Se sim, com certeza você deve ter sentindo uma leve dormência na boca. Isso porque ele possui uma substância chamada espilantol, que é a responsável por esta sensação.
Também conhecido como agrião da amazônia, agrião do pará, agrião bravo, entre outras denominações, o jambu é uma planta super versátil que, além de estar presente em práticos típicos do norte como o tacacá e o pato no tucupi, também é utilizado para fazer sobremesas e cachaças.
O sabor de suas folhas lembram um pouco o agrião, apesar de ser mais amargo e com sabor mais forte.
Além do seu uso na gastronomia, o jambu também sempre fez parte da medicina natural dos povos nativos da amazônia por possuir propriedades incríveis para a saúde. Vem com a gente conhecer os principais benefícios!
O jambu faz bem para saúde?
A resposta é sim! O jambu faz bem para saúde e você vai se surpreender com os benefícios que esta planta pode proporcionar para o seu corpo!
Assim como o cupuaçu, o jambu possui Vitamina C, excelente contra os radicais livres que são moléculas responsáveis por doenças degenerativas como Parkinson e Alzheimer. Aliás, esta vitamina também pode ajudar caso suas unhas e cabelos estejam quebradiços.
Além disso, os indígenas sempre tiveram o costume de utilizá-lo para o alívio de dores de garganta, tosse e até mesmo para amenizar dor de dente. Caso queira usar o jambu para este fim, sempre procure orientação de um especialista em fitoterapia.
Outro benefício é que as propriedades do jambu podem te ajudar a desinchar, pois ele possui propriedades diuréticas. Por isso, caso você esteja sofrendo com retenção de líquidos, fazer um chá de jambu a partir das suas folhas pode ser uma excelente opção. Mas, cuidado com os exageros!
Jambu é afrodisíaco?
Esta é uma pergunta muito comum em relação a esta planta da amazônia! Por que será?
Bom, se você está procurando por uma substância natural que possa estimular a produção de testosterona e aumentar a libido, acabou de achar!
Esta plantinha possui efeito bastante afrodisíaco e pode adicionar um “picância” na sua vida sexual. Não é à toa que existem alguns produtos, como o “Tremidão”, que são extratos concentrados de jambu que podem ser utilizados tanto nos alimentos, como no próprio corpo.
Este extrato ajuda na lubrificação natural, pode causar formigamento, além de uma leve dormência no local aplicado. Uma experiência sensorial incrível que você precisa experimentar!
Concentrado de Jambu “Tremidão”
O uso deste ingrediente na culinária!
Você não vai acreditar, mas até pizza de jambu existe! Como já citamos, o uso do jambu na gastronomia é bem variado!
Se um dia você visitar o Pará, não deixe de experimentar a cachaça de jambu. Fora a sensação única que você vai sentir na boca, esta bebida é uma delícia!
Cachaça de Jambu
Suas folhas também são utilizadas em diversos tipos de saladas, sopas e na preparação de molhos. Você pode optar por consumi-las cruas ou em algum refogado. Em nosso blog de receitas você pode conferir algumas receitas com jambu.
Lembrando que a substância do espilantol que causa uma leve ardência e formigamento é mais presente na flor de jambu e não nas suas folhas.
Gostou de descobrir um pouco mais sobre o jambu??
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Com a popularização nacional desta fruta da Amazônia, uma dúvida que tem surgido entre as futuras mamães é: cupuaçu na gravidez faz bem?
Sabemos que no período de gestação é necessário uma preocupação maior em relação à ingestão de vitaminas e minerais que vão garantir a saúde do bebê, e da mãe.
Por isso, é preciso um acompanhamento nutricional para conhecer os melhores alimentos que precisam ser consumidos diariamente, e aqueles que as mulheres devem evitar.
Nesta matéria, vamos te mostrar as principais propriedades desta fruta típica do norte do Brasil e quais as vantagens do cupuaçu para as grávidas!
Vem conferir!
Curiosidades sobre o Cupuaçu
Você sabia que o cupuaçuzeiro (árvore que dá o cupuaçu) é “parente” do cacaueiro?
Cultivada em grande parte da Amazônia, e também em alguns estados do Nordeste, o cupuaçu possui uma polpa extremamente rica em vitaminas.
Além disso, seu aroma intenso e sabor azedinho dão um excelente contraste com receitas doces. Não é à toa que o bombom de cupuaçu é tão conhecido por todo o Brasil.
Mas, por ser um alimento que ainda está sendo descoberto por muitas pessoas, há algumas dúvidas em relação aos seus benefícios e a quantidade que deve ser consumida por dia.
Bombom de Cupuaçu
Cupuaçu na gravidez faz bem ou faz mal?
A resposta é: faz muito bem!! E você quer saber o porquê?
Porque cupuaçu é uma excelente fonte de Vitamina A, Vitamina C, Vitaminas do Complexo B, ferro, cálcio, além de conter muitas fibras. Ou seja, quase tudo o que uma grávida precisa para ter uma gestação saudável.
Aliás, existem pesquisas científicas que exploram sobre o uso do cupuaçu e do camu camu para o tratamento de hipertensão no período da gravidez.
Para prevenir a pré-eclâmpsia, problema que muitas mulheres enfrentam neste período, alguns estudos comprovam que essas duas frutas da amazônia auxiliam no controle da pressão alta de gestantes.
Além disso, essa é uma excelente opção de tratamento para as grávidas que moram na região da Amazônia e têm menor poder aquisitivo. Afinal, o cupuaçu e o camu camu possuem preços mais acessíveis nesta região.
Cupuaçu
Cupuaçu na gravidez: principais benefícios
Cálcio
Você sabia que o cálcio é um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento dos ossos do bebê?
Como já citamos, uma das propriedades vantajosas do cupuaçu é a presença do cálcio. Além de auxiliar na formação óssea, ele também influencia na produção do leite da mamãe.
