Publicado em Deixe um comentário

Modos de Fazer Café: dicas para um café perfeito

modos-de-fazer-café

Você sabia que no mês de Abril é comemorado o Dia Mundial do Café? Em homenagem a esta data, resolvemos falar sobre os diferentes modos de fazer café que existem ao redor do mundo. 

Essa bebida tão popular tem suas origens na África, mais especificamente na região da Etiópia. Seus efeitos energéticos foram tão intrigantes que o café se espalhou por todos os continentes, até chegar às Américas, onde encontrou um clima extremamente favorável para seu cultivo. 

Existem diversos modos preparo e, dependendo do método que você utilizar, o sabor, intensidade e aroma podem mudar. Também já falamos aqui no blog as principais diferenças entre o café arábica e o café robusta amazônico. Não deixe de conferir

Quer aprender diferentes modos de fazer café e desfrutar desta bebida tão aromática e reconfortante? Então, continue a leitura! 

Aprenda 5 modos de fazer café

Coador de Pano

Quem nunca tomou um cafezinho na casa da vó feito em um coador de pano? Se for acompanhado de um pão de queijo ou bolinho, melhor ainda não é mesmo? Esse é um dos modos de fazer café que tem sido passado de geração em geração. 

Embora seja um método antigo, muitas pessoas não o abandonam, pois o coador de pano deixa a bebida com um sabor único. Para que seu café fique ainda mais gostoso, separamos algumas dicas: 

  • Ferva a água em uma chaleira ou bule até que atinja a temperatura ideal, entre 90 e 96 graus Celsius.
  • Pré-aqueça o coador de pano antes de colocar o pó, pois isso ajuda a manter a temperatura.
  • Após colocar o café moído no coador, despeje um pouco de água e deixe descansar por alguns segundos. 
  • Posteriormente, despeje lentamente o restante da água sobre o pó, fazendo movimentos circulares. O objetivo é saturar todo o café.
  • Deixe infusionar por cerca de 4 a 5 minutos e sirva-o.

Essas dicas também valem para o coador de papel, caso você ainda não tenha adquirido o de pano. Lembrando que na Flor de Jambu você pode encontrar o EcoFiltro, que é uma opção muito mais sustentável, e que vai deixar sua bebida com um sabor super especial. 

Prensa Francesa

Prensa Francesa

A Prensa Francesa é outra forma clássica de fazer café. Além de ser super simples, a bebida fica encorpada e com sabor intenso. Isso porque, o pó é infusionado diretamente com a água e, posteriormente, filtrado por um êmbolo de metal. Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a preparar sua bebida:

  • Opte por uma moagem média ou grossa, pois o café muito fino pode entupir o filtro e dificultar a extração.
  • Coloque água quente na Prensa Francesa e deixe-a pré-aquecer por alguns minutos.
  • Após adicionar o café e a água, mexa um pouco para garantir que o pó não fique concentrado. 
  • Deixe infusionar por cerca de 4 a 5 minutos, e depois pressione lentamente o êmbolo para baixo até o fundo da presa. 

Se você gosta de um café mais forte com um toque mais amargo, então experimente o Café Apuí Orgânico. Feito na Amazônia por agricultores familiares, este café é a escolha perfeita para o lanche da tarde, acompanhado de um delicioso biscoito de cupuaçu. 

chemex
Chemex

Chemex

Quer preparar seu café de um jeito mais sofisticado? Então, que tal utilizar um Chemex? Com forma de ampulheta, o Chemex é um tipo de jarra de vidro bastante resistente, que precisa de um filtro específico para coar o café. Segue algumas dicas que vão te orientar no preparo: 

  • Dê preferência para uma moagem mais grossa;
  • Coloque o filtro no topo do equipamento, enxaguando-o com água quente para remover quaisquer impurezas ou sabores residuais;
  • Use água filtrada, pois sua qualidade afeta diretamente o sabor.
  • Despeje a água em movimentos circulares, certificando-se de molhar todo o pó uniformemente.
  • Aguarde de 3 a 4 minutos e sirva o café em uma linda xícara de cerâmica marajoara, que conserva por mais tempo a temperatura. 
café-turco
Cezve

Café Turco

Você já ouviu falar em Cafeomancia? Essa é a arte de ler a sorte de alguém por meio das borras de café. A origem deste costume está relacionada com o modo de fazer o Café Turco. 

Para prepará-lo, é necessário um cezve (ou ibrik), que é um tipo de jarra feita de cobre ou latão, com um cabo bastante comprido. Assim como na Prensa Francesa, o pó deve ser misturado diretamente com a água. Confira abaixo algumas dicas: 

  • Dê preferência para a moagem fina, para que o sabor não fique muito amargo;
  • Coloque a quantidade desejada de água no cezve e leve ao fogo médio.
  • Adicione os pó na água quente e mexa delicadamente.
  • Deixe a mistura ferver em fogo baixo por cerca de 1 a 2 minutos, prestando atenção para não deixar ferver demais.
  • Retire o cezve do fogo e aguarde alguns segundos para permitir que o café se acomode no fundo do recipiente.
  • Despeje a bebida em xícaras pequenas e sirva.
moka-italiana
Moka Italiana

Moka Italiana

A Moka Italiana também é uma cafeteira comum em casas brasileiras. Como o próprio nome diz, este utensílio veio da Itália e é ideal para quem aprecia um café mais forte e encorpado. 

Para preparar a bebida, adicione o pó no compartimento do meio da Moka, e a água no compartimento inferior. Em seguida, coloque-a no fogo e aguarde, pois a pressão do vapor da água fará com que o café seja extraído e expelido no compartimento superior. Bastante simples, não é mesmo? 

Se você adora um cafezinho, mas não pode tomar por conta da cafeína, então não deixe de experimentar o Café de Açaí. Além de possuir um sabor bem suave, ele é mais nutritivo do que o tradicional. 

Gostou de todas essas dicas? Então, Conta pra gente nos comentários qual o seu modo de fazer preferido. 

Publicado em Deixe um comentário

O que são sistemas agroflorestais e qual sua importância? 

sistemas-agroflorestais

Sistemas agroflorestais (SAFs), ou agroflorestas, são formas de agricultura que combinam a produção agrícola e florestal em uma mesma área. Esses sistemas produtivos são baseados no cultivo de árvores, plantas agrícolas e criação de animais em um mesmo local, seguindo princípios ecológicos.

O objetivo desses sistemas é aumentar a produtividade da terra, melhorar a qualidade do solo, preservar a biodiversidade e ter um aproveitamento mais eficiente dos recursos disponíveis no ecossistema.

Além disso, os SAFs podem aumentar a fonte de renda de produtores familiares, pois as agroflorestas reduzem a dependência da monocultura, permitindo uma maior diversificação de produtos para a comercialização. 

Quer entender melhor sobre as agroflorestas e saber o porquê elas são uma excelente estratégia de preservação ambiental comparado aos sistemas agrícolas tradicionais? Então, continue a leitura! 

Sistema agrícolas convencionais x Sistemas agroflorestais

Os sistemas agrícolas convencionais e os sistemas agroflorestais são abordagens muito diferentes para a produção de alimentos e outros produtos agrícolas. Enquanto os sistemas convencionais se concentram na produção em larga escala e na eficiência de custos, os sistemas agroflorestais buscam promover a biodiversidade, a conservação do solo e a sustentabilidade a longo prazo.

Os sistemas agrícolas convencionais, prezando pela alta produtividade, utilizam técnicas intensivas, como o uso de pesticidas e fertilizantes químicos, a monocultura e a drenagem dos solos. Essas técnicas têm um impacto significativo na natureza, causando a degradação da terra, a poluição da água e a perda da biodiversidade. 

