Você sabe o que é racismo ambiental? Já ouviu falar sobre este conceito? Para entender sobre este termo, reflita sobre as seguintes perguntas!
- Você já viu lixões ou aterros sanitários construídos em áreas nobres?
- Já ouviu falar de fazendeiros ricos sendo expulsos de suas terras para construção de indústrias e barragens?
- Você já viu condomínios de luxo terem problemas de saneamento básico?
As injustiças ambientais são seletivas, caro leitor! E a notícia ruim é que ela é racista! Afinal, não é mera casualidade de que as pessoas, principalmente no Brasil, que mais sofrem com os problemas citados são negros e indígenas!
Bora entender um pouco melhor sobre este conceito para nos tornarmos indivíduos mais conscientes da sociedade que vivemos?
Então, vem com a gente!
Entenda sobre a história deste termo!
Nos Estados Unidos, mais especificamente na década de 80, houveram várias manifestações de comunidades negras no estado da Carolina do Norte. Por qual motivo?
A grande exposição à resíduos tóxicos devido à construção de aterros químicos e indústrias poluidoras próximos às suas moradias. Mera coincidência? Quando um fato se repete ao longo da história a gente começa a duvidar de coincidências.
Enfim…durante estas manifestações, um célebre ativista dos direitos civis nos EUA chamado Benjamin Chavis, utilizou este termo para “resumir” toda aquela situação que eles estavam enfrentando.
Após este acontecimento, o termo Racismo Ambiental começou a ser utilizado para se referir às situações de vulnerabilidade de grupos étnicos frente à injustiças ambientais.
Apesar desta terminologia ser relativamente recente, sua prática no Brasil, por exemplo, teve início durante o período da colonização e perdura até os dias de hoje.
O que é racismo ambiental e por que eu nunca ouvi falar?
Porque a gente vive numa bolha, né? Vamos admitir! Aquilo que não nos afeta diretamente parece nem existir. Mas, não podemos fechar os olhos para estas situações!
Afinal, o racismo ambiental também envolve a exclusão destas pessoas em estado de vulnerabilidade na tomada de decisão de regulamentos, políticas e leis ambientais.
Ou seja, além de viverem em locais propícios a deslizamentos, sem acesso a serviços fundamentais para o desenvolvimento da região, e expostos a substâncias tóxicas devido à presença de indústrias e aterros nas proximidades, estes grupos não têm voz perante as autoridades públicas que cooperam para estas situações degradantes.
Cooperam? Como assim?
A gente vê a cooperação escancarada quando indígenas ou quilombolas lutam por anos pela autenticação das suas terras, mas saem de mãos vazias. Quando não são expulsos de forma desumana.
Agora, a aprovação de resorts e condomínios de luxos em áreas de preservação são simples de resolver. Mamão com açúcar!
É muito fácil subjugar quem não tem poder socioeconômico. E é mais fácil ainda negar a existência desta problemática rejeitando a utilização do termo Racismo Ambiental, como fez o atual governo na última reunião do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Se você não está se remexendo de tanta revolta, lê o texto de novo porque você deve ter lido errado!
Lembrando que no estado do Amazonas, e também em outros estados da região Norte do Brasil, não são só os indígenas que sofrem com o racismo ambiental, mas também os ribeirinhos, pescadores, peconheiros, agricultores familiares, entre outras comunidades.
Se você se interessa por este tipo de assunto e gosta de aprender sobre estes conceitos, então confira também o artigo sobre Ecofeminismo clicando no botão abaixo!