Vitamina C
Outro benefício super importante desta fruta amazônica é a Vitamina C, que combate os radicais livres e fortalece o sistema imunológico da mãe e do bebê.
E você deve estar se perguntando o porquê?
Porque a baixa ingestão desta vitamina pode afetar no desenvolvimento cognitivo da criança, além de atrapalhar no fortalecimento das cartilagens e tendões.
Além disso, a Vitamina C também ajuda o nosso organismo a absorver o Ferro, mineral essencial que combate a anemia.
Ferro
No período de gestação, a mulher precisa aumentar seu consumo de alimentos ricos em ferro para auxiliar na produção de hemoglobina de forma eficiente.
E qual sua principal função?
A hemoglobina, presente nos glóbulos vermelhos, tem a missão de transportar o oxigênio para todo o nosso organismo.
Por isso, a deficiência deste mineral pode causar fadiga, cansaço excessivo, taquicardia, dores de cabeça, enfraquecimento do cabelo, entre outros sintomas.
Vitaminas do Complexo B
Estas vitaminas são muito importantes, principalmente nos primeiros meses de gestação, pois elas ajudam na formação do sistema nervoso, do cérebro e da medula espinhal da criança.
Por esse motivo, a primeira etapa da gravidez é um período tão delicado e precisa de atenção redobrada.
O consumo do cupuaçu pode ajudar muito a melhorar sua saúde e manter em dia a quantidade de vitaminas necessárias para o seu corpo!
Mas, sempre consulte um médico! Afinal, às vezes se faz necessário o uso de alguma complementação.
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Também não deixe de conhecer todos os nossos produtos feitos com essa fruta que é uma delícia!
Você já fez algum tipo de acompanhamento nutricional e teve incluso na sua dieta a deliciosa Castanha do Pará?
Todos sabemos que as chances da resposta ser “SIM” é grande! Mas, por que este alimento é tão queridinho pelos nutricionistas?
Neste artigo vamos te contar porque você deve incluir hoje mesmo a Castanha do Pará, também conhecida como Castanha do Brasil, na sua alimentação, e qual a quantidade ideal para consumir por dia.
Vem conferir!
Conheça a Castanha do Pará
Castanheira do Brasil Imagem Canva Pro
Essa oleaginosa vem de uma árvore típica da Amazônia popularmente conhecida como Castanheira-do-Brasil.
O fruto dessa árvore, apelidado de ouriço, possui sementes com cascas super grossas. E, é dentro destas sementes que se esconde a Castanha do Pará.
Ouriço Imagem Canva Pro
Os estados do Amazonas e Acre lideram o ranking de maiores produtores do país, e é muito comum, nas regiões onde a extração é mais abundante, encontrar artesanatos feitos deste fruto da Castanheira.
Além disso, o óleo da castanha, por ter propriedades lubrificantes e conter muitas vitaminas, é bastante usado na fabricação de produtos de beleza.
Qual o principal benefício?
O principal benefício deste alimento é a presença de um mineral chamado Selênio. Com alto poder antioxidante, esta substância é um poderoso aliado contra os radicais livres.
Além disso, ele regula várias funções do nosso organismo e ajuda na prevenção de doenças como o câncer e o Alzheimer.
Outra vantagem fantástica que o Selênio proporciona é a proteção da tiróide. Então, se você tem Hipotireodismo, comece a comer Castanha do Pará, pois este mineral irá colaborar para que a produção dos hormônios T3 e T4 seja mais eficiente.
Também não podemos deixar de citar que este elemento precioso da castanha auxilia no fortalecimento do seu sistema imunológico, além de promover sua saúde neural.
Ou seja, suas funções cognitivas irão melhorar e as chances de desenvolver doenças relacionadas ao cérebro serão minimizadas.
Castanha do Pará Imagem Canva Pro
Conheça mais vantagens deste Superalimento
Você sabia que a Castanha do Pará é considerada um superalimento?
Pois é, gente! Os benefícios da castanha são incríveis e com uma pequena porção diária você já conseguirá usufruir destas vantagens que farão muito diferença na sua saúde.
Em adição às propriedades que já foram citadas, a castanha do Pará também possui Vitamina E, Vitamina B6, Vitamina C, fósforo, magnésio, ferro, cálcio… ou seja, ela é um alimento extremamente nutritivo capaz de promover:
a saúde dos nossos ossos, precavendo a osteoporose;
a saúde da nossa pele, retardando o envelhecimento;
o controle da nossa pressão arterial, contribuindo para a circulação;
a vitalidade do nosso cabelo; evitando a queda;
Além de tudo isso, a Castanha do Pará também é uma excelente fonte de fibras. Então, se você tem problemas com intestino preso, essa castanha pode ser a solução!
Castanha do Brasil Imagem Canva Pro
Castanha do Pará engorda?
Você já deve ter escutado de muita gente que nenhum alimento isolado é capaz de te fazer ganhar peso. O que realmente importa é a quantidade consumida!
E essa dica preciosa vale para a castanha. Pois, apesar de ser super nutritiva, ela possui muitas gorduras que, em excesso, podem fazer mal e atrapalhar no seu processo de emagrecimento.
Por isso, a recomendação é que você coma no máximo 10 gramas por dia (principalmente se você está dieta). Dependendo do tamanho da semente, 10 gramas dará cerca de duas castanhas.
Castanha do Pará: tabela nutricional
Confira abaixo uma tabela nutricional para te orientar no momento de contabilizar as calorias da sua dieta:
Apesar de ser uma delícia, a indicação para consumo diário é realmente pequena. Por isso, não exagere! Com somente 10 gramas por dia você já conseguirá sentir os efeitos positivos no seu corpo!
Quer conferir nossos deliciosos produtos feitos de Castanha do Pará?