Além disso, os sistemas agrícolas convencionais dependem muito de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural, para a produção e transporte de alimentos, o que contribui para a emissão de gases do efeito estufa e para as mudanças climáticas.

Em um sistema agroflorestal, o cultivo agrícola e a produção florestal são complementares, de forma que as árvores ajudam a melhorar a qualidade do solo e a proteger as plantas agrícolas dos efeitos climáticos adversos, enquanto as plantas agrícolas fornecem nutrientes para as árvores e ajudam a melhorar a diversidade da flora local.

Os SAFs podem ser projetados de diversas formas, dependendo das necessidades do produtor e das condições do terreno. Os principais tipos de sistemas agroflorestais são: 

  • agrossilvicultura;
  • silvipastoril;
  • agrofloresta sucessional; 
  • sistemas agroflorestais com culturas perenes ;
  • sistema agroflorestal de enriquecimento de capoeira;
agricultor-familiar
Agricultores Familiares
Imagem: Canva Pro

Benefícios das agroflorestas 

As agroflorestas são consideradas sistemas de produção sustentável, pois ajudam a reduzir a pressão sobre áreas naturais. Confira abaixo os principais benefícios socioambientais destes sistemas:

  • Conservação do solo: as árvores, arbustos e plantas herbáceas ajudam a manter a fertilidade do solo, prevenindo a erosão e melhorando a retenção de água;
  • Biodiversidade: os sistemas agroflorestais promovem a diversidade de plantas e animais, criando e restaurando habitats para uma maior variedade de espécies.
  • Controle de pragas e doenças: a diversidade de plantas nos sistemas agroflorestais ajuda a evitar naturalmente a disseminação de pragas, reduzindo a necessidade de pesticidas químicos.;
  • Redução das emissões de gases do efeito estufa: os sistemas agroflorestais podem capturar carbono do ar e armazená-lo nas árvores e no solo, amenizando os impactos das mudanças climáticas;
  • Segurança alimentar: os SAFs podem gerar uma grande variedade de produtos alimentícios, como frutas, castanhas e raízes, proporcionando uma fonte mais diversificada e segura de alimentos para as comunidades locais.

Em resumo, enquanto os sistemas agrícolas convencionais têm um impacto negativo no meio ambiente, as agroflorestas oferecem muitos benefícios ecológicos, e podem ser uma abordagem mais sustentável e resiliente para a produção de alimentos e outros produtos agrícolas.

Produtos da Flor de Jambu que são cultivados em SAFs

Você sabia que alguns produtos da Flor de Jambu vêm de agroflorestas? Um deles é o delicioso Café Apuí. Feito por agricultores familiares no município de Apuí, no estado do Amazonas, este café amazônico é cultivado em sistemas agroflorestais totalmente livres de agrotóxicos. Se você ainda não experimentou, então clique aqui

café-orgânico-da-amazônia

Outro produto que também é fruto de SAFs são as sementes de puxuri. Esta especiaria amazônica possui um aroma levemente defumado e pode ser utilizada como substituta da noz moscada. Na seção Receitas da Amazônia nós ensinamos a fazer uma deliciosa tartelete de chocolate aromatizada com puxuri, cumaru e guaraná. Clique aqui para conferir! 

Gostou deste conteúdo? Então,leia também nosso artigo “Qual a importância do Ecoturismo na Amazônia

Publicado em Deixe um comentário

Farinha de Cruzeiro do Sul: uma das melhores farinhas do Brasil

farinha-de-cruzeiro-do-sul

A Farinha de Cruzeiro do Sul é um ingrediente amazônico que vem conquistando cada vez mais espaço na culinária brasileira. Produzida a partir da mandioca, essa farinha é bastante popular na região norte por sua crocância e sabor adocicado. 

O município de Cruzeiro do Sul, localizado no interior do estado do Acre, é uma das regiões onde este produto é fabricado tradicionalmente por agricultores familiares há mais de um século.

Para valorizar e resguardar toda a história, técnicas e sabedoria ancestral por trás deste produto único, o modo de fazer a Farinha de Cruzeiro do Sul foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Acre pelo governo do estado. 

Além disso, a Farinha de Cruzeiro do Sul é o primeiro produto proveniente da mandioca no Brasil a receber o selo de Indicação Geográfica. Este selo qualifica o produto por possuir particularidades únicas que são vinculadas ao local de produção, restringindo o uso do seu nome em uma área geográfica delimitada. 

Quer saber mais curiosidades sobre esse ingrediente amazônico e como você pode utilizá-lo na sua cozinha? Então, continue a leitura!

farinha-de-mandioca
Farinha de mandioca
Imagem: Canva Pro

Origens e modo de produção 

Além de Cruzeiro do Sul, a área delimitada para a produção dessa farinha também engloba os municípios de Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Porto Walter. Toda essa região é conhecida pela produção de mandioca, uma vez que o clima úmido e quente da Amazônia favorece o cultivo dessa raiz.

Sua fabricação segue um processo artesanal, que começa com a colheita da mandioca. A raiz é lavada, descascada e moída em um equipamento conhecido como “bola”. Depois da moagem, a massa é prensada para extrair o líquido e ficar bem sequinha. Em seguida, ela é peneirada para que atinja a textura ideal. 

Em algumas casas de farinha, a massa é torrada em uma grande chapa, que precisa ser manuseada constantemente para não passar do ponto. Depois de todo o processo ser concluído, a Farinha de Cruzeiro do Sul é vendida em sacos de 50 quilos para os comerciantes da região. 

Além de ser um ingrediente saboroso, a Farinha de Cruzeiro do Sul é rica em nutrientes. Ela é fonte de carboidratos, fibras, minerais (cálcio, ferro, fósforo e potássio), além de possuir baixo teor de gordura. Por ser feita a partir da mandioca, que é um alimento naturalmente sem glúten, a farinha também é uma excelente opção para pessoas celíacas. 

peixe-empanado-com-farinha-de-mandioca
Peixe empanado
Imagem: Canva Pro

Como utilizar a Farinha de Cruzeiro do Sul na culinária

A Farinha de Cruzeiro do Sul é um ingrediente versátil e pode ser utilizada de diversas formas na gastronomia. Na região Norte do país, ela é um acompanhamento comum de pratos típicos, como o tacacá, a maniçoba e o pato no tucupi. No entanto, ela também pode acompanhar o nosso clássico arroz e feijão de cada dia. 

Você também pode utilizá-la como substituta da farinha de trigo. Escolha sua proteína favorita e experimente fazer um delicioso empanado! Mas, se você for adepto da dieta vegana, nossa dica é usar essa farinha para preparar um saboroso tempurá de legumes. O resultado vai super crocante!

Outra forma de utilizar a Farinha de Cruzeiro do Sul é na preparação de receitas de bolos, pães e biscoitos. Esse ingrediente irá conferir um sabor único às preparações. Lembrando que ela possui um gosto levemente adocicado.

Gostou de conhecer um pouco mais sobre esse ingrediente amazônico e receber todas essas dicas de preparo? Então, não perca tempo e garanta agora sua Farinha de Cruzeiro do Sul para fazer pratos maravilhosos para toda sua família!

Publicado em Deixe um comentário

Descubra os principais benefícios da argila verde

benefícios-da-argila-verde

Você tem dificuldade de controlar a oleosidade tanto da pele quanto dos cabelos? Sofre com o excesso de espinhas e acne? Não sabe mais o que fazer para diminuir a caspa? Se a resposta for sim para alguma dessas três perguntas, então você precisa conhecer os benefícios da argila verde! 

