, o bacuri, o jambu, o uxi, o muruci, entre outros. 

Se você ficou curioso sobre esses sabores mais exóticos, clique no botão abaixo e conheça todas as nossas geleias!

Acesse também nossa seção de Receitas da Amazônia e confira uma receita divina de brownie de chocolate com geléia de cupuaçu! Não perca!!

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Jambu conquista espaço e valoriza a gastronomia brasileira

Chamado também de agrião do Pará, o jambu é encontrado principalmente no Pará, onde é cultivado juntamente com outras hortaliças e pode ser encontrado em feiras e supermercados

Tacacá, famosa iguaria típica paraense com tucupi, camarão, goma e jambu

Conhecido principalmente por compor pratos típicos paraenses como o “pato no tucupi” e “tacacá”, o jambu conquista novos espaços e valoriza ainda mais a gastronomia brasileira com aquele toque especial, que é a sensação de dormência nos lábios. Sem dúvida, o jambu desperta a curiosidade de quem o degusta pela primeira vez.

Cachaças e geleias são alguns produtos que usam o jambu como ingrediente especial. Até a flor do jambu, – onde se concentra a maior parte da substância espilantol, responsável pela sensação de dormência na boca – passou a ser mais valorizada. Agora, já pode ser encontrada até em conserva e utilizada de diversas maneiras na preparação de pratos, de doces e de salgados.

Jambu in natura pode ser encontrado em feiras e supermercados

Por causa desse princípio ativo, o jambu também é usado pela população local como erva medicinal, no tratamento de males da boca e garganta, além de tuberculose e litíase pulmonar.

Por isso já despertou o interesse de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que consideram o espilantol uma substância promissora na produção de anestésicos naturais.

Diurético e afrodisíaco são outros atributos do jambu. Se quiser conhecer mais benefícios dessa planta para a saúde, há vários textos sobre o assunto na internet. O site “Quero Viver Bem” aponta nove benefícios enquanto o “Mundo Boa Forma” lista 13 deles.

Jambu é uma cultura invisível

Anderson Noronha vende jambu o ano todo na feira do Ver-o-Peso

Apesar de fazer parte de vários pratos típicos no Pará e já ter fama fora do estado, do ponto de vista econômico, de acordo com a publicação “Agropecuária no Estado do Pará (página 59) editada pela Embrapa, em 2017, “o jambu se enquadra na categoria de dezenas de “produtos invisíveis” na Amazônia”. Isso significa que não existem oficialmente, uma vez que não fazem parte da coleta de dados do IBGE ou de outra instituição.

Cultivado juntamente com as outras hortaliças, o jambu pode ser encontrado em feiras, como a do Ver-o-Peso, e em supermercados. Porém, infelizmente, ainda não há um olhar diferenciado para ele.

Segundo engenheiro-agrônomo, doutor em Economia Rural e pesquisador Alfredo Kingo Oyama Homma, da Embrapa Amazônia Oriental, um dos autores desse trabalho, o termo “produtos invisíveis” se refere a produtos que são importantes na estratégia de sobrevivência dos pequenos produtores, dos extrativistas, dos ribeirinhos, porém, têm produção reduzida, pulverizada e pequena participação na economia.

Necessidade de investimentos e ciência e tecnologia

Parece até estranho que o jambu seja um produto invisível, no entanto, Homma disse que esse privilégio não é só da Amazônia, acontece no Nordeste e também em São Paulo. “São produtos com pouca importância econômica e que, por isso, o IBGE, as Secretarias Estaduais ou Municipais não deslocam pessoal para coletar dados de área, produção e valor.

“Mesmo para o jambu a sua importância econômica é pequena se comparada com a pimenta do reino, cacau, castanha, etc. Se pudéssemos secar as folhas de jambu e depois reidratar abriria um vasto mercado para exportação para outras partes do país e do mundo”, explicou Homma, mas não é isso que acontece.

Para Homma, há necessidade de promover maiores investimentos em pesquisa com o jambu, para desenvolver novas variedades, descobrir maneiras de secar as folhas para depois reidratar e criar novos produtos. “Há uma série de atividades que precisariam ser realizadas, como mais investimento em ciência e tecnologia, equipamentos e pesquisadores, que seriam importantes para o fortalecimento dessa atividade no estado do Pará”, afirmou o pesquisador.