Palavra de origem Tupi, o Cumaru é uma árvore nativa da Amazônia. Mas, ela também pode ser encontrada em outros países da América do Sul, como Colômbia e Peru.
Uma de suas características mais marcantes é o perfume que suas flores e frutos exalam. Por esse motivo, a indústria de cosméticos usa sua essência para produzir maravilhosas fragrâncias.
Outro detalhe interessante é que o mercado de móveis de luxo também cobiça muito sua madeira, pois é de excelente qualidade.
Nesse artigo, você irá descobrir informações super curiosas sobre a semente de cumaru e seus benefícios para a saúde. Confira!
semente de cumaru Imagem Canva Pro
Fava tonka, a semente do Cumaru
Não é segredo para ninguém que o Brasil é uma fonte valiosa de riquezas naturais. Por essa razão, nossos recursos sempre foram um grande atrativo para países estrangeiros, incluindo as especiarias brasileiras.
A semente do cumaru, também conhecida como “Tonka”, é um desses recursos que já foi muito exportado para o exterior por seus benefícios medicinais. Mas afinal, o que é cumaru?
O fruto do cumaru, quando maduro, libera uma semente com textura oleosa e aroma forte semelhante à baunilha. A substância responsável por esse cheiro tão característico é a Cumarina.
A semente de cumaru é uma especiaria amazônica que tem ganhado notoriedade nas cozinhas brasileiras, assim como outras especiarias da região, como a semente de puxuri.
Apesar de não ser muito fácil de encontrar, você pode comprar sementes de cumaru e outras especiarias amazônicas no nosso site Flor de Jambu que entrega para todo o Brasil.
Kit especiarias da Amazônia
Conheça os principais benefícios para a saúde
A árvore do cumaru é aproveitada como um todo. O extrato da casca, por exemplo, tem propriedades que inibem a contração da musculatura ajudando a aliviar cólicas no intestino e útero.
Outra vantagem é que o óleo do cumaru também já foi muito usado para tratar doenças como tuberculose, úlceras e reumatismo.
Além disso, o cumaru possui atributos antiinflamatórios e anti-asmáticos. Ou seja, auxilia em sintomas de sinusite, gripe, asma e bronquite.
Por último, há uma curiosidade que não podemos deixar de citar! As sementes do cumaru, quando passam pelo processo de fermentação, são usadas pela medicina natural como tratamento para picadas de serpentes ou feridas na pele.
Cumaru, a baunilha da amazônia
Como citamos, o odor particular dessa árvore se dá por conta da presença da Cumarina. Na culinária, por exemplo, sua essência é excelente para substituir a baunilha na hora de flavorizar algumas receitas.
Aliás, uma dica preciosa para chefs de cozinha que gostam de inovar em seus pratos é perfumar sobremesas doces com suas sementes, como um delicioso mil folhas com creme de cumaru .
Ademais, a indústria farmacêutica utiliza da cumarina para amenizar cheiros fortes de alguns medicamentos. E, apesar de não ser mais comum, o mercado do tabaco e charutos também era um apreciador dessa substância do cumaru que agrada a muitos.
Outro fato interessante é que empresas como a Natura e L’occitane possuem perfumes com essa essência, também conhecida como “baunilha da amazônia”
semente de cumaru
Cuidados ao consumir a semente do Cumaru
A Cumarina é um tipo de toxina que, quando não usada moderadamente, pode ter consequências negativas. Por isso, é preciso tomar tanto no uso em alimentos, como em cosméticos.
O óleo do Cumaru, por exemplo, não tem indicação para qualquer tipo de tratamento envolvendo aromaterapia. Da mesma forma, aplicá-lo diretamente na pele pode causar terríveis irritações.
Mas, fique tranquilo! Somente em altíssimas doses é que essa substância tem potencial de causar alguma reação.
Há muitos alimentos que já fazem parte do nosso cotidiano, como a canela, que possuem cumarina em sua composição e não trazem nenhum malefício à saúde.
Além disso, adicionar o cumaru em suas receitas pode ser feito de forma muito simples. Uma ótima dica é ralar uma fava (semente) inteira e infusionar em água ou leite. Depois, é só utilizar essa base aromatizada para saborizar sua sobremesa.
A riqueza gastronômica da região da Amazônia está se popularizando cada vez mais e ganhando o mercado mundial com suas frutas e ingredientes regionais que trazem para as receitas muita personalidade.
O cupuaçu, por exemplo, é uma fruta da Amazônia com sabor bastante característico e versátil.
Utilizado tanto para pratos doces e salgados, o cupuaçu também se revelou um excelente alimento com vários benefícios para a saúde.
Nesse artigo você encontrará algumas curiosidades super interessantes sobre essa fruta e quais as principais vantagens em incluí-la na sua dieta! Confira!
Conheça o Cupuaçu, fruta típica da Amazônia
Na região Amazônica, o cupuaçu é facilmente encontrado e comercializado a preços bem acessíveis.
Contudo, essa fruta não é exclusiva da região norte do nosso país. Também é possível encontrar o cupuaçu na Venezuela, Colômbia e Peru.
Uma grande vantagem dessa fruta, que é rica em vitaminas, é que ela pode ser muito bem aproveitada pela indústria.
Fruta Cupuaçu Imagem- Canva Pro
Cupulate
Além do uso de sua polpa para elaborar receitas, sua gordura é muito utilizada para a produção de cosméticos, e suas sementes podem virar um delicioso cupulate (doce muito parecido com o chocolate).
Além disso, o cupuaçu também é muito conhecido por ser um excelente “remédio” para o intestino. Por ser uma fruta que possui muitas fibras, ele pode ajudar a regular sua função intestinal.
Para conhecer a fundo como essa fruta da Amazônia pode ser um grande aliado na sua dieta, nós separamos para você os principais benefícios do cupuaçu para a saúde. Continue a leitura!