A argila é um elemento natural e terroso, composto por diversos minerais como magnésio, cálcio, potássio, zinco, ferro, entre outros. Dependendo dos seus componentes, a argila pode ter diversas cores e possuir diferentes finalidades terapêuticas.

Apesar de muitos pensarem que o uso da argila na formulação de cosméticos é algo relativamente recente, na verdade, este mineral já era usado por antigas civilizações. Tantos os gregos, como os egípcios, usufruíam de suas propriedades para fins medicinais e estéticos. 

Atualmente, existem algumas linhas de tratamentos alternativos bastante comuns em Spas, como a Argiloterapia e a Geoterapia, que utilizam a argila para promover o relaxamento muscular, eliminar toxinas do organismo, tonificar a pele, entre muitos usos. 

Quer saber mais sobre os benefícios da argila verde e como você pode utilizá-la? Então, continue a leitura!

benefícios-da-argila-verde-no-rosto
A Argila Verde proporciona inúmeros benefícios para a saúde da sua pele
Fonte: Canva Pro

Benefícios da argila verde no rosto

Como citamos, o uso da argila verde é bastante recomendado para pessoas que sofrem com o excesso de oleosidade. Isso porque, a argila verde é rica em zinco (mineral) e silício (elemento químico), que agem na nossa pele como sebo-reguladores.

Em outras palavras, esta argila tem função adstringente, promovendo a limpeza, controlando a produção excessiva de sebo e purificando a nossa pele. Por esse motivo, ela é indicada para tratar acnes e espinhas. 

Mas, é preciso cuidado com o efeito rebote que o uso excessivo pode causar. Afinal, produtos com secativos, quando não utilizados da forma correta, podem ressecar demais, fazendo com que a derme produza muito mais sebo.

Outro benefício proporcionado pelo silício presente nesta argila é seu efeito hidratante e calmante, que é ideal para o tratamento de peles sensibilizadas. Sem falar que ele também ajuda na reconstrução dos tecidos.

Além disso, a argila verde possui em sua composição o magnésio, que associado à ação do cálcio auxilia na renovação celular e promove a elasticidade da pele. Por isso ela é famosa por diminuir a flacidez e deixar seu rosto com uma aparência mais jovem. 

Contudo, de nada adianta ter um rosto jovem cheio de olheiras com um aspecto de cansaço, não é verdade? Se você também sofre com manchas escuras embaixo dos olhos, então experimente aplicar a argila verde para aumentar a vascularização e desinchar a região. 

sabonete-de-argila-verde
Sabonete de Argila Verde com Óleo de Babaçu

Benefícios da argila verde no cabelo

Por ser considerada um tônico natural e possuir ação adstringente, a argila verde é capaz de penetrar profundamente nos poros do couro cabeludo e remover impurezas, como excesso de oleosidade e resíduos de produtos capilares. Além disso, ela ajuda a desobstruir os folículos, permitindo que os fios cresçam saudáveis e fortes.

Por reduzir a produção de sebo, a argila verde melhora a aparência do cabelo oleoso, além de ser excelente para amenizar os sintomas comuns da seborreia, como a descamação, a vermelhidão ou a caspa. 

A presença de variados minerais também auxiliam na nutrição e fortalecimento dos fios, tornando-os mais resistentes à quebra e à queda. Não é incrível como a natureza nos fornece diversos ativos que são a solução perfeita para os problemas que enfrentamos? 

Que tal começar a usufruir dos maravilhosos benefícios da argila verde durante seu banho? Para purificar e tonificar sua pele, o Sabonete de Argila Verde da Pura Amazônia é a melhor opção. 

Além de promover uma leve esfoliação, ele ainda hidrata profundamente por conter em sua fórmula o óleo de babaçu, que é rico em Vitamina E e Ácidos Graxos. Experimente agora clicando no botão abaixo!

Referências:

GUISONI, Taise Della Giustina. Benefícios da argila em procedimentos estéticos. Estética e Bem Estar-Tubarão, 2018.

Publicado em Deixe um comentário

A importância da cuia na cultura brasileira: usos e tradições

cuia de tacaca

A cuia é uma parte fundamental da nossa cultura, tanto no aspecto prático quanto no simbólico. De herança indígena, podemos ver a cuia nos lares brasileiros sendo utilizada para armazenamento de alimentos e bebidas, objeto de decoração, ou como utensílio doméstico. 

As cuias artesanais costumam ser feitas de cabaça, madeira ou cerâmica. Na região norte do Brasil, mais especificamente nos municípios de Santarém e Monte Alegre, a confecção de cuias é uma tradição passada de geração em geração. 

Inclusive, o “Modo de Fazer Cuias no Baixo Amazonas” foi reconhecido como importante forma de expressão cultural. Por isso, em 2015 ele foi incluído pelo IPHAN no Livro de Registro dos Saberes como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. 

Nesse artigo, vamos falar um pouco mais sobre as origens deste artefato, modos de produção e contar algumas curiosidades sobre a cuia que talvez você ainda não conheça. Vamos lá? 

Como é feita a cuia? 

Como citamos, a cuia pode ser produzida a partir de diferentes tipos de matéria-prima. A mais tradicional delas é feita de um fruto chamado porongo, que se dá em uma árvore conhecida popularmente como cueira ou cabaceira (Crescentia cujete).  

Dependendo da região, a cuia recebe outras denominações, como por exemplo: coité, cuité ou cabaça. Na região do Baixo Amazonas, no estado do Pará, a confecção de cuias é uma tradição entre as comunidades ribeirinhas, principalmente entre as mulheres. 

Os conhecimentos e técnicas utilizadas são uma herança de vários grupos indígenas que habitavam esta região desde o período da colonização. Após selecionar os melhores porongos, é preciso retirar o miolo e fazer uma limpeza da peça. Posteriormente, é necessário secar o fruto ao sol até que ele adquira um aspecto bem lisinho. 

Na região norte, é comum que se pinte a peça com um pigmento natural escuro chamado cumatê. Para ornamentar as cuias, são talhados desenhos de flores, grafismos tapajônicos ou elementos que representam a natureza da região. 

Além das cuias feitas de cabaça, também é possível encontrá-las de madeira ou cerâmica. Apesar de serem materiais mais resistentes, existem algumas desvantagens que é preciso levar em consideração caso você vá utilizar sua cuia para tomar alguma bebida quente. 

A cuia de cerâmica, por exemplo, esquenta muito na parte externa, sendo difícil manusear. Já a feita de madeira, apesar de não esquentar, pode alterar o sabor do alimento ou bebida que você adicionar. Agora, a cuia tradicional, além de ser mais leve, não super aquece e nem afeta o sabor. Interessante, não é mesmo? 

cuia-artesanal
Cuia Artesanal feita na Comunidade Aritapera em Santarém-PA

Usos e tradições

Como falamos no comecinho do artigo, a cuia é uma objeto presente na casa de muitos brasileiros. Na região sul, por exemplo, ela é bastante utilizada para tomar o famoso chimarrão. 

Faz parte da cultura gaúcha compartilhar essa bebida quente feita com erva mate em uma roda de amigos. Quem prepara o chimarrão costuma dar o primeiro gole (que é o mais amargo) e depois passa sempre para a pessoa à sua direita. 

No nordeste, a cuia é muito usada como objeto decorativo ou como utensílio doméstico. É comum ver as pessoas usando a cuia como colher, fruteira, petisqueira, ou até mesmo como vaso de planta. Pra lá de versátil, não é mesmo? 

Na região norte, a cuia também tem mil e uma utilidades. Uma delas é para tomar o delicioso tacacá, que é um caldo feito de tucupi e camarões secos, temperado com jambu e engrossado com goma de tapioca. 