Criatividade e empreendedorismo

Jambu pré-cozido congelado

Enquanto esses grandes investimentos em pesquisa e tecnologia não chegam, os pequenos produtores de jambu, pelo menos, podem fornecer matéria-prima para os novos empreendedores que têm lançado no mercado produtos especiais como flor de jambu em conserva, jambu pré-cozido e a famosa cachaça de jambu, tudo feito com capricho e elevada qualidade comercial.

Então, essa realidade vem ao encontro da proposta da Loja Flor de Jambu, que tem como missão “tornar acessíveis nacionalmente os sabores típicos da Amazônia Brasileira, por meio da comercialização de ingredientes e produtos fornecidos por pequenos produtores e empreendedores da região”.

Se você ainda não experimentou essa hortaliça nativa da região Norte, também conhecida como agrião do Pará e ficou curioso para saber como é a sensação de dormência na boca, acesse o site da loja e experimente o jambu e outros ingredientes amazônicos. Que tal um pesto de jambu para começar? Clique aqui e veja a receita.

Texto: Roberta Vilanova

Fotos: Flor de Jambu

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Círio de Nazaré, a maior demonstração de fé do povo paraense

Saiba mais sobre essa grande festividade religiosa e como ter acesso a alguns dos ingredientes como jambu e tucupi, que conquistam romeiros e turistas

Foto: Tarso Sarraf

O Círio de Nazaré, ou melhor, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará, é, sem dúvida, a maior manifestação religiosa do mundo, com 12 procissões oficiais, que são realizadas ao longo de 18 dias de festividade. É tão abrangente que não se limita aos católicos, pois é impossível que ela passe despercebida pelas famílias paraenses, que se contagiam, pela fé, energia positiva, cores e sabores dessa grande festividade da Amazônia brasileira.

A procissão mais importante, o Círio de Nazaré, acontece no segundo domingo de outubro, com saída às 7h da Catedral Metropolitana de Belém rumo à Basílica de Nazaré, totalizando um percurso de três quilômetros e meio.

Foto: Tarso Sarraf

A berlinda que leva a imagem peregrina de N.S. de Nazaré é atrelada à corda de sisal de 400 metros de comprimento e 50 milímetros de diâmetro, um dos maiores símbolos de fé, que é puxada e disputada pelos romeiros durante todo o trajeto. Os romeiros, esses vêm de todas as partes do Pará, outros estados e até países, principalmente para agradecerem por graças alcançadas, porém, ir na corda é apenas uma das diversas maneiras de pagar uma promessa feita à Santa.

Por tudo isso, o Círio de Nazaré é uma manifestação que precisa ser sentida porque a descrição, por mais detalhada que seja, não consegue chegar perto do que ela realmente é e representa para o povo paraense. E é com esse objetivo que, anualmente, milhares de turistas desembarcam no Pará para ver de perto essa demonstração de fé de um povo por sua padroeira.

Natal dos paraenses – Além do significado religioso, Círio de Nazaré é sinônimo de confraternização, por isso também é chamado de Natal dos paraenses. E como no Natal tem o peru como símbolo maior da ceia, o Círio de Nazaré tem a maniçoba e o pato no tucupi como as principais iguarias da festividade.

A maniçoba é feita da maniva, a folha da mandioca brava, que precisa ser cozida, pelo menos por sete dias. Depois são acrescidos os temperos e os ingredientes semelhantes aos de uma feijoada. Apesar da aparência estranha, o sabor é irresistível.

Ingredientes amazônicos – O tucupi e as folhas de jambu são os principais ingredientes do pato no tucupi. O tucupi é um caldo extraído da mandioca brava e o jambu é aquela folha mágica que faz tremer os lábios, também utilizada no preparo do tacacá, e muitos outros pratos paraenses como peixes e porco no tucupi. Tudo muito gostoso, aliás, tudo com tucupi fica uma delícia.

Como nem todo mundo pode vir até a Amazônia, para viver a experiência do Círio de Nazaré e saborear essas delícias, que tal visitar a loja Flor de Jambu, a loja que pode levar até você um pouco dos sabores amazônicos.

Conheça os produtos disponíveis e sinta a magia da Amazônia onde você estiver.

Texto: Roberta Vilanova