Descubra os principais benefícios do Cupuaçu
Excelente fonte de Vitamina C.
Com alto poder antioxidante, a vitamina C é muito recomendada para o fortalecimento do nosso sistema imunológico.
O cupuaçu possui Vitamina B1
A vitamina B1, muito consumida em cápsula como suplemento, ajuda nossas funções cerebrais e é essencial para o combate do cansaço excessivo e doenças como a depressão.
Fonte de Vitamina B2
Essa vitamina, que é um super aliado para o desenvolvimento na fase da infância, participa ativamente da produção de energia do nosso organismo e ajuda a manter a saúde dos nossos olhos, pele e boca.
O cupuaçu também tem Vitamina B3
Você já ouviu falar em revitalização do DNA? A vitamina B3 é uma das responsáveis por essa função! Além disso, ela contribui muito no fluxo sanguíneo do nosso corpo.
Para a renovação celular, essa fruta também possui a Vitamina A
Assim como a Vitamina C, ela tem alto poder antioxidante e é muito eficaz na prevenção do envelhecimento, no fortalecimento ósseo e evita enfermidades cardiovasculares.
O cupuaçu é ou não é um superalimento que você precisa incluir na sua alimentação?
Contudo, apesar da sua abundância de vitaminas, ainda há uma dúvida em relação a esse alimento que instiga muitas pessoas: o cupuaçu engorda?
Cupuaçu Imagem- Canva Pro
Os benefícios do cupuaçu são ótimos, mas ele engorda?
Inserir o cupuaçu em uma dieta balanceada ajuda muito a acelerar seu metabolismo!
O cupuaçu com açaí está sendo cada vez mais uma opção de pré-treino para muitas pessoas, pois a junção desses dois alimentos super nutritivos promove grande saciedade e também auxilia aqueles que desejam controlar seus níveis de colesterol.
Além disso, a presença de vitaminas antioxidantes também contribuem na queima de calorias e diminuição da gordura corporal.
Outro ponto importantíssimo que não podemos deixar de comentar é que, graças à presença da Vitamina A, o consumo do cupuaçu pode prevenir a formação de câncer e doenças relacionadas à pele.
Como consumir o cupuaçu?
Como citado, o cupuaçu é utilizado tanto na elaboração de sobremesas, como em pratos salgados.
Entretanto, também é possível incorporá-lo em bebidas como sucos, vitaminas e até mesmo em drinks.
Idealizada por biólogos, a Deveras Amazônia defende o meio ambiente e respeita a cultura local
Quando a ciência se une à tradição, maravilhas acontecem. E a maior prova disso é a Deveras Amazônia, uma empresa de Santarém, no Pará, que desde 2018 mantém a produção artesanal de geleias, conservas e licores com sabores amazônicos.
Idealizada por três biólogos com Doutorado, Rosa Mourão (Doutora em Ciências Biológicas); Valéria Mourão (Doutora em Biotecnologia) e Cláudio Monteiro (Doutor em Ecologia), a Deveras Amazônia faz o que toda empresa da região deveria fazer, preservar a floresta, valorizar a cultura e ajudar os pequenos produtores.
Valéria, que é sobrinha de Rosa e esposa de Cláudio, conta que a empresa nasceu da paixão deles por doces e pela floresta. “Morar na Amazônia foi o começo de uma história de amor. A riquíssima biodiversidade e capacidade de manipular sabores e saberes instigou a nossa criatividade e o desejo de empreender e começar a nossa própria produção”.
O primeiro produto da empresa foi a geleia de camu-camu, um fruto nativo da região amazônica, riquíssimo em vitamina C. Ainda é desconhecido de muita gente e pouco utilizado para fins comerciais
Para se ter uma ideia do desconhecimento do seu valor, nas comunidades da região Oeste do Pará, o fruto estraga por falta de mercado. “Foi pensando em agregar valor e utilizar o potencial nutricional do fruto que iniciamos a nossa produção”, relata.
Saberes científicos potencializam os insumos naturais
Dulce, Rosa, Marlene, Valéria e Cláudio
E foi com o objetivo de mostrar o verdadeiro valor da floresta em pé que os três empreendedores escolheram o nome da empresa. Pois “deveras” significa “algo verdadeiro” de confiança. “Somos três pesquisadores em busca de agregar valor aos produtos amazônicos”, afirma.
Mas como que se faz isso? Valéria explica: “Para a Deveras Amazônia, tão importante quanto o conhecimento tradicional é o trabalho científico. Aliar os dois é ter o melhor das pesquisas e conhecimento da alquimia por trás dos insumos naturais para, assim, potencializar o melhor de nossas sementes, raízes, ervas e frutos”.
Além de aproveitar os insumos com a ajuda da ciência, a Deveras tem um relacionamento especial com a cultura, meio ambiente, comunidades locais e pequenos produtores.
Empresa valoriza os pequenos produtores
Segundo Valéria, o compromisso da empresa é desenvolver a economia da Amazônia nos âmbitos social, cultural, ambiental e financeiro. “Pois, além do dinheiro, existem trocas de valor quando se envolve pessoas, ancestralidade e natureza”.
Para isso, a Deveras adquire os frutos e ervas sempre de pequenos produtores, com os quais procuram manter um relacionamento para entender a real necessidade de cada um deles.
Os empreendedores visitam as comunidades para conhecer e entender a relação do produtor com os frutos e proporcionar uma troca de conhecimentos entre fornecedor e empreendedor. “Sempre debatemos com eles sobre a preservação do meio ambiente, a importância do consumo do fruto em sua época, a função ecológica do fruto, e incentivamos e respeitamos essa relação”, explica.