Entre as comunidades indígenas e ribeirinhas, é comum ver as pessoas usando a cuia para se banhar, pegar água do rio, tomar açaí, armazenar grãos… Uma curiosidade interessante é que as pessoas que se dedicam ao ofício de confeccionar as cuias na região de Monte Alegre são popularmente conhecidas como “pinta cuias”. 

Gostou de conhecer um pouco melhor sobre este artefato tão simbólico da cultura brasileira? Que tal ter sua própria cuia para decorar sua casa, ou servir um delicioso petisco para os amigos? 

Clique no botão abaixo e se encante com as belíssimas Cuias Artesanais feitas na Comunidade Aritapera em Santarém-PA . 

Publicado em Deixe um comentário

A importância da Bioeconomia para a Amazônia

bioeconomia-na-amazônia

Apesar de possuir diversos conceitos por estar presente em vários setores da indústria, a Bioeconomia está atrelada ao desenvolvimento sustentável e circular, tendo como foco a utilização de recursos biológicos na produção de bens e serviços. 

Em outras palavras, a Bioeconomia é uma ciência que busca investir em pesquisa, inovação e novas tecnologias, com o objetivo de agregar valor à biodiversidade e diminuir os impactos ambientais. 

Desde o início da Revolução Industrial, e da descoberta do petróleo em 1859, o planeta vêm sofrendo exponencialmente com a emissão de carbono e produção de resíduos, resultando na destruição de diversos ecossistemas e nos problemas causados pelas mudanças climáticas. 

Dentre as soluções abordadas nas últimas Conferências das Nações Unidas sobre o Clima, o investimento em Bioeconomia é uma delas, afinal, o modelo econômico tradicional se tornou insustentável e extremamente nocivo ao meio ambiente. 

No contexto econômico brasileiro, o progresso no setor da Bioeconomia também é bastante promissor, pois nosso país é detentor da maior biodiversidade do planeta. Só no bioma Amazônico existem mais de 60 mil espécies de plantas e animais vertebrados. 

Analisando a situação atual da Floresta Amazônica, que vem sofrendo com os elevados índices de desmatamento, um modelo econômico que preze pela floresta em pé se faz extremamente necessário. 

É por isso que neste artigo vamos falar sobre a importância da Bioeconomia para a preservação da Amazônia e, principalmente, para a valorização das comunidades tradicionais da floresta. Vamos lá? 

bioeconomia
Bioeconomia
Fonte: Canva Pro

Entenda melhor sobre a Bioeconomia

Como citamos, o modelo econômico tradicional não é benéfico ao meio ambiente, pois seus processos são lineares, ou seja, há a extração da matéria prima, sua transformação em algum tipo de bem e, posteriormente, seu descarte, gerando um acúmulo de resíduos. 

Já a Bioeconomia não finaliza seus processos na fase de descarte, pois aquilo que viraria lixo será reutilizado (economia circular). Além disso, existe uma preocupação muito maior no momento da extração dos recursos, pois são priorizados aqueles que são renováveis. 

A Bioeconomia também tem como objetivo implementar a sustentabilidade em todas suas operações, optando por sistemas de produção de energia limpa, evitando a emissão de carbono na atmosfera. 

Este novo modelo econômico está presente na produção de alimentos, remédios, cosméticos, roupas, vacinas, biocombustíveis, bioplásticos, bioinseticidas… Além disso, a Bioeconomia tem potencial para criar milhares de empregos, principalmente para as pessoas que vivem na zona rural. 

Exemplos da Bioeconomia na Floresta Amazônica

A Saboaria Rondônia é um excelente exemplo da Bioeconomia sendo posta em prática na Amazônia. Idealizada e gerenciada por mulheres rurais da Estância Turística Ouro Preto do Oeste, a Saboaria Rondônia é uma indústria de cosméticos sustentáveis que usa insumos amazônicos como o coco babaçu, o óleo de buriti, a andiroba, o café robusta…

Serúm Facial com Óleos Naturais de Babaçu e Buriti

Além de criar produtos naturais, saudáveis e livres de crueldade animal, a Saboaria Rondônia recupera áreas degradadas, transformando-as em regiões produtivas. Este trabalho colabora diretamente para a preservação ambiental, bem como para a geração de renda e emprego para as comunidades da região. 

Outro exemplo de empresa que integrou os princípios da Bioeconomia em todos os seus processos é a Warabu, parceira da Flor de Jambu. Criada em 2018 pelo Chef Jorge Carlos Neves, a Warabu produz deliciosos chocolates orgânicos que utilizam grãos de cacau produzidos por agricultores familiares do município de Altamira (Pará). 

chocolate com castanha do pará
Chocolate da Amazônia com Castanhas do Brasil e Açaí

Também prezando por uma cadeia produtiva sustentável, os chocolates da Warabu valorizam a incrível biodiversidade das nossas florestas. Além de sua principal matéria-prima ser o cacau da Amazônia, que é considerado um dos melhores do mundo, outros ingredientes amazônicos, como o puxuri, a castanha do Brasil e o guaraná, são utilizados para aromatizar e agregar ainda mais sabor para as barras. 

Ao adquirir e consumir produtos frutos da Bioeconomia você também estará colaborando para o crescimento deste setor e, consequentemente, para a preservação da Floresta Amazônica. Clique no botão abaixo!

Publicado em Deixe um comentário

Andiroba: um dos maiores tesouros da Amazônia

sementes-de-andiroba

Quem já passeou pelo Mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará, certamente já se deparou com várias lojas vendendo o famoso óleo de andiroba. Muito popular na região norte do Brasil, a andiroba é um insumo amazônico com diversos atributos fitoterápicos. 

Os povos indígenas, muito antes da chegada dos europeus, já conheciam os benefícios desta árvore e faziam uso da andiroba como remédio natural para tratar diversos tipos de males. 

Mas, ignorando toda a sabedoria ancestral dos povos originários, os colonizadores começaram a explorar indiscriminadamente sua madeira para a construção civil e naval, deixando de lado suas incríveis propriedades medicinais, e praticamente levando esta espécie à extinção.

Felizmente, este cenário foi se transformando ao longo dos anos e o óleo de andiroba passou a ser alvo de pesquisas, inclusive do mercado internacional. A comprovação de seus variados benefícios fez com que a andiroba se tornasse um produto de grande interesse pela indústria, principalmente farmacêutica e de cosméticos.  

Quer saber mais curiosidades sobre esta árvore amazônica e quais seus principais benefícios para a saúde? Então, continue a leitura! 

sementes-de-andiroba
Sementes de Andiroba
Fotos: Diogo Hungria

De origem tupi, andiroba significa “óleo amargo” 

Podendo chegar até 30 metros de altura, a andirobeira é uma espécie de árvore comum em regiões de várzea (secas ou inundadas). Seu fruto, que costuma conter de 4 a 16 sementes, na maioria das vezes se desprende naturalmente e é coletado por extrativistas. 

Do bagaço que contém dentro das sementes é que se extrai o óleo de andiroba. Mas, o processo de retirada do óleo é custoso e pode levar vários dias. Isso porque, as sementes são fervidas e depois precisam descansar para amolecer a massa (bagaço). 

Todo esse trabalho, em muitas comunidades amazônicas, é feito tradicionalmente pelas mulheres. Inclusive, existem várias superstições que envolvem o processo de retirada do óleo de andiroba. 

Uma delas é de que mulheres grávidas ou menstruadas não podem manusear o bagaço e muito menos olhar para os cestos em que as sementes estão descansando. Caso contrário, a massa seca e o óleo não sai. Interessante, não é mesmo? 