O camu-camu, por exemplo, é uma planta que brota na beira do rio. Quando o rio enche, os frutos caem na água e servem de alimento para o boto e o tambaqui, por isso, a comunidade local só colhe o suficiente para a produção para que os animais não fiquem sem alimento.
Oficina de geleias realizada em comunidade de Santarém
Os biólogos da Deveras também colaboram com pesquisas científicas em produtos que a comunidade comercializa, repassam orientação sobre boas práticas alimentícias, realizam oficinas de geleias e licores, respeitam a safra de cada fruto e procuram manter os produtos da Deveras o mais natural possível para que o consumidor sinta o verdadeiro sabor da Amazônia
Incentivo ao consumo com consciência socioambiental
Outra proposta da Deveras é incentivar os consumidores a terem consciência socioambiental. Valéria também explica: “Consumir com consciência social e ambiental é estar atento aos produtos que você adquire. Saber de onde vem, qual sua origem, ter consciência dos impactos que ele pode causar, qual a matéria-prima que foi utilizada, se é a partir do uso sustentável dos recursos naturais”,
Ela ressalta que o consumidor precisa saber que as matérias-primas originárias a partir do uso sustentável de recursos naturais de biomas como, por exemplo, o bioma amazônico, geram emprego, renda e inclusão social das famílias de pequenos produtores que vivem da exploração desses insumos.
“Para pessoas sensibilizadas que consomem produtos com consciência social e ambiental, a Deveras apresenta a combinação de saberes da floresta para gerar produtos amazônicos que unem ciência e tradição em seus preparos”, garante a empreendedora.
Vitória-régia, do rio para o prato do consumidor
Um dos produtos mais incríveis da Deveras e que desperta a curiosidade do consumidor é, sem dúvida, a vitória-régia em conserva. Sim, aquela planta aquática típica da região amazônica que tem até lenda.
Para produzir a vitória-régia em conserva, a empresa conta com a parceria da dona Dulce Oliveira, que tem uma plantação desse vegetal no quintal da sua casa no Canal do Jari, uma comunidade localizada perto de Alter do Chão, em Santarém. O cultivo começou em 2014 e atualmente dona Dulce tem um verdadeiro jardim aquático com131 plantas.
Dona Dulce e sua plantação de vitória-régia
A vitória-régia é comestível e dona Dulce começou a criar pratos com a planta, o que atraiu muitos turistas para conhecer o seu trabalho e fazer degustação. “Dulce sabia que precisava do respaldo da ciência, então ela queria que a universidade pesquisasse a planta e fornecesse dados científicos para que as pessoas confiassem naquele tipo de alimento”, conta Valéria.
As análises em laboratório mostraram que a planta tem atividade antioxidante e é rica em proteínas e fibras. “Um produto especial que traz um dos maiores símbolos da nossa Amazônia”, afirma Valéria.
Então, em 2019, foi firmada a parceria científica e comercial, levando ao lançamento da conserva de vitória-régia, feita com o pecíolo, uma espécie de caule que fica submerso “Aliás, a conserva e geleia de vitória-régia juntamente com a geleia e conserva de flor de jambu, geleia de pupunha e licor de chicória são os produtos que chamam mais a atenção do consumidor”, ressalta.
Deveras Amazônia aposta na venda por meios digitais
Antes da pandemia de Covid-19, a Deveras fazia vendas presenciais no seu local de produção, padarias, empórios e restaurantes. Participava de eventos de culinária, negócios sociais e iniciativas que apoiam e defendem o desenvolvimento econômico com a floresta em pé. E também já utilizava as redes sociais e aplicativos de vendas de alimentos para comercializar os seus produtos.
No entanto, com a pandemia, o meio digital tornou-se a principal maneira de divulgar e vender tudo que produzem, contando com parceiros de divulgação que estão alinhados com o seu propósito.
“Nosso produto era consumido mais por turistas e tivemos que fazer adaptações melhorando nossas redes sociais, trazendo o negócio mais para o digital, sem o contato direto que antes tínhamos com público na nossa cidade. Fizemos algumas vendas para outros estados para clientes finais que queriam a experiência de provar produtos amazônicos durante a quarentena”, relata Valéria.
Parceria dá visibilidade aos produtos fora do Pará
Uma parceria que vem dando certo desde 2018 é com a flordejambu.com, quando a Deveras estava com apenas seis meses funcionamento. “A flordejambu.com foi nossa primeira parceria em São Paulo, foi ela que abriu as portas para que pudéssemos enviar nosso produto para outro estado e dar uma visibilidade que não tínhamos”, comemora Valéria.
“Eles acreditaram nos nossos produtos e nas pessoas que temos por trás do nosso trabalho. Por meio da flordejambu.com nós já fechamos outras parcerias, eles são uma ponte para que possamos vencer a barreira e escoar os produtos amazônicos”.
Ela revela que a parceria com flordejambu.com vai muito além do comercial, pois é uma empresa que entende a missão da Deveras e, por isso, estão em completa sintonia. “Eles valorizam os produtos da sociobiodiversidade, entendem a nossa capacidade de produção e a necessidade de termos produtos sazonais”, explica.
Valéria e Rosa Mourão
Valéria conta que a flordejambu.com acompanhou a jornada da Deveras e foi peça fundamental para a mudança dos rótulos dos produtos em 2020, ajudando com as informações nutricionais de cada um deles. “Nós amamos essa parceria que já virou uma amizade, somos admiradores da forma como eles nos representam e dos demais produtores que fazem parte desse projeto incrível”, afirma.
A Deveras Amazônia também é um campo de ensino e pesquisa. Além dos três pesquisadores, lá atua a bolsista do curso de Administração da Unama Centro Universitário da Amazônia (Unama), Fernanda Castro, dois estagiários do curso de Técnico em Alimentação da Escola Técnica do Estado do Pará, e uma estagiária do curso de Biotecnologia da Ufopa. Todos já estão trabalhando para o lançamento de novos produtos no mercado. Farinhas de frutos amazônicos e chás são algumas possíveis novidades ainda para 2020.
Conheça também a história da marca que valoriza a cultura e os sabores amazônicos
Molho de Tucupi Preto
O molho de tucupi preto foi o grande lançamento da Manioca em 2016. E isso só foi possível porque Joanna Martins, uma das sócias da empresa, apesar de não cozinhar, pesquisa muito sobre comida, afinal, nasceu numa família de excelentes cozinheiros, que tem contribuído para a divulgação da culinária paraense desde a década de 70.
Joanna Martins é graduada em Administração e Publicidade e divide com o bacharel em Direito Paulo Reis a direção da Manioca, a marca que fabrica e comercializa produtos alimentícios artesanais com alto padrão de qualidade e segurança alimentar.
A partir da descoberta, a Manioca passou a produzir o Molho de Tucupi Preto, um dos produtos vendidos pela Flor de Jambu, a loja virtual que comercializa produtos e ingredientes amazônicos e contribui, assim como a Manioca, para a difusão dos sabores amazônicos pelo Brasil e pelo mundo.
Vejam o que a Joanna descobriu
Ela conta que a maior fonte de informação histórica sobre a cozinha paraense são os relatos dos viajantes. “Acho que por serem portugueses e gostarem de comer, relatam muito sobre alimentação. E eu encontrei um escrito de 1789, que falava do tucupi preto, também chamado de tucupi Pixuna, que é o nome indígena dele”.
De acordo com a empresária, os relatos revelam que era um sabor muito especial e isso despertou a curiosidade da empreendedora. “De onde vem? E cadê esse produto que a gente não conhece mais?”, questionava Joanna Martins.
Até que em 2015, ela descobriu uma pessoa que sabia fazer o tucupi preto e firmou uma parceria. “Não é um produto muito complexo. Na verdade, é uma redução extrema do tucupi amarelo até virar uma pasta. Até hoje, a parceira faz a pasta do tucupi preto e a gente produz o molho”, revela Joanna Martins.
Sabor intenso
Segundo Joanna Martins, a pasta é muito interessante para o chef de cozinha porque tem um sabor intenso, no entanto, não é muito fácil de ser usado pelo consumidor final. “Então, a gente desenvolveu o molho de tucupi preto para facilitar o uso por consumidores que querem praticidade no dia a dia”, explica.
“O molho de tucupi preto pode substituir o Shoyo e o Molho Inglês. As vantagens dele é que é cem por cento natural, diferente da maioria dos shoyos que há no mercado nacional. Tem cinco vezes menos sódio do que o shoyo comum, é superversátil em termos de sabor. Por ser um pouco mais suave, funciona muito bem com todos os tipos de proteína, além dos legumes e cogumelos”, detalha.
Ela revela também que a substituição do shoyo foi uma coincidência, pois o objetivo da Manioca era apenas fazer o molho a partir do tucupi preto. Foi o consumidor que começou a comparar o sabor “lembra shoyu”, “parece molho inglês”. “E a gente, então, começou a testar o uso em substituição e funcionou muito bem. Hoje, tem cliente nosso que até no sushi usa o molho de tucupi preto no lugar do shoyo. É uma questão de adaptação e de paladar também”, diz Joanna Martins.
Tucupi tem validade de até um ano sem refrigeração
Tucupi paraense tradicional (Foto Tereza e Aryanne
Segundo Joanna Martins, o tucupi tradicional, amarelo, que todo mundo conhece, é o começo dessa história porque, mesmo antes da Manioca existir, ela já se incomodava muito com a falta de padrão do produto. “O tucupi é um produto superemblemático da nossa culinária, mas nunca ninguém deu muita atenção a ele, talvez por ser tão comum para os paraenses. Porém, ele é um produto superdelicado”, afirma.
Joanna Martins acredita que pelo fato de o mercado local não ser muito exigente, acaba aceitando produtos com variação muito grande, inclusive de um mesmo fornecedor. “Por isso a gente encontra tucupi mais doce, mais ácido, mais azedo, mais aguado, mais concentrado e as pessoas não estão preocupadas com isso, elas compram”, explica.
Entretanto, não é assim que acontece no mercado nacional. “Quando a gente põe uma marca, o consumidor espera o padrão de uma marca. Se vai comprar um katchup de determinada marca você quer que ele seja sempre igual. Então, nós sempre nos preocupamos com isso e hoje temos um produtor parceiro”, conta Joanna Marins
Desafio
Ela explica que o tucupi é um produto que tem muitos fatores que podem influenciar na sua variação, desde a mandioca que é usada a detalhes do processo. E um dos maiores desafios que a Manioca encontrava no tucupi era a questão da conservação.
Desde o princípio, a empresa comercializava o tucupi congelado porque no mercado local as pessoas compram o tucupi para consumir num fim de semana ou em 15 dias no máximo, não havendo necessidade de um período maior de conservação.
No entanto, para vender para o mercado nacional já é diferente. Segundo Joanna Martins, o produto que existe no mercado em geral tem uma durabilidade máxima de 30 dias em refrigeração, fora da refrigeração não chega a 15 dias. Isso era um obstáculo. “Na verdade, o tucupi não estraga. Por ele ser um produto ácido, o estragar dele é se tornar mais ácido. Ele não estraga a ponto de fazer mal, mas fica ácido demais”, revela.
Por isso, muita gente acrescenta açúcar, outras colocam glutamato de sódio, o que, segundo Joanna, é um problema. “O produto ideal é aquele que está num nível de acidez média (uns gostam de um pouquinho mais ácido, outros mais doce, dependendo de onde for), mas tem um ideal ali no meio”, comenta.