Após a retirada do óleo, o bagaço é utilizado na produção de sabão para banho e também na confecção de velas, que são muito eficazes para afastar mosquitos. Isso porque, a árvore da andiroba possui uma substância que funciona como repelente natural e é muito útil para repelir insetos e também parasitas como piolho, carrapato…

Pasta Esfoliante Natural enriquecido Açaí, Buriti, Cacau e Andiroba

Andiroba: benefícios

Como falamos, o óleo de andiroba é muito utilizado pela medicina popular para diversas funções. Tal fama entre os povos indígenas e outras comunidades amazônicas despertou o interesse de vários pesquisadores que descobriram que a andiroba realmente tem várias propriedades terapêuticas. 

Um dos usos mais comuns é no tratamento de dores musculares causadas por artrite, artrose, reumatismo, ou por conta de alguma lesão ou pancada. Isso porque, a andiroba tem compostos com ação anti-inflamatória e analgésica. 

Por conta de tais propriedades, o óleo de andiroba também é bastante utilizado popularmente para tratar sinusite e dores de garganta. Mas, já há alguns estudos que não indicam o consumo de seu óleo via oral, sendo mais recomendado fazer um chá de suas folhas. 

Outro uso da andiroba é na produção de cosméticos para o cabelo, pois além de ajudar a hidratar os fios, ela auxilia na redução do frizz e retoma o brilho.

Além disso, o uso tópico do óleo é muito comum para tratar problemas de pele como psoríase, eczema e outros tipos de dermatites que causam vermelhidão ou irritação. Por ser emoliente, o óleo também ajuda na hidratação deixando sua pele muito mais suave e macia. 

Você sabia que a Pasta Esfoliante Natural de Café Robusta da Saboaria Rondônia, que é um produto vegano, possui em sua composição a andiroba? Além de remover a camada de células mortas da pele de forma bem delicada, este esfoliante ajuda na revitalização cutânea e na uniformização do tom. 

Quer conhecer mais sobre este produto e outros cosméticos feitos com ativos amazônicos? Então, clique no botão abaixo! 

Publicado em Deixe um comentário

Qual a importância do Ecoturismo na Amazônia?

ecoturismo-na-amazônia

O Ecoturismo na Amazônia é sem dúvidas uma atividade com grande potencial econômico. Afinal, estamos falando da maior floresta tropical do planeta, que é o berço da maior biodiversidade do mundo. 

Mas, para que tal atividade aconteça de forma efetiva é preciso manter a floresta em pé e bem preservada, pois são as paisagens exuberantes e os recursos naturais que sustentam o turismo ecológico. 

Infelizmente, a Floresta Amazônica vem sofrendo com essa visão de crescimento econômico baseado na exploração e acúmulo de capital provido pela natureza. Um tipo de crescimento claramente limitado, visto que os recursos são finitos. 

Pensar em alternativas de desenvolvimento sustentável para a floresta nunca se fez tão necessário. E é dentro deste novo paradigma que o ecoturismo entra como opção de atividade socioeconômica benéfica não só para o meio ambiente, mas também para as comunidades tradicionais da Amazônia. 

Nesse artigo vamos falar sobre o conceito de ecoturismo, quais seus principais objetivos e, sobretudo, que tipo de postura os turistas devem adotar ao praticar esse tipo de programa. Vamos lá? 

passeio-de-barco-na-amazônia
Fonte: Canva Pro

O que é ecoturismo e quais seus objetivos?

O termo ecoturismo já nos traz uma ideia de que não estamos falando de qualquer tipo de turismo. Ao adicionar o prefixo “eco”, que vem da palavra ecologia, já podemos imaginar que as atividades envolvidas estarão diretamente ligadas com a natureza e seus ecossistemas. 

Nos últimos anos, vemos uma crescente necessidade de fuga das selvas de pedras (cidades grandes) que grande parte da população vive. Muitas pessoas estão buscando, em seu período de descanso, uma maior conexão com a natureza como forma de recarregar suas energias. 

Esse momento de relaxamento e lazer também pode ser tornar uma oportunidade de grande aprendizado e conscientização ambiental. Essa é uma das principais finalidades do Ecoturismo!

Admirar paisagens intocadas, aprender sobre os animais e as plantas, conhecer os costumes e crenças das comunidades locais, experimentar novos alimentos, tudo isso pode ser uma experiência transformadora capaz de mudar sua perspectiva em relação à importância do meio ambiente, e o papel da sociedade em ajudar a preservá-lo. 

Além disso, o turismo ecológico possui outros dois importantes objetivos: 

  • o desenvolvimento socioeconômico da região, trazendo mais oportunidades de emprego e contribuindo para o crescimento de setores como a hotelaria, gastronomia, artesanato…
  • a preservação das florestas e seus ecossistemas, tanto por parte das comunidades envolvidas que dependem disso para sua subsistência, como por parte dos próprios turistas que desejam continuar usufruindo das belezas e recursos da natureza. 
ecoturismo-na-amazônia
Fonte: Canva Pro

Dicas para fazer Ecoturismo na Amazônia

Quem viaja para a Amazônia sabe que encontrará lugares exuberantes com uma beleza única e quase indescritível. Poder presenciar o encontro das águas, conhecer majestosas árvores como a Samaúma, observar os botos e jacarés, navegar de canoa pelos rios e igarapés, tomar banho de água doce em praias de areia branca, todos estes passeios são excelentes oportunidades de valorizarmos as riquezas das nossas florestas. 

Contudo, nem todo serviço e atividade turística que são oferecidos na região amazônica são realmente ecológicos, sustentáveis e tem como pilar o respeito à natureza e a sua conservação. Por isso, é importante ler e pesquisar antes de escolher uma agência de passeios, reservar um hotel e até mesmo contratar um guia. 

árvore-samaúma
Samaúma
Fonte: Canva Pro

Confira abaixo algumas dicas e sugestões caso você deseje fazer Ecoturismo na Amazônia: 

  • Experimente realizar um ecoturismo de base comunitária, pois além de garantir que você estará realizando atividades ambientalmente conscientes, você terá a incrível experiência de conhecer mais a fundo sobre a rotina e costumes de comunidades tradicionais; 
  • Busque por passeios que minimizem os impactos ambientais delimitando o número de pessoas e garantindo que nenhuma espécie de animal será explorada só para o entretenimento;
  • Não retire recursos da natureza para levar como recordação. Ao invés disso, adquira artesanatos feitos por artistas locais, pois você estará contribuindo para a valorização do seu trabalho; 
  • Respeite o meio ambiente! Jamais jogue lixo na natureza, evite subir em árvores e busque utilizar cremes, loções ou filtros que não tenham substância tóxicas caso você vá mergulhar nos rios. 

Quer fazer Ecoturismo na Amazônia, mas ainda está em dúvida sobre os lugares que irá visitar? Então confira nossos artigos com excelentes dicas de viagens para a Ilha do Marajó, Santarém, Ilha do Combu e Alter do Chão

Publicado em Deixe um comentário

4 motivos para você começar a usar Desodorante Natural

cosméticos-veganos

O desodorante natural é mais uma tendência que está sendo adotada por aquelas pessoas que querem aderir a um estilo de vida mais saudável e que não prejudique o meio ambiente. 

Por ser um produto de higiene pessoal que se tornou indispensável na nossa rotina, é importante termos conhecimento dos ingredientes que fazem parte de sua composição, e quais seus efeitos sobre o nosso organismo. 

Infelizmente, a maioria dos antitranspirantes e desodorantes tradicionais que encontramos nos mercados e farmácias, apesar de terem um preço mais em conta, possuem metais pesados e outros elementos que, a longo prazo, podem trazer malefícios ao nosso corpo. 

Por isso, o desodorante natural é uma opção muito mais benéfica para a nossa saúde, além de não ser um agente poluente. Quer saber porque você deve hoje mesmo substituir seu desodorante tradicional por uma versão natural? Então, continue a leitura!