Inovação
Tucupi tradicional
A boa notícia é que a Manioca conseguiu desenvolver uma técnica de manter o produto estável na questão da acidez por até um ano. “Foi uma inovação que alcançamos, que conserva o tucupi, por até um ano, sem precisar de refrigeração ou qualquer tipo de aditivo químico, que é o mais importante e é uma bandeira da Manioca: trabalhar com alimentos naturais. “Foi só uma questão de conhecer mais a fundo o processo aliando com o conhecimento da tecnologia de alimentos”, conta Joanna Martins.
Com esse avanço, a Manioca conseguiu chegar mais longe com o tucupi. Hoje, o produto está nos supermercados sem precisar da cadeia de frio, que é bastante delicada, e consegue diminuir todos os impactos ambientais porque a empresa deixa de trabalhar com isopor que é um grande poluente. Isso também reduziu os custos com frete aéreo porque o produto pode ser enviado por transporte rodoviário. Sem a necessidade de refrigeração também há redução de consumo de energia. “A gente resolveu uma questão que refletiu em várias outras”, comemora.
Atualmente, a produção mensal de tucupi da Manioca varia de uma e meia e duas toneladas. A empresa fornece para cerca de dez estados, porém o consumo maior é em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
Nova granola de tapioca com sabor de Amazônia
Granola de tapioca, novo produto da Manioca
Sempre de olho no mercado em expansão, a Manioca acabou de lançar, mais um produto, a granola de tapioca, porque, segundo Joana Martins, ao contrário da geleia, por exemplo, que não é muito consumido no Brasil, a granola está presente no cotidiano das pessoas que se preocupam com a saúde. “Esse é um dos alimentos naturais que, de alguma forma, pode trazer saúde para as pessoas”, comenta.
A proposta da Manioca é oferecer aos consumidores um produto realmente natural e saudável, pois, muitas granolas disponíveis no mercado não são exatamente o que se pensa. “As pessoas acham que estão consumindo saúde, mas, na verdade, estão consumindo muita química”, alerta Joanna Martins.
Ao observar que o consumidor já vem usando a tapioca em substituição a outros tipos de carboidrato, a Manioca viu na tapioca o ingrediente ideal para unir com cumaru, cupuaçu e castanha-do-Pará e produzir uma granola mais natural e com sabores regionais. “A gente reuniu elementos e sabores da Amazônia nesse produto, que tem tudo para entrar no dia a dia do consumidor”, ressalta.
A empresa paraense também está trabalhando na criação de novos temperos e molhos, porque é uma forma mais simples e natural de levar os sabores amazônicos para o dia a dia do consumidor.
Empresa defende desenvolvimento sustentável
Todas as geleias, granolas e temperos são produzidos na sede da Manioca, em Belém, enquanto os produtos tradicionais, como o tucupi, vêm de fornecedores locais que recebem orientações técnicas e participam de capacitações para manter o padrão e a qualidade exigidos pelo mercado.
Em geral, são pequenos produtores, de agricultura familiar, que precisam de apoio para se desenvolver. “Infelizmente, as instituições públicas ainda apoiam muito pouco esses produtores”, observa Joanna Martins, ressaltando que em alguns casos, a Manioca tem conseguido fazer a conexão desses produtores com essas instituições.
“Entretanto, apoiá-los também é uma missão nossa para que eles se desenvolvam e cresçam junto conosco porque a Manioca quer que o mundo conheça os sabores da Amazônia, mas entende que também deve ser um vetor de desenvolvimento sustentável para a região. Não adianta a gente fazer para o mundo conhecer nossos sabores se não for para apoiar tanto a conservação da floresta quanto as pessoas que vivem aqui”, argumenta Joanna Martins.
Agora saiba como tudo começou
Anna Maria Martins e Paulo Martins
Não é de hoje que Joanna Martins tem amor e carinho pelos ingredientes amazônicos. Pois ela é filha do chef Paulo Martins, reconhecido nacionalmente como Embaixador da Cozinha Paraense, falecido em 2010, e neta de Anna Maria Martins, uma quituteira de mão cheia, fundadores do Restaurante Lá em Casa, hoje gerenciado pela irmã de Joanna, a chef Daniela Martins.
A história começou quando a avó de Joanna Martins e seu pai fundaram o restaurante em 1972. “Ela era quituteira, fazia eventos, pratos, doces e salgados para fora. Os dois acharam que abrindo um restaurante seria mais tranquilo. Hoje, a gente sabe que não, cozinheiro quer fazer evento, e não ter restaurante, mas na época se pensava assim”, relata.
Desde o começo, a proposta do restaurante era trabalhar a cozinha caseira, que envolvia pratos da culinária tradicional paraense, como pato no tucupi, maniçoba, caranguejo, pirarucu. No entanto, naquela época, não havia oferta desses produtos no mercado. Assim, os poucos restaurantes que havia em Belém, cerca de quatro, trabalhavam com cozinha internacional, como a francesa e a portuguesa.
Fato inusitado
Como os turistas não conheciam essas comidas tradicionais, o Lá em Casa ganhou destaque entre esse público e a mídia da época. “Foi destaque em várias revistas nacionais e internacionais. Minha avó estava sempre à frente do negócio, na cozinha, e também recepcionando, ela era uma hostess muito simpática. Isso também atraia muito, porque restaurante é isso”, diz Joanna Martins.
Porém, um dia algo inusitado e desafiador aconteceu na cozinha dos Martins, que fez Paulo Martins se encantar pela arte de cozinhar. “Até então, o meu pai, que era arquiteto, só se envolvia na administração. Ele era muito criativo e descobriu que podia criar muita coisa na cozinha, onde, até aquele dia, só trabalhava com pratos tradicionais.
Mas o que aconteceu afinal? Bem, Joanna Martins conta que o restaurante tinha um prato chamado “Bacalhau a RM”, criado em homenagem ao jornalista Romulo Maiorana, que era um bacalhau de forno acompanhado de arroz de brócolis. Até hoje o Pará não produz brócolis, portanto, o prato dependia da verdura que vinha de fora.
O problema foi que o brócolis não veio e Romulo Maiorana iria levar ao restaurante dois convidados ilustres, Jô Soares e Boni, para provarem o famoso prato. O desespero tomou conta da dona Anna Maria. Como servir arroz de brócolis sem brócolis? O jeito foi pedir socorro ao filho Paulo Martins: “Paulo, pelo amor de Deus, o que que eu faço? Se eu disser para o Romulo que não tem, vai ser uma grande vergonha”.
Encanto pela cozinha
Hoje, o jambu pré-cozido da Manioca facilita a vida dos chefs
Joanna Martins conta que seu pai abriu a geladeira e viu que o que tinha de mais parecido com brócolis era o jambu. “Cozinhou, picou, fez o arroz, e serviu. Os convidados comentaram que o brócolis daqui era diferente do que eles estavam acostumados, mas que o prato estava uma delícia. E foi aí que o papai se encantou com a cozinha, viu que podia criar e começou a usar os ingredientes tradicionais de forma diferente”,
Na época, ele foi muito criticado localmente por isso, mas, ao mesmo tempo, começou a chamar a atenção do mercado nacional. Alguns cozinheiros, então, passaram a convidá-lo para fazer eventos fora do estado. “Era um momento em que a gastronomia do Brasil começava a se estabelecer, entre as décadas de 80 e 90 e os chefes franceses que tinham vindo para o Brasil incentivavam o uso dos ingredientes brasileiros de formas diferentes”, diz Joanna Martins.
Depois de viajar muito e dar aulas em outros estados, Paulo Martins decidiu que iria trazer as pessoas para Belém em vez de levar os ingredientes. “Ele dizia que levava o ingrediente de uma forma adaptada. Para ele, tomar tacacá no calor das quatro horas da tarde em Belém não era a mesma coisa do que tomar tacacá no frio de São Paulo”, conta Joanna Martins. E foi assim que ele criou, no ano 2000, o Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense.
Interesse nos ingredientes
Com o festival, esse trabalho de divulgação e propagação dos ingredientes amazônicos começou a se disseminar porque as pessoas vinham e se encantavam de fato. “Os chefes que vêm a Belém, que vão ao Ver-o-Peso são como uma criança indo para Disney”, comenta a empreendedora.
Os chefs vinham, conheciam in loco, viam essa cultura toda e queriam usar o produto. “E aí começou a ser um problema porque eles ligavam e diziam “Paulo, eu quero tucupi, eu quero jambu, eu quero cupuaçu e não tinha fornecedor. Até hoje, são poucos ainda. A Flor de Jambu é um desses distribuidores, mas ainda são poucos pelo Brasil. Aí o papai começou a dizer para a equipe do restaurante, pega o isopor, põe tucupi põe não sei o que, manda para o fulano. E isso, desde o ano 2000, era feito dentro do Lá em Casa como um favor”, relata a filha de Paulo Martins.
Como surgiu a ideia do novo negócio
Depois, Joanna Martins foi para São Paulo, graduou-se em Publicidade e Administração, voltou, trabalhou e cresceu no restaurante. Até que percebeu que atender a todas aquelas encomendas dos amigos do seu pai estava prejudicando o funcionamento do restaurante. “Na hora que chegava um pedido, era um transtorno, porque, esse não era o objetivo do negócio”, conta Joanna.
Joanna percebeu que existia ali um potencial de negócio e, em 2014, ela decidiu criar a Manioca, para profissionalizar o serviço de fornecimento de ingredientes para hotéis e restaurantes, porém com a proposta de atender não apenas aos profissionais da gastronomia, mas também ao consumidor final que já demonstrava interesse por esses ingredientes. “Especialmente, porque a mídia já começava a falar mais sobre isso, você ia ao restaurante e consumia, e o hobby pela gastronomia no Brasil também começava a crescer, o que é um movimento bem forte hoje em dia. E aliado a tudo isso, estava a alta do dólar, que ainda permanece, fazendo com que as lojas que vendiam muitos produtos importados começassem a abrir as suas portas para o produto brasileiro”, detalha Joanna Martins.
Por que Manioca?
O nome da empresa vem da “Lenda da Manioca”, envolvendo os índios Tupi, que conta a história do surgimento da mandioca, a raiz da qual são extraídos diversos ingredientes regionais como o tucupi, a farinha e a tapioca, tendo tudo a ver com a proposta da marca.
No entanto, Joanna Martins garante que a empresa não tem a pretensão de ser fornecedora apenas de produtos tradicionais. “Unimos a tradição com a inovação porque acreditamos que a maneira como se consome os alimentos é cultural. Não quer dizer que outros povos vão consumir como a gente consome os nossos alimentos. Por isso, a gente trabalha com os alimentos tradicionais, mas também desenvolve novos produtos com os nossos sabores”.
Produção atual
A Manioca produz e comercializa, atualmente, incluindo o molho de tucupi preto, cerca de 20 produtos entre farinhas, grãos, granola, doces, geleias e temperos, além de um kit presente, mantendo respeito ao meio ambiente e ao produtor e contribuindo com o desenvolvimento da cadeia produtiva local e da gastronomia brasileira.
A criação da empresa foi o caminho que Joanna Martins encontrou para continuar trabalhando com gastronomia e fazer com que esses produtos cheguem mais longe. “Territorialmente, o restaurante é limitado e com a indústria a gente consegue alcançar o mundo todo. É um caminho novo que só existe por causa da história da minha família com a cozinha paraense”, finaliza.
Texto: Roberta Vilanova
Fotos: Manioca e flordejambu.com
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