O suor é mocinho e não vilão!

Antes de falarmos sobre os benefícios do desodorante natural, é relevante esclarecermos a importância da transpiração para o nosso organismo. O suor é uma função fisiológica responsável por manter a temperatura do nosso corpo.

Em outras palavras, é um processo natural de refrigeração que ocorre quando estamos praticando alguma atividade que gere um excesso de calor. Além de controlar nossa temperatura corporal, o suor mantém nossa pele hidratada e ajuda a eliminar toxinas. 

Apesar de todos estes benefícios, para muitas pessoas o suor é sinônimo de roupas manchadas e um cheirinho desagradável. Por isso, tornou-se bastante popular o uso de antitranspirantes, que além de terem a função básica do desodorante (eliminar o mau odor), ainda inibem a transpiração. 

Contudo, o grande problema é a composição destes produtos. Para combater as bactérias que causam o mau cheiro nas axilas, por exemplo, muitas marcas utilizam uma substância com ação antisséptica chamada triclosan. 

Apesar deste agente bactericida não causar danos significativos à nossa saúde, pois a concentração utilizada nos produtos é baixa, o triclosan é extremamente maléfico para o meio ambiente, pois ele é uma substância tóxica para organismos aquáticos. 

Outro elemento nocivo que também é bastante encontrado em desodorantes e antitranspirantes são os conservantes, como é o caso dos parabenos. Alguns estudos mostram que os parabenos podem causar alergias, dermatites e contribuir para o envelhecimento precoce da pele. 

Além disso, não podemos esquecer da presença dos sais de alumínio, que são os responsáveis por obstruir os poros impedindo a liberação do suor. Já existem pesquisas que investigam algumas hipóteses que associam o acúmulo de alumínio no organismo com a ocorrência do câncer de mama e o mal de Alzheimer. Mas, ainda não existe comprovação científica. 

Confira agora os benefícios do desodorante natural! 

benefícios-do-desodorante-natural
Fonte: Canva Pro

Principais benefícios do Desodorante Natural

O primeiro benefício que precisamos citar é a ausência de produtos químicos, que como acabamos de ver, podem ser nocivos para a nossa saúde e para o meio ambiente. Além disso, por mais que algumas substâncias sejam consideradas inofensivas devido a baixa concentração, elas podem ter efeito cumulativo e causar danos a longo prazo. 

Outro excelente benefício é o uso de ingredientes naturais na composição dos produtos. Os mais comuns são os óleos essenciais, que dependendo do tipo possuem propriedades bactericidas, antifúngicas, antisépticas e anti-inflamatórias. Também é bastante comum a presença de óleos vegetais, que devido aos ácidos graxos, tem ação emoliente, ou seja, hidrata e suaviza a textura da pele. 

O uso destes ingredientes nos leva ao próximo benefício: os desodorantes naturais são ideais para todo o tipo de pele, sobretudo para as mais sensíveis. Produtos naturais, principalmente aqueles que utilizam ingredientes orgânicos (sem agrotóxicos), são muito menos propensos a causarem qualquer tipo de irritação ou alergia. Portanto, eles são mais indicados para quem sofre de sensibilidade cutânea e até mesmo para crianças. 

Por último, não podemos deixar de citar que a maioria das marcas que produzem desodorantes naturais são livres de crueldade animal. Para ter certeza que o seu produto não foi testado em nenhum bichinho, opte por marcas veganas!

desodorante-natural-com-óleos-vegetais

Desodorante Natural da Saboaria Rondônia

O Desodorante Natural da Saboaria Rondônia é uma excelente opção para você que quer abandonar hoje mesmo essas versões tradicionais cheias de ingredientes químicos. Os óleos vegetais de buriti e babaçu, que fazem parte da sua composição, tem ação bactericida, cicatrizante e auxiliam na hidratação da região das axilas.  

Além de ser um produto vegano, sem alumínio, livre de parabenos e cruelty free, o Desodorante Natural da Saboaria Rondônia é produzido de forma sustentável por empreendedoras rurais do estado de Rondônia, que fazem um incrível trabalho de revitalização de áreas degradadas da Amazônia, tornando-as produtivas. 

Já pensou poder cuidar da sua pele e do meio ambiente ao mesmo tempo? Clique no botão abaixo e saiba mais sobre este produto! 

Publicado em Deixe um comentário

Conheça os estados que compõem a Amazônia Legal

amazônia-legal

O termo político “Amazônia Legal” é utilizado para designar a região amazônica brasileira que possui mais de 5 milhões de quilômetros quadrados. Esta região contempla os estados do Pará, Acre, Amazonas, Rondônia, Amapá, Mato Grosso, Roraima, Tocantins e uma parcela do estado do Maranhão. 

Este conceito, Amazônia Legal,  foi criado na década de 50 por uma autarquia já extinta: a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia. Seu principal objetivo era desenvolver e integrar economicamente essa região, que era mais isolada e menos desenvolvida comparada ao resto do Brasil. 

Segundo o Imazon, se a região da Amazônia Legal fosse um país, ela estaria no ranking de maiores países do mundo em extensão territorial, ocupando o 6° lugar. Além disso, as árvores que contemplam este território equivalem a um terço de todas as árvores que existem no mundo. 

Representando cerca de 60% do território nacional, estima-se que a Amazônia Legal possua mais de 29 milhões de habitantes. Segundo dados do IBGE (2019), o produto interno bruto desta região é de aproximadamente 660 bilhões, o que representa 9% do PIB nacional. 

Quer saber mais curiosidades sobre os estados que compõem esta região? Então, continue a leitura! 

Amazônia Legal: principais estados

Amazonas

Dentre os estados mais populosos da Amazônia Legal, o Amazonas ocupa o terceiro lugar. O clima desta região é bastante úmido e quente o ano inteiro. Além disso, por ser um dos territórios com mais áreas preservadas, muitos turistas o visitam com o objetivo de conhecer e explorar as florestas. 

Em Manaus, capital do estado, um dos pontos turísticos mais visitados é o Teatro Amazonas, que possui uma arquitetura belíssima com estilo renascentista. Além disso, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa também é parada obrigatória para quem visita esta região, pois lá é o local ideal para conhecer e experimentar a culinária amazonense, que tem muitas heranças indígenas. 

Teatro-Amazonas
Teatro Amazonas
Fonte: Wikimidia Commons

Acre

O Acre também é o destino perfeito para quem deseja explorar a Floresta Amazônica, pois o estado possui muitos parques nacionais e sítios arqueológicos. Uma curiosidade interessante é que a gastronomia local possui influências da culinária boliviana, visto que o Acre já foi território da Bolívia. 

Outro local super interessante que os turistas marcam presença é a casa de Chico Mendes, um dos maiores ambientalistas e ativistas do nosso país. Transformada em museu, a casa foi tombada pelo IPHAN como patrimônio cultural do estado. 

Casa-de-Chico-Mendes
Casa de Chico Mendes
Foto: Katie Maehler / Mídia NINJA

Roraima

De origem indígena, Roraima significa “Monte Verde”. Este é o estado menos populoso da Amazônia Legal e sua capital, Boa Vista, é a única cidade do Brasil situada no Hemisfério Norte. 

Um dos principais atrativos deste estado é o Monte Roraima, que tem formato de platô e é rodeado de falésias. Sua paisagem única e incomparável inspirou o cenário de um dos filmes mais lindos da Disney: Up Altas Aventuras. 

Monte-Roraima
Monte Roraima
Fonte: Canva Pro

Rondônia

Rondônia recebeu este nome em homenagem ao Marechal Cândido Rondon, que foi um militar de ascendência indígena que ajudou a desbravar esta região. Este estado é o terceiro mais populoso do norte do Brasil.

Às margens do rio Guaporé encontra-se a maior edificação militar construída pelos portugueses fora da Europa: o Real Forte Príncipe da Beira. Sua principal função era proteger o território de invasões espanholas no século XVIII. 

A cultura e culinária é bastante diversificada devido ao grande número de migrantes oriundos de diversas regiões do país. Além disso, a atividade agrícola e pecuária é bem forte neste estado. Uma curiosidade interessante é que Rondônia produz uma fruta difícil de ser cultivada na região norte devido ao clima: a uva. 

Catedral-Sagrado-Coração-de-Jesus
Catedral Sagrado Coração de Jesus em Porto Velho
Fonte: Canva Pro

Pará

Terra da maniçoba, do tacacá e do açaí puro com peixe frito! O Pará é o estado mais populoso da Amazônia Legal e o segundo maior em extensão territorial. 

Duas dicas preciosas para quem vai visitar o Pará é conhecer a Ilha do Marajó e Alter do Chão. Ambos são destinos maravilhosos para turistas que querem ter mais contato com a natureza, explorar o bioma amazônico e provar as delícias da culinária local

Alter-do-chão
Alter do chão
Fonte: Canva Pro

Amapá

O Amapá já fez parte do estado do Pará, mas foi separado em 1943. É o segundo menos populoso da Amazônia Legal. Sua capital, Macapá, é a única cidade brasileira que é cortada pela linha do Equador. Esse fato permite que os moradores locais presenciem o Equinócio. 

Uma curiosidade interessante é que a capital não possui rodovias. Ou seja, para chegar até lá, só pegando um barco ou avião. Este estado também tem o costume de comemorar o Círio de Nazaré, que é uma das maiores festividades de cunho religioso que ocorre todos os anos em Belém. 

Forte-de-Santo-Antônio-do-Macapá
Forte de Santo Antônio do Macapá
Fonte: Canva Pro

Tocantins

O nome deste estado é uma homenagem ao Rio Tocantins que atravessa seu território de norte a sul. De origem tupi, Tocantins significa “Bicos de Tucanos”. Sua capital é a mais nova do país: Palmas. 

Esta região também é belíssima e possui paisagens incríveis como: a pedra furada, as dunas do Jalapão, os fervedouros com águas cristalinas, a cachoeira da formiga e o Cânion Sussuapara. 

fervedouro-do-Jalapão
Fervedouro do Jalapão
Fonte: Canva Pro

Mato Grosso

O Mato Grosso abriga três biomas diferentes: o Cerrado, o Pantanal e a Amazônia. Por esse motivo, o ecoturismo é super forte na região. Afinal, há uma grande diversidade de paisagens e espécies para explorar. 

A Chapada dos Veadeiros e a Serra do Roncador são dois destinos muito visitados pelos turistas. Além disso, lá se encontra uma das cachoeiras mais altas do Brasil: a Jatobá. Esse também é o nome de uma das frutas mais características da região que é super nutritiva e utilizada em várias receitas. 

chapada-dos-veadeiros
Chapada dos Veadeiros
Fonte: Canva Pro

Maranhão

Assim como o estado do Mato Grosso, o Maranhão possui uma grande diversidade de ecossistemas. Sua região é contemplada por praias tropicais, mangues, cerrado e uma parte da Floresta Amazônica. 

Sua capital, São Luís, foi fundada por franceses em 1612, mas foi tomada pelos portugueses dois anos depois. Também conhecida como capital do Reggae, São Luís é a 4° cidade mais populosa do nordeste. 

Um dos pontos turísticos mais visitados no estado é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral. Suas dunas, mangues e lagos de água doce formam paisagens incríveis de tirar o fôlego.

lençóis-maranhenses
Lençóis Maranhenses Fonte: Canva Pro

Gostou de conhecer um pouquinho sobre os estados que compõem a Amazônia Legal? Conta pra gente nos comentários se você é de algum deles!

Publicado em Deixe um comentário

Benefícios da compostagem e como fazê-la em casa

benefícios-da-compostagem

Você já pensou em reciclar o seu próprio lixo orgânico? Ainda não? Pois saiba que os benefícios da compostagem são inúmeros para o meio ambiente!

Só no Brasil produzimos mais de 82 milhões de toneladas de lixo por ano. Praticamente metade destes resíduos são orgânicos. Infelizmente, uma pequeníssima quantidade é reciclada e a maior parte é destinada a aterros sanitários. 

O mal aproveitamento e descarte inapropriado dos detritos orgânicos resulta em problemas como: contaminação do solo e lençóis freáticos, atração de animais que são vetores de doenças e, principalmente, aumento dos gases que agravam o efeito estufa. 

Contudo, a compostagem é uma prática simples e sustentável que você pode fazer mesmo que more em uma casa sem jardim, ou em um apartamento.  

Basicamente, ela é um método para decompor a matéria orgânica. O resultado dessa decomposição é um adubo, também conhecido como húmus, riquíssimo em nutrientes. 

Quer saber quais os principais benefícios da compostagem e como montar sua própria composteira em casa? Então, continue a leitura! 

benefícios-da-compostagem
Compostagem
Fonte Canva Pro

Principais benefícios da compostagem

Como citamos, a compostagem é uma excelente medida sustentável que beneficia a natureza, pois você está reduzindo e reaproveitando os resíduos que produz. Esta prática não só diminui a poluição, como também contribui para o controle do efeito estufa. Afinal, o lixo orgânico sem tratamento produz gás metano, que é bem mais nocivo que o gás carbônico. 

Além disso, a compostagem gera adubo natural que pode ser utilizado para fertilizar seu jardim, horta ou até mesmo seus vasinhos de planta. Também não podemos nos esquecer do chorume orgânico, que é um líquido residual dos alimentos em decomposição que serve como biofertilizante e é atóxico. 

Após diluí-lo em água, você pode regar ou pulverizar nas suas plantas, pois além de nutri-las, o chorume também funciona como pesticida e ajuda a afastar pragas. Além de fazer uso próprio, você pode optar por comercializar seu adubo caseiro e fazer uma graninha extra no fim do mês. Não é uma excelente ideia? 

Como fazer uma composteira doméstica?

Para fazer sua compostagem em casa, você pode comprar uma composteira ou fazer a sua. O ideal é que o tamanho seja de acordo com a quantidade de lixo orgânico que você produz mensalmente. 

Caso você opte por montar a sua, você precisará de três caixas de plástico idênticas que ficarão empilhadas uma em cima da outra. Dê preferência para cores mais escuras ao invés de transparentes. 

A caixa do meio e a caixa do topo (que precisa ter uma tampa), são chamadas de digestoras. São nelas que você depositará os restos de alimentos para serem decompostos. Já a terceira caixa, que será a base, servirá para coletar o líquido residual do processo. 

composteira-doméstica
Composteira Doméstica
Fonte Canva Pro

Muitas pessoas que montam sua própria composteira utilizam minhocas para acelerar a decomposição. Este processo, conhecido como vermicompostagem, é higiênico e seguro para a saúde. Lembrando que não é qualquer tipo de minhoca. A espécie mais indicada é a californiana. 

Para que as minhocas possam percorrer pelo espaço, e para que o chorume possa ser drenado, é preciso fazer furos na base das caixas digestoras. Já na terceira caixa, o único furo que você deve fazer é na lateral para encaixar uma torneirinha. 

Com sua estrutura já pronta, você deve colocar na caixa do topo um pouco de terra com minhocas. Depois, ponha os dejetos orgânicos, mas não espalhe. O ideal é que você vá colocando em pequenos montinhos. Para controlar a umidade, afastar insetos e evitar o mau cheiro, sempre coloque serragem, palha ou folhas secas por cima dos alimentos.

Fonte Canva Pro

Após encher a caixa do topo, troque-a pela caixa do meio para que ela possa “descansar” por cerca de 30 a 60 dias. O tempo de decomposição vai depender de alguns fatores como: quantidade e os tipos de alimentos, temperatura, aeração e umidade. Após a troca, repita o processo na caixa vazia!

Cuidados com a sua composteira

Alguns cuidados básicos precisam ser tomados para que o processo de decomposição funcione, principalmente se você utilizar minhocas. O primeiro deles é em relação aos tipos de resíduos que são permitidos na composteira. Confira abaixo algumas recomendações: 

  • Permitidos: cascas de legumes e frutas, hortaliças murchas, casca de ovo, borra e filtro de café, sachê de chás, rolo de papel…
  • Deve evitar: restos de alimentos cozidos ou muito condimentados, frutas cítricas, guardanapos…
  • Proibidos: laticínios, líquidos, pimentas, carnes, gordura, casca de alho e cebola, produtos que levam trigo, nozes pretas, plásticos, fezes de animais… 

Além disso, é preciso ter muita cautela com a temperatura. Coloque sua composteira em um local arejado e que não pegue sol. Lembre-se também de fazer micro furos na tampa e nas laterais das caixas digestoras. 

O controle de umidade também é muito importante, pois o material da compostagem não pode ficar nem muito seco e nem muito úmido. Busque regar umas duas vezes por semana. Caso você note que a terra está muito úmida, adicione mais serragem para equilibrar.  

Gostou de saber mais sobre os benefícios da compostagem? Conta pra gente se você já tem a sua composteira doméstica em casa!

Publicado em Deixe um comentário

COP 27: entenda a importância do maior evento sobre Mudanças Climáticas

mudanças-climáticas

A Conferência das Partes (COP) é um evento que ocorre anualmente desde 1995 para discutir sobre os efeitos das mudanças climáticas e, principalmente, estabelecer metas e ações para mitigar este problema. 

A COP reúne representantes de 198 países e territórios que são signatários do tratado UNFCCC (Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática). Esse tratado, estabelecido pela ONU, foi firmado durante a ECO-92, que foi uma Conferência que ocorreu no Rio de Janeiro em 1992. 

Este ano, a 27° edição da COP aconteceu no Egito, e o novo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, compareceu à convite do presidente do país que estava sediando o evento. 

Durante os treze dias de palestras e debates, foram abordados temas como: impactos da poluição e do aquecimento global, segurança alimentar, desmatamento (em especial da Floresta Amazônica), adoção de energias limpas, crédito de carbono, os efeitos do agronegócio e, principalmente, a neutralização do CO2. 

Nesse artigo, vamos fazer um breve resumo sobre alguns acordos que já foram estabelecidos em COPs anteriores, e falar sobre os resultados e expectativas da última conferência. 

Boa leitura! 

COP-27-MUDANÇAS-CLIMÁTICAS
Fonte: Canva Pro

Principais Acordos estabelecidos nas COPs

Como citamos, a primeira edição da COP aconteceu em 1995 na cidade de Berlim, Alemanha. Na época, representantes de 117 países participaram. Tal conferência resultou no Mandato de Berlim, que estabelecia um comprometimento entre os países integrantes em reduzir os gases do efeito estufa até o ano 2000. 

Além disso, foi requisitado a elaboração de um protocolo que legalizasse e oficializasse tal comprometimento. Em 1997, este documento foi apresentado e assinado durante a COP 3, que ocorreu no Japão. Por isso, tal acordo foi nomeado como Protocolo de Kyoto. As principais metas estabelecidas foram as seguintes: 

  • Os países desenvolvidos devem diminuir 5,2% das emissões de gases nocivos ao meio ambiente com base nas emissões de 1990. 
  • Países em desenvolvimento não são obrigados a cumprir as metas estabelecidas, mas precisam cumprir medidas voluntárias. 

Um grande empecilho para atingir os objetivos almejados durante as COPs são os três países com maiores índices de emissão de GEE (gases do efeito estufa): Índia, China e EUA. A China e a Índia, por serem considerados países em desenvolvimento, não são obrigados a cumprir as metas do acordo. 

Já os Estados Unidos, que são os maiores emissores ao longo da história, nem sequer assinaram o Protocolo de Kyoto, pois alegaram que tal medida poderia afetar muito a economia do país. 

Durante a COP 15 outro documento foi assinado pelos países integrantes: o Acordo de Paris. Ainda com o mesmo objeto central estabelecido pelo Protocolo de Kyoto, reduzir a emissão de gases que agravam o efeito estufa, o Acordo de Paris também trouxe metas a serem cumpridas pelos países em desenvolvimento. 

Mas, a proposta é que os países desenvolvidos ofereçam suporte financeiro para que as nações menos desenvolvidas não sofram tantos impactos econômicos e sociais. Em 2016, os EUA, que estava sob o governo de Barack Obama, assinou o Acordo e ainda se comprometeu a fazer uma doação bilionária ao Fundo Verde do Clima. 

Contudo, em 2017, o ex-presidente Donald Trump decidiu sair do Acordo, pois ele faz parte do grupo de negacionistas que desacreditam nos efeitos das mudanças climáticas, bem como na sua relação com o aumento dos gases do efeito estufa. 

crise-climática
Fonte: Canva Pro

Resultados da COP 27

Os debates da COP 27 giraram em torno dos relatórios apresentados em 2022 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Tais documentos mostram a urgência em tomar medidas rápidas e efetivas para amenizar os efeitos do aquecimento global que já atinge milhares de pessoas

Segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), os últimos 8 anos foram provavelmente os mais quentes registrados na história. Infelizmente, os efeitos catastróficos devido ao aumento exponencial das temperaturas são sentidos principalmente por países em situação de vulnerabilidade, como a África. 

Há pesquisas que mostram que entre as 10 cidades que mais sofrem com as mudanças climáticas no mundo, 8 delas são africanas. O mais irônico é que a África está longe de entrar para lista de países que mais emitem GEE. 

Segundo a análise de alguns especialistas, a COP 27 foi mais para reafirmar compromissos preestabelecidos no Acordo de Paris, e no Pacto Climático de Glasgow (formalizado durante a COP 26). As principais metas definidas e acordos discutidos foram: 

  • Diminuir em 45% as emissões de dióxido de carbono até 2030;
  • Limitar o aquecimento em 1,5 °C e neutralizar o CO2 até 2050;
  • Acelerar o processo de transição para energias limpas;
  • Criar um fundo de indenização para o países que mais sofrem com as mudanças climáticas;

A participação do presidente eleito também foi fundamental para as discussões acerca da atual situação da Amazônia. Afinal, os últimos quatro anos foram simplesmente desastrosos para a floresta, e os fundos destinados à sua proteção foram sugados pelo atual governo (o que provavelmente irá dificultar a execução de ações prometidas na COP 27).

Em resumo, Lula se comprometeu em aumentar exponencialmente o monitoramento da Amazônia para controlar e reduzir de forma significativa o desmatamento. Além disso, ele enfatizou que buscará por acordos e alianças internacionais para frear a destruição, recuperar os estragos, bem como aumentar a proteção de áreas ainda preservadas. 

A boa notícia é que países como Alemanha e Noruega, principais financiadores do Fundo Amazônia, já se mostraram dispostos a retomar seu apoio financeiro após o bloqueio feito em 2019 devido ao aumento nos níveis de desmatamento. Vamos torcer para que todas as promessas e ações consigam ser cumpridas de forma efetiva, e a Floresta seja valorizada e mantida em pé!